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Histórias
 

Maerimydra

Descrita por Ricardo Costa.
Baseada no jogo mestrado por Ivan Lira.

Personagens principais da aventura:

Os Humanos: Magnus de Helm; Sirius Lusbel; Sigel O'Blound (Limiekki); Danicus Gaundeford; Klerf Maunader. Os Elfos: Mikhail Velian; Kariel Elkandor; Arnilan Beldusyr. O Halfling: Bingo Playamundo. Participação Especial: Storm Mão Argêntea.

Maerimydra

Os Primeiros Quilômetros Embaixo do Mundo

      Arthos e Arnilan conduziam a nau voadora que levava a Comitiva da Fé através dos corredores do Subterrâneo havia mais de duas horas. Vez ou outra, desviavam perigosamente de enormes estalactites, agudas como presas de dragões, que se estendiam do teto por dezenas de metros. Não haviam ruídos ou formas de vida que pudessem ser percebidas ante ao breu, ferido apenas pela luz da nau. O espadachim ruivo, aprendiz na arte de guiar o leme deste tipo de transporte, estava ainda nervoso e cometia alguns erros; virava rápido demais ou, às vezes, o contrário. Já o elfo evereskano, piloto especialista, sequer esboçava algum tipo de emoção, não havia medo ou apreensão. Estava tranqüilo como o Mar Brilhante em dia de poucos ventos e de vez em quando, corrigia os defeitos das manobras de Arthos. A maioria no barco estava silenciosa e desconfortável com a escuridão, mas alguns conversavam. Entre eles, Kariel. O mago de cabelos azuis lembrava ao amigo Magnus, o paladino, sobre alguns eventos do passado.

      “Magnus... agora vejo sentido nos sonhos premonitórios de Telimas, o líder da aldeia de Stormpenhauer. Lembra-se do que ele contou quando passamos pela sua aldeia, meses atrás?”
      “Fala do sonho, em que os drows dominam a superfície? Bem, Kariel. As predições podem sempre ser evitadas.”
      “Uma outra coisa que me inquieta é não saber se os deuses nos darão outro teste aqui no Subterrâneo. Mystra havia nos dito que teríamos que dar provas do nosso valor a Helm, Tymora e Silvanus. Já passamos pelo primeiro, mas ainda faltam os outros dois!”
      “Não devemos nos preocupar com isto agora. Espero que os deuses sejam oportunos. No momento, nos concentraremos em nossa missão!”

      Pouco depois, o homem de meia idade chamado Danicus levantou-se e falou e voz alta

      “Estamos nos aproximando, de acordo com o mapa, da cidade de Maerimydra. Lá, segundo o diário, Ki´Willis contactou um dos mais poderosos clãs obedientes à Lolth, a Casa Chumavh. Deveremos encontrar esta família para descobrir a localização do seu portal e onde está a chave que o aciona.”
      “O que vamos dizer a eles?”, perguntou Kariel.
      “Podemos dizer que houveram mudanças no acordo e que precisamos substituir a chave.”, respondeu Storm.
      “Inspecionaremos também o portal. Assim poderemos saber se ele já está pronto.”, colocou Mikhail. “O que me preocupa é o fugitivo Torrellan. Se ele chegou a esta cidade poderá nos prejudicar.”
      “Não temos alternativa, Mikhail.”, disse Arthos, virando-se da poltrona de comando. “Teremos que enfrentá-lo ou aos problemas que ele causar!”
      “Devo dizer-lhes que nem eu, nem Arnilan, poderemos sair da nau. Tenho que estar pronta a defendê-la e o nosso piloto é muito precioso para arriscar-se em possíveis batalhas. Acho também prudente que outros, que não forem indispensáveis, também fiquem. Mikhail, você, que irá encarnar Narcélia, deverá liderar o grupo.”, comandou a barda de cabelos prateados.
      “Sim. E quem irá conosco?”, perguntou o clérigo de Mystra.
      “Um grupo de seis ou sete será adequado. Quem deseja ir?”

