
Um
Elfo Muito Selvagem
Descrita por Ivan Lira,
baseada no jogo mestrado por Marcelo Piropo
Personagens
da aventura:
O
Humano:
Kelta Westingale. O Elfo:Feargal Rahl; A Halfling:
Regine Cereja. Participação Especial: Lady
Yhel Bruna:
Um Elfo Muito Selvagem
Há
poucos dias tinha parado de nevar, caminhar ficou mais fácil
fisicamente, mas não espiritualmente. Assim o elfo Feargal
Rahl,do clã Makrol, se encontrava. Estava ele com um cadáver
nas costas, era uma mulher, uma feiticeira de nome Organa. Ela tinha
encontrado o elfo viajando pela floresta e como não queria
ficar sozinha o acompanhou, mas o destino não a perdoou,
foram emboscados por muitos kobolds. Eram dezenas! Organa não
resistiu, no entanto, o elfo não era alguém comum,
sua fúria era a sua proteção e no final fez
a diferença: fez seus inimigos em pedaços. Tinha pouco
tempo que Feargal Rahl resolveu se aventurar pelo mundo, achava
ele que o melhor treinamento era o desconhecido e aquela oportunidade
não podia ser deixada de lado. Portanto partiu com a certeza
de que muitos desafios viriam para que, com sua espada, pudesse
esquartejá-los. Ele alegou aos membros de seu clã
que já não havia mais nada a aprender com eles, e
estes ficaram descontentes. Afirmaram que o elfo estava pronto em
corpo mas não em espírito, pois seu maior inimigo
era ele próprio.
Feargal
refletiu sobre sua decisão enquanto enterrava Organa. Sua
frieza diante da situação era natural, não
derramou uma lágrima sequer para alguém que acabara
de conhecer. Além dele próprio, Feargal só
gostava de duas coisas na vida: suas duas espadas longas que trazia
na cintura. Elas não reclamavam dele, não exigiam
nada, e sempre funcionavam e obedeciam na hora certa, ou seja, para
o elfo eram as espadas perfeitas, apesar de não serem mágicas.
Após o enterro improvisado, Feargal pensou "É,
esse foi o primeiro aventureiro que vi morrer.".
Vamos à Luta
Em
outro lugar, não muito distante, acontecia outro enterro,
esse com certeza mais triste. Estava o jovem Kelta, aprendiz de
mago, ajoelhado à frente de uma cova com o nome Silverdrone.
Ainda não entendia e tão pouco aceitava aquela situação.
Mesmo o conhecendo tão pouco Kelta sentiu que perdera uma
espécie de parente, e ao se lembrar do jeito brincalhão
do elfo a dor aumentava. Era como se um passarinho perdesse as suas
asas e caísse para a morte. Chorou ele por alguém
que tinha uma vida muito longa pela frente mas que foi tirada com
o máximo desprezo, tudo por causa de uma espada. O jovem
levantou-se jurando a si mesmo resgatar a pequenina Regine e vingar
a morte de Silverdrone. Pegou sua pequena bagagem e entrou na carruagem,.
No seu interior estava uma figura bastante misteriosa, era a Lady
Yhel, que estava impaciente e queria a espada Hadryllis a qualquer
custo.
"Thydrim,
partamos agora, já!" Ordenou ela ao seu lacaio que imediatamente
chicoteou os cavalos que saíram em disparada.
"Meu jovem,
entendo seu sofrimento para com seus companheiros, mas deve entender
que existe uma importância muito grande para a espada Hadryllis."
Disse ela ao amargurado Kelta que estava sentado em lado oposto
a Hathran.
"Mas como?
Como pode uma arma ser mais importante que uma vida? Eu não
tenho como entender isto."
"Você
é muito jovem, talvez no futuro entenderá que a necessidade
de muitos sobrepõe a de poucos. Qualquer coisa oposta a isso
é puro egoísmo." Ao término das palavras
de Yhel, Kelta apenas cruzou os braços descontente com a
situação.
Um
dia apenas se passou desde a cidade de Corth. A carruagem ia tranqüila
pela estrada e Kelta resolveu abrir um pouco a cortina da janela
da carruagem para ver a paisagem. Depois de alguns minutos tomou
um enorme susto ao ver uma face conhecida. Seria uma assombração?
Estava delirando? Instintivamente pediu para a carruagem parar.
Lady Yhel o indagou sobre o motivo de tanto desespero, mas antes
que conseguisse alguma resposta, o jovem saiu da cabine e foi atrás
da figura, que ao ouvir a correria de Kelta virou-se sacando suas
espadas e montando base de luta. O aprendiz estava diante de um
elfo vigoroso, loiro e uma face bastante selvagem que notada por
Kelta o fez perceber que não era quem estava pensando.
"Silverd..!!"
Disse ele percebendo o equívoco em seguida.
"Qual é
guri? Pensei que era um bandoleiro louco, mais um pouco e separaria
sua cabeça do corpo."
"Er.. me
desculpe, pensei que era alguém conhecido, mas não
poderia. Eu.. , ah! Deixa pra lá! Bobagem."
"A quem
você se referia?" Indagou o elfo devolvendo suas espadas
as respectivas bainhas.
"A outro
elfo, o nome dele era Silverdrone."
"Silverdrone??
E o que quer dizer com 'era'?"
"Ele morreu,
foi assassinado por criminosos."
"Rapaz,
me conte tudo o que aconteceu a meu primo."
Com
grande desgosto, Kelta resumiu os últimos dias ao elfo que
se apresentou como Feargal Rahl, que deixara seu clã procurando
um desafio à altura. Sem hesitação, Feargal
decidiu acompanhar o jovem para vingar-se da morte do primo. Ele
ficou junto com Thydrim em cima da carruagem, pois a Lady não
queria um viajante desconhecido e mal cheiroso na sua cabine. Assim,
a carruagem seguiu com os quatro rashemares à cavalo que
acompanhavam-na, e uma carroça mais simples que trazia o
prisioneiro, um do bando do homem de cicatrizes.
Regine no Cárcere
Não
muito distante, um bando de homens jaziam descansando num acampamento.
Comiam e bebiam tranqüilamente, sentindo-se vitoriosos, já
que conseguiram realizar a missão do qual foram pagos. O
resto agora era fácil, bastava seguirem para cidade de Duas
Estrelas em Thesk e esperar o pagamento por parte de um homem desconhecido,
apesar do chefe do bando, conhecido por Skarcruel, suspeitar de
quem seja.
Mas
no momento, o homem com cicatrizes não pensava nisso, tinha
muito tempo pela frente para tal preocupação. Seu
olhar fixava-se apenas na linda espada que repousava no chão.
Levava-a enrolada num pano bastante grosso, pois recebeu instruções
sobre o perigo que reside em empunhá-la, informações
concedidas pelo misterioso pagador. Que intrigante poder possuía
aquela arma tão bela? Faria ela tamanha diferença
entre um amador e um veterano? Tudo isso pensava Skarcruel encantando
com a espada. Isto fez com que ele começasse a pensar na
posse dela por definitivo, talvez não valesse a pena entregar
a um desconhecido. Ou poderia cobrar um preço bem mais alto
que o combinado.
Kamir,
um dos homens de Skarcruel, sempre foi um tanto rebelde, imprudente.
Achava-se esperto o bastante para algum dia ser o líder do
bando, quem sabe se Skarcruel não pereceria lutando contra
algum aventureiro. Kamir não gostava de receber ordens, a
ambição era algo que crescia cada vez mais em seu
coração. Num momento de distração do
homem de cicatrizes, quando este se dirigia para a tenda onde estava
aprisionada a pequena halfling, Kamir se aproximou da espada. Não
a tinha visto fora do pano. Nunca vislumbrara algo assim antes.
Com certeza era encantada. A tentação da curiosidade
o dominou e então esquecendo-se da autoridade de Skarcruel,
Kamir pegou Hadryllis, a brandiu, passou a mão na tão
bela lâmina. Skarcruel percebeu o fato e logo disse:
"Kamir,
largue isso! Não sabe o que está fazendo."
"Porque
eu largaria? Você se acha o melhor de nós para possuí-la?"
"Tem certeza
que quer desafiar minha autoridade? Se fizer isso não terá
volta."
"Humf!
Você não me amedronta, agora que tenho a espada encantada
acabarei contigo."
Kamir
ergueu a espada e teve uma surpresa, um raio de energia originado
da espada o atingiu em cheio, Kamir deu muitos espasmos de dor e
caiu sem vida. Skarcruel se aproximou e colocou a espada de volta
ao pano e se ergueu perguntando. "Alguém mais deseja
desafiar minha autoridade?", e fez-se apenas um silêncio
entre os homens do bando que assistiram tudo pasmados com o que
aconteceu a Kamir.
Skarcruel
foi até uma tenda e entrou. No interior jazia Regine, amarrada
e amordaçada, não resistia à prisão
de tão assustada que estava. O homem de cicatrizes a desamordaçou
perguntando:
"Sente-se
melhor?"
"Seu desgraçado!
Você matou Silver!" A pequena respondeu chorando.
"Para estar
gritando deste jeito é porque está melhor mesmo. Quanto
ao elfo, eu lhe dei a escolha de viver e morrer. Ele decidiu morrer.
Não pode me culpar por isso."
"Mentira!
Você é mentiroso! Seu assassino!"
"Bah! Não
suporto meninas choronas!" Disse ele dando um tabefe na halfling
e novamente a amordaçando.
"Você
ainda vai chorar muito pequenina, vou vendê-la por um bom
preço para o mercado de escravos de Thay."
Em Direção
à Thesk
Dias
se passaram. Já haviam eles deixado o reino de Aglarond.