      Ao apelo de Storm, todos os passageiros responderam afirmativamente, por um motivo ou outro, mas para se adequar ao número de componentes proposto para aquele grupo avançado, alguns cederam a favor de outros. Iriam quatro membros da Comitiva e, excepcionalmente, o professor Danicus, pelo conhecimento adquirido sobre os costumes dos drows. A equipe seria composta de Mikhail, que faria a vez da sacerdotisa Narcélia, Kariel, que assumiria o papel de Karelist, o mago da Casa dos Millithor, Arthos interpretaria o espadachim Torrellan, e Limiekki, Dariel. Além destes, iriam Sirius e Danicus, que ganhariam aparência de drows comuns e os nomes de Zoreg e Glemoran , retirados da cultura drow, por não haver mais membros conhecidos do clã dos Millithor dos quais pudessem adotar os nomes. Seus postos seriam, respectivamente, de um soldado e um mago do clã. Magnus preferiu permanecer com Storm, a fim de auxiliar a mulher pela qual nutria grande afeto, em caso de problemas. Bingo também quis ficar com o amigo.

      Depois desta definição, os aventureiros passaram a ouvir preleções do acadêmico, em uma aula que durou aproximadamente uma hora. Neste tempo, perceberam a nau reduzir sua velocidade. Arnilan, então, virou-se em seu assento para fitar os demais e disse:

      “Não estou encontrando o caminho. Terei que fazer uma busca pelas paredes da caverna em busca de uma passagem.”
      “Pelo que diz o mapa, estamos longe?”, questionou Arthos, na poltrona ao lado.
      “Creio que não, mas as informações não são muito precisas.”, respondeu o elfo evereskano.
      “Bem. Só nos resta procurar!”, disse Danicus, dando de ombros.
      “Sugiro que marquemos o ponto por onde chegamos nesta câmara, para nos orientarmos mais facilmente.”, sugeriu Mikhail.
      “Como faremos isso?”, quis saber Sirius.
      “Lhe mostrarei.”, respondeu o clérigo.

      Mikhail pediu a Arnilan e a Arthos que conduzisse a nau para o corredor por onde haviam entrado. Chegando próximo, o sacerdote de Mystra rezou uma prece especial e apontou para uma pedra. A pequena rocha, incrustada no alto do túnel, iluminou-se, como se fosse uma lanterna, sinalizando aquela passagem. Após esta parada, a exploração continuou.

      Arnilan descia vagarosamente a nau, enquanto a luz amarela e forte que emanava da pedra farol da embarcação iluminava as paredes rochosas, a procura de uma fenda que possibilitasse a continuidade da viagem até a cidade drow de Maerimydra. Dentro da cabine de comando, o sentimento dominante era de angústia e preocupação. Se não encontrassem o caminho, teriam que retornar e a missão fracassaria. A tensão fazia com que alguns, como Kariel e Magnus, ficassem de pé, fitando a visão da vidraça, em busca de qualquer detalhe que pudesse apontar para uma saída. Bingo havia deixado a cabine e ido para o convés. Sua forma de relaxar foi sentar no assoalho de madeira, acender seu comprido cachimbo e fumar um pouco da erva halfling, de aroma bastante agradável.

Inimigos na Escuridão

      Havia pouco mais de quinze minutos que o farol da nave vasculhava a caverna e Bingo ainda estava lá, com seu cachimbo, fazendo anéis de fumaça pelo ar. O pequeno distraía-se, quando ouviu algo. Parecia que algo havia batido com violência no casco da embarcação. O halfling então retornou à cabine, abrindo a porta com pressa.

      “Vocês ouviram isto?”, perguntou.
      “O que foi, Bingo?”, indagou Limiekki.
      “Um barulho, lá fora!”, respondeu o pequeno.

      Sirius e Limiekki foram os primeiros a saírem até o convés. A iluminação, duas lanternas de um fogo púrpura colocadas sobre mastros na popa e na proa, não era o suficiente para que os heróis investigassem o que havia ao redor. Limiekki foi até a borda e olhou para baixo. Não conseguiu ver muita coisa, mas ouviu o ruído de um deslocamento de ar, como se uma criatura alada houvesse passado muito próximo à embarcação.

      “Acho que estamos sendo emboscados!”, falou o ranger.

      Logo a agitação tomou conta do lugar e os passageiros, a exceção de Arnilan, Storm, Danicus e Klerf, deixaram a cabine e foram para o convés, de armas preparadas e olhando para todas as direções. Arthos se dirigiu até a balestra, que estava instalada na popa e lá retirou a besta que estava na suas costas. Feliz do espadachim. Um vulto saiu debaixo do navio e voou acima dele. Era uma criatura incomum, nunca vista pelos experientes aventureiros: possuía o corpo humanóide, porém com cerca de três metros de altura. Em seu abdome havia uma espécie de abertura, de onde projetavam tentáculos róseos, com estranhas ventosas, que contrastavam com a sua pele púrpura e escura. Possuía grandes asas como a de um morcego e de sua face só se destacavam os olhos amarelos e brilhantes e as narinas. Onde estava a boca, não puderam ver.

      O monstro arremeteu na direção do ruivo Arthos e este prontamente disparou um virote certeiro. Limiekki, ainda que um pouco distante, foi rápido o suficiente para sacar o arco e também atingir com duas de suas setas a criatura horrenda, que ferida, vez uma manobra de desvio e, veloz, apoiou os pés na borda da embarcação e tomou um poderoso impulso, novamente se movendo para atacar Arthos, com as garras afiadas que se projetavam de seus dedos. Só havia alguns segundos e Arthos buscou, com os mãos trêmulas pelo nervosismo e a pressa, outro virote e ainda conseguiu um disparo. A criatura recebeu o projétil e gritou um som inumano e alto. Ainda tentou ferir Arthos, mas este se esquivou. Um outro tiro, desta vez vindo do arco de Sirius, perfurou o braço do sombrio inimigo, que voltou-se novamente com ódio para Arthos. O espadachim desviou-se novamente e, desta vez, sacou o sabre e aplicou-lhe um golpe na nuca. E assim, não resistindo, o monstro caiu morto no piso de madeira.

      Outro daquela espécie saiu das profundezas e aterrizou no convés, próximo a cabine. Bingo, o pequeno, foi o primeiro a atacá-lo. Sacou sua espada e desferiu dois rápidos golpes, tirando um filete de sangue negro. A criatura, ignorou o ataque do pequenino, preferindo envolver Mikhail, que estava próximo, em seus braços poderosos, imobilizando-o e exercendo grande pressão contra o seu corpo. Tencionava ela colocar o sacerdote de encontro aos seus terríveis tentáculos localizados em seu ventre. Kariel testemunhou a situação e lançou de seus encantos: cinco esferas de energia brilhante surgiram e partiram de suas mãos para explodir em um clarão brilhante e silencioso nas costas da criatura, que, apesar de ter urrado de dor, não libertou o elfo loiro, clérigo de Mystra. Foi a vez de Magnus, o paladino de Helm. O jovem guerreiro correu da proa, onde estava, e com Hadryllis em punho, saltou e golpeou poderosamente o monstro na altura do pescoço. A força foi suficiente para decapitar a criatura, que tombou, finalmente libertando Mikhail.

      Quando esperavam pelo fim do combate, mais criaturas, desta vez, sete, desceram do alto e pousaram na nau. Coincidentemente, havia uma para cada herói pronto para o combate. Magnus foi a primeira vítima. Recebeu um violento golpe de uma das garras do adversário. Não se feriu, mas sentiu sob sua armadura o impacto impressionante forte. Bingo também foi atacado, mas sua pouca estatura foi bastante útil. Abaixou-se e o braço do monstro passou sobre sua cabeça. Boa sorte também teve Limiekki, que conseguiu esquivar, como o amigo halfling. Mikhail recebeu um golpe, absorvido pela sua armadura, que não o impediu, porém de em seguida proferir as palavras de uma prece à Deusa da Magia, em um encanto que tomou o corpo de seus amigos, fazendo os seus músculos mais fortes e potentes. Já Kariel, mago que era, evitou entrar em confronto direto, em prol da conjuração de um encanto. O elfo de cabelos azuis posicionou-se em linha com os inimigos, conjurou palavras arcanas e de suas mãos partiu um relâmpago que atingiu três adversários, causando-lhes queimaduras e ferimentos. Porém estes ainda estavam de pé.