Demoraria ainda mais um pouco chegar ao destino, a cidade de Duas
Estrelas. Segundo o capanga de Skarcruel, que era levado preso pelos
agentes de Lady Yhel, os seus companheiros estavam instalados numa
pequena fortaleza um pouco afastada da cidade. Durante a viagem,
Kelta se acalmou, sua lucidez voltava pouco a pouco, embora sua
determinação em vingar-se da morte do amigo elfo aumentasse
progressivamente. Reavaliando a situação, o jovem
argüiu a bruxa que não emitia um som sequer.
"Milady,
a senhora é uma bruxa?"
"Se você
denomina uma mulher que conhece as artes místicas de bruxa,
sim, eu posso ser uma bruxa. E ao julgar pela bagagem que leva tem
um interesse nisso não é mesmo?" Disse ela se
referindo a mochila de Kelta.
"Como a
senhora descobriu? Está tão visível assim."
"Digamos
que meus instintos perceberam, mas se preocupe, não acredito
que qualquer pessoa repare nisso. Deixe-me ver seu grimório.",
e imediatamente o rapaz tirou da sua mochila um livro de capa grossa
e entregou a bruxa de Rashemen. Esta folheou identificando o amadorismo
pelo qual foi concebido o livro, pois o conhecimento da Hathran
ultrapassava um século de existência. Lembrou-se ela
então de quando jovem, ainda menina foi entregue aos magos
antigos de Rashemen, que a ensinaram todo o conhecimento da Arte
e da alquimia. Foi orientada sobre a história do mundo, sua
natureza mágica e a existência de outras dimensões.
Com o passar
das épocas, Yhelbruna começou a desenvolver pensamentos
além do normal, compreender era melhor que obter, sendo assim,
seu destino não seria outro senão ser uma bruxa de
Rashemen, estar entre aquelas que governam um reino e protegê-lo,
e um dos preços a pagar é o fato de que ela jamais
poderá conhecer os prazeres carnais, isso é uma tradição
milenar em sua cultura.
"Vejo que
ainda tem muito a aprender rapaz. Muito bem, eu posso lhe ensinar
um encantamento ou dois, mas nada além disso, entendeu?"
"Sim, sim,
seria uma honra."
"Isso é
claro se a nossa missão tiver êxito. Não se
esqueça de Hadryllis." Advertiu a bruxa.
Instantes
depois que a milady falou, a carruagem que os levavam passou por
um buraco fazendo-a balançar, Kelta, que estava desatento,
caiu um pouco para frente e acidentalmente colocou a mão
no joelho da Hathran que se assustou com o fato.
"Desculpe
milady, a carruagem parece ter tomando um tombo." Disse ele
vexado.
"Tome cuidado
da próxima vez."
Se
alguém pudesse ver o rosto de Lady Yhelbruna por detrás
daquela máscara de porcelana, perceberia como ficou corado
sua face, aquele pequeno toque no seu joelho foi suficiente para
que ela tivesse uma sensação que nunca havia sentido
antes. Foi algo que a assustou muito. Depois disso ficou bastante
séria, enquanto Kelta desviou dos olhares de sua direção.
Naquele
mesmo dia pararam para acampar. Faltava pouco para chegarem em Duas
Estrelas. Acomodados em torno de uma fogueira, estavam Feargal,
Kelta e os rashemares.
"E então
guri, como você entrou nessa?" Perguntou o elfo selvagem
colocando um enorme pedaço de carne na boca.
"É
complicado...foi por causa de uma maldita espada que encontramos."
"É
sempre assim, se a espada não começa o problema, ela
termina. Houve vários problemas que eu resolvi com estas
duas belezas aqui." Disse Feargal se referindo as suas duas
espadas.
"Mas nem
tudo se resolve com batalhas, a solidão por exemplo."
"Ah, mais
isso aí se resolve de outra forma, basta o sujeito entrar
numa taverna e lá terá algumas mulheres para ele,
ora essa!."
"Tem certeza
que você é um elfo? O Silverdrone era bem diferente."
"Não
misture as coisas, Silverdrone tinha honra e eu o respeitava por
isso."
"Desculpe
mas é que seu jeito é um pouco diferente, aceita mais
um pouco de vinho?"
"Manda,
tomemos juntos em homenagem a Silverdrone."
"Bom, acho
que você tem razão numa coisa, iremos resolver o problema
daquele desgraçado do homem de cicatrizes com as espadas
mesmo."
"É
assim que se diz guri."
Um Plano de Ataque
Após
dias de viagem Skarcruel e seu grupo chegam a sua base em Duas Estrelas.
Ao longe já identificava uma calmaria na pequena fortaleza
na qual fixaram-se já há algum tempo, especializando-se
em negócios sujos. Foi só ele chegar para o resto
de seu bando que estava na base voltar aos seus postos de forma
repentina.
"Homens!
É assim que mantém guarda?" Vociferou ele aos
seus lacaios que estavam cuidando do lugar.
"Mas chefe,
é que aqui nunca acontece nada..."
"Mesmo
assim devem ficar alertas. Para quê eu pago vocês?"
Eles
apenas abaixaram suas cabeças e um deles pegou o cavalo de
Skarcruel para levar ao estábulo. O líder de cicatrizes,
ao invés de relaxar, levou a pequena halfling para um calabouço.
"Não chore pequena, se tiver sorte daqui a alguns estará
arando em algum campo de Thay, caso contrário comerá
terra que nem defunto." Disse ele fechando a porta. Regine
apenas lacrimejava, pois estava amordaçada. A pequena poderia
até tentar se libertar, mas não tinha espírito
naquele momento para fazer algo tão ousado.
Um
dia se passou, Duas Estrelas agora tem mais visitantes, Feargal,
Kelta e os homens de Lady Yhel chegaram na cidade. Porém,
eles decidiram montar acampamento nas cercanias do povoado, pois
não sabiam eles quais perigos poderiam estar esperando por
eles no centro da cidade. Ainda com um prisioneiro, um dos homens
de Skarcruel, eles tinham a informação de uma suposta
base instalada no outro lado de Duas Estrelas, portanto reuniram-se
para formular uma estratégia de combate.
"Atacaremos
à noite. Será um serviço rápido e sorrateiro,
mas se eu estivesse com um desenho do lugar seria mais fácil."
Disse Thydrim expondo sua linha de pensamento.
"Tudo bem,
mas atacaremos pela frente não é?" Perguntou
Feargal.
"Claro
que não, quer nos matar? Você nunca planeja seus ataques?"
"Agora
que você falou percebi que não, geralmente é
os monstros que me encontram nas florestas que ando."
"Hum..,
sei. Bom, alguns usarão arcos dando cobertura aos que vão
entrar. Quem entrará comigo? Além de Feargal é
claro." Alguns dos homens levantaram a mão se oferecendo
para a invasão, foi então que Thydrim se surpreendeu
quando o magricelo Kelta também fez o mesmo.
"Kelta?
Tem certeza de que quer ir? Você sabe que é perigoso."
"Thydrim,
eu não viajei até aqui para ver vocês cuidando
de um problema que também é meu. Além do mais
meu mestre disse que este dia chegaria, a hora de lutar."
"Entendo,
neste caso leve esta espada contigo, ir desarmado é suicídio."
Disse Thydrim entregando uma espada curta ao jovem.
A
noite chegara fria e sombria como de costume, todos já estavam
mais que preparados para executar o plano, com exceção
de Kelta que não tinha a menor idéia do que fazer,
nunca portara uma arma antes. Os homens colocaram as flechas em
suas aljavas enquanto outros depositavam as espadas em suas respectivas
bainhas. Andaram à cavalo por alguns minutos e esperaram
a confirmação de um batedor de que tudo estava limpo.
Foram a pé para não fazer barulho, adiantaram-se um
pouco e finalmente estavam de frente ao pequeno forte dos malfeitores.
Escondidos nos arbustos eles decidiram como entrar no recinto. Os
que iriam invadir foram pela lateral do forte, enquanto os atiradores
espalharam-se pelo mato e mantiveram posições de tiro.
Thydrim subiu o muro e aguardou o momento certo para que um a um
pudessem estar no lado de dentro. Depois, escondido, ele disparou
uma flecha em chamas ao alto, era o sinal para que os atiradores
começassem as saraivadas de flechas. Os projéteis
de fogo foram atingindo vários pontos do forte incendiando
a palha do pátio. Os bandoleiros fizeram um grande alarde
gritando que era um ataque, e Scarkruel, que estava bebendo em seus
aposentos, tratou de ficar com Hadryllis. "Droga, não
esperava que fosse tão cedo."
Os
mercenários abriram os portões e foram atrás
dos atiradores. Foi neste momento que Thydrim, Feargal, Kelta e
mais dois soldados adentraram a estrutura principal do forte. Entretanto,
um dos homens viu a movimentação de intrusos e gritou
para o resto, mas estes já combatiam os atiradores. Mas,
para garantir, Feargal trancou a porta principal por dentro. Estavam
eles num grande salão rústico com o chão repleto
de palha. Quando se aproximaram para tomar um novo rumo, surgiram
vários homens e um outro numa pequena varanda que dava para
esta sala.
"Quem
teve a ousadia de invadir minha fortaleza? Você, rapaz! É
aquele de Corth. Seu amigo deve estar comendo grama pela raiz agora,
hein?" Debochou Skarcruel.
"Devolva
a espada e a halfling e não mancharemos este lugar de sangue."
Propôs Thydrim.
"Não
seja tolo, eu seria uma piada se concordasse com isso. Vocês
tomaram uma decisão que não poderão voltar
atrás ao invadirem este lugar."