      Sirius atacou um dos monstros, que estava enfraquecido com o ataque do mago. Deu-lhe um golpe forte, no flanco direito e o fez tombar. Limiekki tentou promover também um ferimento mortal, mas foi surpreendido. A criatura com a qual lutava o agarrou pelos braços e os seus tentáculos ventrais envolveram o mateiro, o empurrando para dentro do corpo monstruoso. Próximo, Mikhail acertava um golpe com seu martelo, o Destruidor de Tempestades. A investida certeira estraçalhou o crânio do adversário, aniquilando-o. Bingo tentou infligir algumas injúrias ao monstro que estava por perto, mas errou os golpes. Kariel deixou os feitiços de lado e puxou a sua élfica espada. Seu alvo era o oponente que tentava esmagar Limiekki. Aplicou-lhe um corte lateral e uma perfuração profunda. O horrendo ser largou o ranger, ajoelhou-se e caiu morto. Magnus, talvez o mais forte do grupo, obteve mais uma vitória e a mágica lâmina Hadryllis contou mais uma besta enviada para o mundo dos mortos.

      Restavam agora somente três criaturas de pé, todas muito próximas aos aventureiros. Limiekki, refeito da imobilização, retomou a espada caída e com ela investiu em um dos inimigos. Desta vez, teve sorte. Atingiu o peito do adversário, que caiu inerte no tablado de madeira do convés, fazendo jorrar seu sangue negro. Os dois monstros restantes, diante da morte de seus pares, resolveram alçar vôo e fugir, mas o destino dos dois já estava traçado. Um deles foi alvejado por uma flecha de Sirius e sequer ergueu-se do piso da nau e o último, em pleno vôo, foi atingido por projéteis de energia mística, conjurados por Kariel, e caiu, desaparecendo no negrume do abismo imenso. Assim a batalha terminou.

Uma Inesperada Visão

      Observaram os estranhos corpos com curiosidade. Quantas destas e de outras estranhas criaturas poderiam haver neste lugar? Magnus, Sirius e Limiekki livraram-se dos cadáveres, com grande esforço, jogando-os nau abaixo. Em seguida vieram Arthos, Bingo e Mikhail, que, com baldes na mão e esfregões, limparam os vestígios de combate da nau. Felizmente, a batalha não havia causado danos na embarcação. Questionaram a Storm, que não havia, por algum motivo que não sabiam e nem queriam perguntar, participado do combate, que criaturas eram aquelas. A barda também não as conhecia.

      Alguns minutos depois, estavam novamente todos na cabine, muito mais tensos do que antes, olhando pelo vidro frontal a luz emitida pela pedra farol. Viram com satisfação uma fenda, grande o suficiente para a passagem da nau e Arnilan decidiu seguir por ela. E o barco navegou pelo ar por mais uma hora depois daquilo, quando o piloto evereskano anunciou que o corredor onde estavam em breve se abriria em uma enorme câmara, de dimensões gigantescas. Foi quando Storm pediu a atenção dos passageiros:

      “Pelas orientações do diário de Ki’Willis, devemos estar próximos à cidade de Maerimydra. Acho que não devemos expor a nau aos drows. Não sabemos se é normal na cultura deles a utilização de tais transportes.”
      “Podemos criar um portal e, a partir dele, chegar até a cidade.”, sugeriu Kariel.
      “É uma idéia. Assim que estivermos próximos, usaremos o encanto que os transformará em drows. Fiquem atentos.”