"Chega
de conversa inútil!! Homens, ataquem!! Argahhh!!" Feargal
sacou suas duas espadas e partiu para cima de um homem barbudo com
um machado, que também gritou em fúria. Um avançou
contra o outro, mas a selvageria do elfo foi maior: que com uma
das espadas defendeu o machado inimigo e a outra foi suficientemente
letal para lhe arrancar metade do cérebro. Thydrim e os outros
não perderam tempo e caíram para a peleja, Kelta aproveitou
e tomou outra direção para alcançar Skarcruel,
que ocultou-se do combate. Thydrim avançou com seu escudo
e no momento certo cortou a perna de seu adversário, que
deu um grito de dor e devolveu o ataque, porém seu golpe
explodiu no escudo do capitão rashemar, que num segundo golpe
abrira um buraco no peito do inimigo. Um amigo de Thydrim não
teve o mesmo sucesso, e teve sua cabeça esmagada por uma
maça dentada. Logo depois, Feargal caiu pra cima dele com
uma seqüência de golpes que o deixou desnorteado. Com
a guarda do inimigo aberta o elfo não desperdiçou
a chance de amputar a mão do malfeitor e posteriormente separar-lhe
a cabeça do corpo. Estavam eles levando vantagem, quando
Thydrim perguntou "Onde
está Kelta?".
O rapaz subiu
por outra escadaria num andar superior e procurou pelo assassino
de Silverdrone, porém este o encontrou primeiro. "Quanta
coragem menino. Não acha um tanto cedo para morrer?"
"Deixe-me
mostrar algo então." Após este comentário,
Kelta fez alguns gestos com as mãos e pronunciou palavras
antigas que fizeram conjurar uma esfera de energia que atingiu em
cheio o peito de Skarcruel. O golpe o derrubara, "Não
pensei que seria tão fácil." Pensou Kelta, só
que voltou atrás quando viu seu inimigo se levantar.
"Miserável!
Acha que um truque ridículo como este vai me matar."
O homem de cicatrizes então avançou atacando Kelta
com uma grande espada, o jovem no susto, se abaixou e entrou numa
cozinha. Skarcruel foi atrás dele tentado alcançá-lo,
mas o rapaz se locomovia por debaixo de mesas deixando seu adversário
nervoso. Foi quando este, com um salto, tentou perfurar o coração
de Kelta, contudo este deu para o lado e com uma corda, prendeu
a mão de Skarcruel numa coluna de madeira que sustentava
uma grande prateleira. O vilão estava atônito, não
esperava algo tão imprevisto. Mesmo assim, deu um soco no
rosto do jovem aventureiro, que mesmo sendo castigado devolveu o
golpe arrancando sangue da boca de Skarcruel. Com um pé Kelta
apertou a outra mão do vilão e deu vários socos
no mesmo quebrando-lhe a cara.
"Vamos
rapaz, Coff! Coff! Você não é de fazer isso,
sabe o que é matar alguém?" Disse o bandido cuspindo
sangue.
"Onde está
Regine seu desgraçado? Diga-me ou vou matá-lo agora!"
Ameaçou o jovem repleto de hematomas pelo rosto. Kelta não
percebera mas a corda que ele enrolou na mão de Skarcruel
estava se afrouxando, o vilão tentou distraí-lo dizendo
"Ela está bem, é só me soltar que eu levo
você até ela."
O plano do homem
de cicatrizes deu errado, o rapaz no último momento o viu
puxar o braço preso, mas não foi tempo suficiente
para impedir que o jovem pegasse a espada dada por Thydrim e enfiasse
bem no coração do malfeitor, se é que ele tinha
um. Skarcruel caiu ao chão colocando a outra mão no
peito tentando segurar o sangue que abandonava seu corpo. "Seu
i.. idiota, v.. você acha q.. que v.. vai ficar livre, coff!
coff! meu e.. empregador é u..um mag.. vermelh...",
Skarcruel então respirou pela última vez.
Kelta
afastou-se lentamente olhando para o cadáver do vilão
e depois viu que suas mãos estavam manchadas de sangue. Não
conseguia tirar os olhos para a face morta de Skarcruel. Pela primeira
vez tirara a vida de alguém.
Em
seguida chegaram Feargal e Thydrim correndo pensando no pior, mas
espantaram-se ao ver o corpo do bandido no chão.
"Kelta?
Você fez isso?" Perguntou Feargal fazendo um grande sorriso
de felicidade. O jovem não respondeu, estava assustado com
tudo, mas depois por um momento despertou e começou a procurar
Regine.
Após
uma busca rápida, o aprendiz encontrou a halfling presa numa
sala imunda e a desamarrou.
"Magiteco!
Magiteco! Ele matou Silver!" Disse a halfling abraçando
Kelta e chorando.
"Regine,
não se preocupe, o assassino está morto agora."
Kelta
passou algum tempo consolando a pequena Regine que ainda sofria
pela morte do elfo Silverdrone. Thydrim encontrou Hadryllis nos
aposentos de Skarcruel e a embrulhou num pano para levá-la
em segurança. Pela manhã, os homens de Lady Yhel trataram
de queimar os corpos dos bandoleiros e Thydrim entregou Hadryllis
nas mãos da Hathran. Todos já se preparavam para partir,
Yhel falou:
"Meu jovem,
como lhe havia prometido, se me acompanhar para o reino de Rashemen
poderei lhe passar algumas instruções."