      O pedido de Storm Mão Argêntea não era necessário. A ansiedade dos passageiros em ver a esperada cidade já era bastante grande. Quando a nau saiu do corredor rochoso pôde-se ver, bem abaixo, em um platô de pedra, as construções da pequena cidade drow de Maerimydra. Eram edifícios quadrados e circulares com pequenas janelas, além de torres pontiagudas, todos em uma pedra cinzenta e fosca. As ruas, na maioria dos trechos, eram fracamente iluminadas por uma lanterna de luz púrpura, colocadas em postes. Mas algo estava errado. Havia escombros por toda a parte e a grande parte dos prédios estava danificada. Em alguns deles, ainda havia chamas e fumaça. Não viram movimento. Parecia ser Maerimydra uma cidade arrasada e desabitada.

      “O que aconteceu aqui!?”, perguntou-se Mikhail. “Será que alguma criatura ou um poderoso exército invadiu esta cidade?”
      “Seja lá o que for, se os drows que moravam aqui não conseguiram derrotar, não somos nós que o faremos!”, disse Sirius.
      “Temos que descobrir primeiro o que está acontecendo.”, falou decidida Storm.       “Arnilan, vamos pousar a nau em um lugar mais afastado!”, comandou.

      O elfo evereskano conduziu a nave até um platô mais elevado, longe da maioria das edificações. Enquanto sobrevoavam Maerimydra, os recém chegados viram um grande castelo e o que parecia ser uma arena circular. Desceram vagarosamente e pareciam estar em segurança.

      “Gostaria que a equipe de exploração se reunisse agora. Lançarei o encanto de disfarce. Quanto a Kariel, pode guardar o seu sortilégio para mais tarde. Creio que posso dar conta dos seis sozinha!”

      Então se aproximaram Mikhail, Arthos, Limiekki, Kariel, Sirius e o professor Danicus. A barda de cabelos prateados executou alguns gestos precisos e pronunciou palavras estranhas e incompreensíveis aos ouvidos não familiarizados às artes místicas. Após isto, o corpo e os objetos dos seis exploradores se transformaram. Os heróis tinham agora a pele cor negra obsidiana, cabelos brancos e armas e trajes com a aparência, ao mesmo tempo bela e sombria, dos objetos usados pelos drows. Agora chamar-se-iam Narcélia, Torrellan, Dariel, Karelist, Zoreg e Glemoran Millithor.

      “Aguardaremos por notícias. Nos encontraremos aqui, quando descobrirem mais. Desejo que Mystra os proteja.”, disse a mulher aos aventureiros, que também receberam votos de boa sorte dos amigos que ficaram embarcados.

      Desceram a pequena plataforma de madeira que ligava o convés ao solo liso e negro de pedra, pisando na cidade drow. Sentiram o ar úmido e frio do Subterrâneo. Em seguida, viram a nau levantar vôo lentamente, para a segurança das alturas e da escuridão da enorme caverna.

      Andaram juntos, pelas ruas largas e desoladas, tentando escutar e observar tudo o que viam. Encontraram paredes incendiadas, objetos pelo chão, potes quebrados. Limiekki, porém viu algo mover-se nas sombras a frente. Era um vulto, um ser corpulento e alto.

      “Algo vem vindo!”, alertou aos seus camaradas. “Algo grande!”

      Os heróis prepararam suas armas que, como o tudo que levavam, se assemelhavam com artefatos drows. Viram sair das construções a frente em direção a rua por volta de dez criaturas, que estavam a cerca de quinze metros de distância. A luz púrpura de uma lanterna mágica colocada em um poste, revelou a aparência dos seres que se aproximavam. Eram criaturas ferais, grandes e robustas, com pouco mais de dois metros de altura, corpo coberto de pelos e presas que se projetavam dos seus maxilares inferiores. Estavam trajando armaduras e seguravam maças nas mãos. Na superfície, eram estes monstruosos homens animais conhecidos como bugbears. Um deles, ao avançar, gritou na direção da Comitiva:

      “Morte aos seguidores de Lolth! Morte aos opressores!”