"Senhora,
agradeço muito mas creio que o problema não terminou."
"Não
terminou, o que quer dizer?"
"O homem
de cicatrizes antes de morrer disse algo sobre seu empregador ser
um mago vermelho."
"É
lógico! Como fui tola, aqueles malditos ainda querem Hadryllis
depois de tantos anos. Thydrim! Você vai ficar mais um pouco.
Um Mago Vermelho
Quatro
dias se passaram desde o ataque ao bando de Skarcruel, Regine ainda
estava abatida pelos acontecimentos, não brincava mais como
antes, se reservava apenas a ficar sozinha olhando para o nada.
Feargal e Kelta tentavam animá-la de algum jeito, embora
sem sucesso.
"Regine,
você não quer comer? Olha, a comida tá gostosa."
Ofereceu Kelta um pedaço de carne.
"Eu não
quero agora, talvez depois."
"Olha Regi,
eu conheci você e Silver a pouco tempo, por isso não
posso saber o tamanho da dor que está corroendo seu coração,
mas tenho certeza que ele não gostaria de saber que você
está triste assim. Pelo menos coma um pouco."
"Só
um pouquinho então." Disse ela colocando a contragosto
um pedaço de carne na boca.
O
aprendiz de mago afastou-se voltando para a fogueira onde estavam
Feargal, Thydrim e os outros. Lady Yhel partira com o resto dos
soldados para Rashemen pois já estava com Hadryllis, mas
deu ordens expressas a Thydrim para descobrir quem a queria. Feargal,
vendo o rapaz se aproximar pergunta:
"E aí
guri, conseguiu animar Regine?"
"Feargal,
eu tenho 15 anos, não sou 'guri'."
"Ah, só
porque matou um homem já acha que é um adulto. Vamos
fazer o seguinte, depois que você matar dez homens eu te chamarei
de rapaz, tá certo?"
"Hum, quem
sou eu para contrariar. Regi comeu um pouco, mas só o tempo
se encarregará de remover sua tristeza."
"Que nada,
depois que a gente enviar este tal mago vermelho a Myrkul ela vai
ficar melhor." Finalizou o elfo selvagem.
Nos
últimos dias, Thydrim, com perspicácia e eficiência,
descobriu que um nobre local de nome Carson era um dos contatos
de Skarcruel para chegar ao mago vermelho que ofereceu uma boa quantidade
de ouro para que o mercenário pudesse conseguir a espada
Hadryllis. Provavelmente os magos de Thay usaram encantamentos malignos
para determinar a localização da espada, que agora
repousava nas mãos dos Rashemares, seus criadores.
Com estas informações Thydrim propôs que investigassem
este nobre e chegar até o arcano. Portanto, conseguiram uma
audiência com o nobre alegando ser mercadores. Apenas Thydrim,
Kelta e Regine foram ao encontro, enquanto Feargal e os outros ficaram
afastados vigiando o local. Carson morava numa pequena torre bem
construída, nas suas propriedades também estão
um pequeno rebanho e um estábulo. Encontrando-se com Carson,
Thydrim disse:
"Senhor
Carson, somos mercadores de Rashemen e soubemos que o senhor tem
um gosto apurado para cavalos."
"Sim, mas
quem lhe disse isso?"
"Alguns
cidadãos locais de Duas Estrelas. Talvez queira comprar algumas
espécies interessantes de nosso reino."
"Eu conheço
muito bem a raça dos cavalos de Rashemen, na verdade eu tenho
alguns. E estes dois? Também são mercadores?"
Perguntou Carson referindo-se a Kelta e Regine.
"São
meus assistentes." Thydrim disse, enrolando Carson como podia.
Lá
fora, Feargal e quatro soldados de Thydrim vigiavam a propriedade
de Carson, porém foram surpreendidos por dois sujeitos distintos.
Um era enorme e carregava uma grande espada, e o outro vestia-se
de vermelho, era careca e tinha umas tatuagens na cabeça.
Ele perguntou:
"Quem são
vocês? O que estão fazendo nas terras de Carson?"
"E quem
pergunta? Nunca te vi aqui, espere! Você é um mago
vermelho!" Anunciou Feargal.
"Como pensei,
intrusos!" O mago gesticulou e com algumas palavras mágicas
disparou um jato de cores que fizeram os quatro soldados que estavam
com Feargal irem ao chão. O elfo estava sozinho agora.
"Gork,
você pode cuidar dele sozinho não é?" Perguntou
o mago ao seu aliado musculoso.
"Xerris,
não me subestime. Você acha que esse ignorante pode
me vencer."
"Muito
bem grandão, vou mostrar para você toda minha ignorância."
Desafiou Feargal sacando suas duas espadas. Gork apenas montou base
e esperou o avanço do elfo. Xerris não deu atenção
ao duelo e foi até a torre.