      Os heróis, agora drows, tomaram posição de combate. Kariel, porém, foi quem primeiro atacou, usando uma de suas magias. Fez surgir em torno de sete dos inimigos um círculo de chamas, com paredes de cerca de seis metros de altura. O fogo queimou os bugbears, fazendo dois deles tombarem mortos imediatamente. O restante foi isolado do combate. Presos dentro do círculo, sentiam o calor infernal e urravam de dor.

      Sirius foi, dentre os outros, quem se projetou mais rapidamente em direção dos adversários restantes. Estava com a espada em punho e aproveitou a força da investida para aumentar a potência de seu golpe. O guerreiro, além de habilidade, contou com grande sorte: seu ataque atingiu o inimigo em uma abertura na proteção de couro da armadura, e conseguiu atingir seu coração. Mais um oponente tombava.

      Limiekki, foi o segundo a conseguir se aproximar. O ranger segurava uma faca e um machado de uma mão. O monstro, tentou golpeá-lo duas vezes, com sua maça de cravos pontiagudos. Limiekki esquivou das duas investidas. Em seguida foi a vez de atacar. Conseguiu disferir rápidos e precisos golpes, acertando o pescoço do monstro, causando-lhe um ferimento fatal.

      Somente havia um bugbear livre para o combate, mas este, vendo o inesperado poder dos adversários, simplesmente virou as costas, largou a maça e correu o mais rápido que pôde, em direção as sombras. Arthos ainda tentou seguí-lo, correndo e saltando de modo acrobático por sobre os escombros da cidade, mas a criatura desapareceu em uma esquina sombria.

      Dentro do círculo de fogo invocado por Kariel, o desespero tomou conta dos bugbears. Decidiram tomar um impulso e atravessar a parede de chamas. Correram e assim o fizeram. Não lograram êxito, e caíram, do outro lado, mortos e fumegantes, contrariando a idéia do mago da Comitiva, que, na verdade, queria alguns deles vivos para promover um interrogatório.

      “É impressionante vê-los em ação!”, exclamou Danicus, o professor Harpista.
      “Pena que não sobrou ninguém para nos dizer o que está acontecendo aqui!”, lamentou Mikhail.
      “E você acha que só tinham estes daí?! Aposto que esta cidade deve estar cheia destes bugbears!”, disse Sirius.
      “É melhor saímos daqui.”, comentou Danicus. “O fugitivo pode chamar por reforços!”
      “Sugiro irmos até aquele castelo que avistamos! Se o clã Chumavh era uma dos mais poderosos pode ser lá a sua morada!”, colocou Arthos.

      Como não havia uma alternativa mais adequada, foram então pelas ruas, seguindo a direção das altas torres do castelo drow. O grupo dividiu-se em três partes: Limiekki e Sirius iam a frente, como batedores, Kariel, alguns metros atrás seguia invisível, graças a uma propriedade mágica de seu elmo encantado, e ainda mais alguns metros depois, seguiam Arthos, Mikhail e Danicus.

      O ambiente, naquele ponto da cidade, estava completamente escuro. Não fosse a magia de disfarce poderosa o suficiente para prover o grupo com a capacidade dos olhos dos drows em ver mesmo na escuridão, não conseguiriam avançar sem alguma dificuldade. Limiekki notou algo a frente. Haviam cadáveres de drows no chão. Chamou seu companheiro Sirius e ajoelhou-se para examinar um deles. Segundo seus conhecimentos, o elfo negro havia morrido a cerca de duas ou três semanas, dado o estado do corpo e o odor de putrefação. Recolheu o ranger um pingente que havia com o infeliz habitante do Subterrâneo, levantou-se e levou os demais até o local da descoberta.