Thydrim,
Kelta e Regine tinham terminado a conversa com Carson, e aparentemente
o nobre não percebeu nada. Mas para o azar deles, deram de
cara com Xerris que sem hesitar conjurou outro encantamento, das
mãos dele saíram flamas escaldantes que atingiram
os três, sendo que Thydrim tomou a maior parte do impacto.
Regine caiu para um lado, e Kelta do outro. Thydrim não se
levantou, e Kelta disse:
"Você!
Você deve ser o mago vermelho!"
"Sim, onde
está Hadryllis? Entregue-me agora e não mandarei vocês
para o reino da morte."
"Esqueça,
a espada já está em Rashemen neste momento."
"O quê?
Malditos! Pagarão caro por isso!" Ao dizer isso Xerris
se preparava para lançar outro encantamento, no entanto,
tomou uma pedrada na cabeça, obra de Regine com sua funda.
Kelta aproveitou e disparou uma esfera de energia que feriu bastante
o arcano. Contudo ele ainda resistia e no momento que invocava outro
feitiço, Thydrim se levantou e deu o golpe final, o impalou
pelas costas deixando Xerris sem vida. Após isso correram
para ajudar Feargal.
A
batalha estava acirrada entre o elfo selvagem e o bárbaro
loiro de dois metros de altura,. Os golpes de Feargal pareciam relâmpagos
castigando as montanhas, enquanto Gork dava seus golpes avassaladores,
fazendo Feargal recuar diante do impacto tão forte que causava.
Feargal esquivou-se de um balanço de espada e tentou acertar
a perna do bárbaro, mas este não era tolo e deu pro
lado puxando a espada de volta, Feargal atacou novamente com uma
investida furiosa visando perfurar o peito de seu inimigo. Foi um
erro, Gork defendeu-se e fez um grande corte no dorso do elfo. "Você
já era elfo, com um ferimento desses não dá
para continuar."
"Um arranhão
desses? Continue lutando, humano, e verá se isso me abala."
Feargal sabia que só tinha forças para uma última
investida, não poderia errar, esperou o golpe de Gork e aparou-o
com sua lâmina direita, abaixando-se, e com um giro sua espada
esquerda atingiu o peito de Gork fazendo largar sua arma. O bárbaro
caiu de joelhos e esperou a morte que veio com a decapitação
pelas duas espadas de Feargal, que deu um grito de fúria
com a morte do inimigo. Logo depois surgiram Thydrim, Kelta e Regine
que gritaram seu nome quando o viram. O elfo sentou-se ao chão
e percebeu que seu ferimento era grave. Os soldados de Thydrim,
já acordados, levaram Feargal para um curandeiro local de
Duas Estrelas.
Em
dois dias Feargal já estava de pé, mas não
podia fazer nenhum esforço, por isso ficou mau humorado.
Thydrim e seus homens arrumaram tudo para partir de volta a Rashemen.
Ele então pergunta:
"Bom companheiros,
quem vai comigo?"
"Eu vou,
tenho alguns assuntos para resolver em Rashemen. E você Feargal?
Vem comigo?" Perguntou Kelta.
"Sei não,
o que tem pra mim lá?"
"Me disseram
que há muitos guerreiros por lá chamados de bersekers,
e eles sabem muito sobre as artes da guerra."
"Você
sabe mesmo como me convencer."
"E você
Regi? Vem com a gente."
"Não
Magiteco, vou voltar para Aglarond onde é meu lar. É..
Magiteco! Desculpe ter te incomodado antes, era brincadeira."
"Eu sei
Regi, é assim que você deve ser, brincalhona. Não
mude!" Disse Kelta dando um beijo na cabeça da halfling
e despedindo-se dela. Por último disse:
"Dê
lembranças a Maira!" E partiram eles para Rashemen,
a terra das bruxas e dos guerreiros bersekers.
Desejo Proibido
Rashemen,
um reino muito intrigante, cheio de mistérios e lendas, castigado
muitas vezes por Thay em outras épocas. A sua paisagem é
levemente desértica com diversas montanhas formando vales
e platôs. Aquele ano era 1354, em Nightal, a viagem havia
sido bastante tranqüila para os dois visitantes, mesmo porque
estavam acompanhando um capitão que conhecia muito bem seu
reino. Naquela manhã chegaram eles em Immilmar, capital de
Rashemen, um cidade esplendorosa e exótica, de um povo de
cultura antiga. A carruagem foi direto para o palácio real,
uma imensa torre. Thydrim tratou de arranjar cômodos confortáveis
para os convidados.
"Thydrim,
quem é o rei de Rashemen?" Perguntou Feargal.
"Bom, o
Lorde de Ferro é o governante de Rashemen, porém quem
manda mesmo é o Wychlaran, um conselho de bruxas que escolhe
os Lordes de Ferro. Mas poucas pessoas sabem disso, portanto não
comentem este fato."
"Eu percebi
que todos os homens que passam perto das bruxas abaixam a cabeça,
porquê?" Argüiu Kelta.
"São
as bruxas que governam este reino, então elas estabelecem
todas as leis. Se alguém desobedecer uma Hathran ou uma Othlor
é condenado à morte."
"Será
que eu vou me lembrar disso?" Comentou Feargal, selvagem no
ser e na raça.
Após
uma refeição Kelta foi conduzido até a Hathran
Lady Yhel, que conversava com outras bruxas chamadas de Ethran.
Ao ver o jovem, Yhel dispensou as bruxas que, como todas em Rashemen,
usam máscaras, e ordenou que Kelta fosse até ela.
"Milady,
estou aqui como prometido. Hadryllis está em boas mãos?"
Disse Kelta fazendo uma reverência.
"Sim, você
e seus amigos fizeram um bom trabalho. Thydrim me informou sobre
o mago vermelho, meus parabéns."
"Hã,
então, a senhora pensou sobre o assunto de me ensinar?"
"Sim, terá
a honra de receber instruções de uma Hathran, mas
lembre-se, apenas um encantamento. Concederei também um conhecimento
básico sobre a alquimia e a natureza dos venenos."
"Agradeço
muito milady."
"Começamos
amanhã."
Kelta
e Feargal foram muito bem tratados, estavam com a aparência
bem melhor, com roupas novas e alguns curandeiros limparam bem seus
dentes. Feargal foi submetido a um rigoroso treinamento dos guerreiros
bersekers e percebeu como fora oportuna sua viagem a este reino.
Com
o passar dos dias Kelta foi aprendendo como compreender melhor a
magia e sua natureza, uma semana depois, o aprendiz estava tentando
fazer uma mistura para uma poção mágica. Lady
Yhel sabia que o jovem demoraria muito tempo para entender isso,
mas admirou seu empenho e foi até ele para ajudá-lo.
Ao fazê-lo encostou-se ao corpo dele e sentiu um aroma diferente
de todas as essências perfumadas que usava. Sentiu o odor
masculino e percebeu que, apesar daquele rapaz ser muito jovem,
era um homem e nunca ficara tanto tempo assim próximo a alguém
do sexo oposto. Lady Yhel estava atrás dele tentando conduzi-lo
corretamente em uma mistura. De repente começou a ficar nervosa,
a tremer. A curiosidade e a cobiça foram mais fortes, regras
e tabus foram deixados de lado, é como se algo dentro da
Hathran implorasse por liberdade. Yhel abraçou Kelta com
toda força, o jovem assustou-se por um instante mas logo
também foi tomado pelo prazer, virou-se para ela e a máscara
caiu ao chão quebrando em vários pedaços. Kelta
não acreditara, era o rosto mais bonito que já viu,
seria este um segredo das bruxas por detrás das máscaras?
Beijaram-se profundamente, devoraram-se como dois animais até
perder o fôlego, e no chão despiram-se, ambos descobriram
o júbilo da carne. Ela o fez homem e ele a fez mulher, mesmo
após mais de um século de existência. Depois
seguiram para os aposentos dela e amaram-se mais algumas vezes até
a exaustão. Pela manhã, Kelta dormia tranqüilo
na cama de Lady Yhel. Ela acordara cedo e vislumbrou o jovem pensando
"Pelos deuses, o que eu fiz?".
Três
semanas foram o tempo suficiente para que Feargal e Kelta aprendessem
bastante sobre a guerra e a magia. O elfo logo opinou por voltarem
a Aglarond, e posteriormente Kelta conversou com Yhel depois de
tudo.
"Milady,
nestes últimos dias eu venho tentando saber o que foi que
houve entre nós, se foi algo momentâneo ou .."
"Não
diga bobagens, foi um erro, um erro que deve ser remediado o quanto
antes. Eu lhe ensinei o bastante para que tenha sabedoria em procurar
um mestre acessível a você. Seu aprendizado comigo
termina aqui."
"Milady,
eu não quis de forma alguma tratá-la com desrespeito.
Agradeço pelas instruções que me passou..."
"Agora
vá, seu amigo está esperando."
O
elfo e o rapaz foram até o estábulo ver se havia uma
carroça pronta para levá-los, porém Thydrim
lhes fez uma surpresa, o governo de Rashemen resolveu dar aos heróis
dois cavalos belíssimos do reino, e eles gostaram muito.
"Feargal,
é uma pena que você não esteja nas nossas fileiras.
Daria muito trabalho para os magos de Thay."
"Obrigado,
mas há muitas batalhas para mim nas Terras Centrais. Até
logo amigo!"
"Thydrim,
muito obrigado pela espada, sem ela talvez não estivesse
aqui." Disse Kelta.
"Espero
vê-lo novamente rapaz, e além da magia confie na espada
também."
Partiram
eles de volta para Aglarond aguardando o dia em que novos desafios
os colocariam em perigo novamente.
Esta
história é uma descrição em teor literário
dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé
em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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