      “Ele está morto a duas ou três semanas! Encontrei isto.”, mostrou Limiekki a jóia negra e dourada, com a figura de uma teia e uma espada.
O professor Danicus pediu o pingente e examinou o brasão que havia nele.
      “É um símbolo de um clã, mas não é da casa Chumavh!”
      “Limiekki... pode identificar que tipo de arma matou o drow?”, perguntou Kariel.
O ranger então verificou um orifício no tórax do corpo e depois recolheu do chão uma lança quebrada, próxima a ele.”
      “Acredito que tenha sido esta.”
      “Professor Danicus... será que pode identificar que cultura construiu esta arma?”, voltou-se o mago ao acadêmico Harpista, que tomou de Limiekki a lança.
      “Pelo que eu li sobre armas e materiais, diria que a arma é da própria cultura drow.”
      “Pode ser que os drows tenham lutado entre si ou que os tais bugbears que nos atacaram tenham roubado as suas armas e se voltado contra eles!”, especulou Sirius.
      “Os drows vivem em conflito pelo poder. Podemos estar testemunhando o resultado de um conflito entre casas!”, colocou Mikhail.
      “Acho que vai além disto. Prestem atenção: um dos bugbears que nos atacou gritou ‘Morte aos seguidores de Lolth!’, lembram? Talvez não seja apenas uma luta entre clãs, mas entre cleros diferentes.”

      A hipótese fez o grupo pensar e procurar mais vestígios. Encontraram mais adiante os corpos de uma criatura metade homem, metade touro, de uma sacerdotisa e de um guerreiro.

      “Pela deusa, que monstro é este?”, indagou Limiekki, apontando para o cadáver do monstro.
      “É um minotauro! Já enfrentei uns destes antes!”, respondeu Arthos.

      Mikhail aproximou-se do corpo da sacerdotisa e procurou por algum vestígio. Encontrou um pingente, com o desenho de uma aranha, com a face de uma drow, descendo pelo fio de uma teia. Era o símbolo de Lolth. Encontrou também um pingente, com o mesmo brasão simbolizando uma casa drow, identificado por Danicus, momentos atrás.

      O guerreiro morto também foi examinado. Suas vestes tinham padrões um pouco diferentes dos outros dois drows encontrados anteriormente. Em suas roupas havia muito em tom púrpura e nenhuma aranha estava bordada na rica armadura negra. Seus bolsos e pescoço foram investigados. Descobriu-se um medalhão com um brasão, exibindo a figura de uma máscara púrpura, com um par de lentes negras.

      “Será o símbolo de alguma casa?”, perguntou Mikhail a Danicus.
      “Ou divindade...”, completou Kariel.
      “Não sei!”, respondeu o professor coletando o medalhão. “Mas posso investigar mais tarde!”

      Foram andando e encontrando mais cadáveres de drows. Alguns deles também foram examinados e novamente descobriu-se símbolos de Lolth e o desconhecido emblema da máscara púrpura. A uma certa distância, alguns orcs e goblins mortos estavam espalhados ao chão. Usavam algemas partidas.

      “Escravos!”, deduziu em voz alta, Arthos.

      Após caminharem pelo cenário desolado por mais alguns minutos, chegaram as portas do sombrio castelo drow. Os portões, com muitas marcas de golpes, estavam cerrados, mas havia uma ruptura estreita em uma das paredes. Colocaram os olhos pela fenda. Tudo parecia silencioso e vazio. Resolveram entrar e assim, um a um, passaram com dificuldade, pela abertura.

      Chegaram a um corredor estreito, de pedras de cor âmbar. O ar era mais pesado e havia um odor de morte no ambiente. A medida que avançavam, com atenção, cautela e armas em punho, notaram tapeçarias queimadas nas paredes, vasos e frascos partidos pelo chão. Ao final do corredor, encontraram uma escada, que estava obstruída por pedras. Retiraram-nas do meio do caminho e conseguiram espaço suficiente para subir. Chegaram num grande salão. Nas paredes, haviam os símbolos de Lolth e de uma Casa drow, a mesma retratada nos pingentes encontrados nos corpos que jaziam nas ruas. E haviam mais deles no chão, forrado com uma tapeçaria vermelha, que exalavam um cheiro de podridão. Um destes cadáveres era enorme e despertou interesse particular da Comitiva. Era um humanóide de três metros e meio de altura, pele cor de bronze, barba e cabelos grossos e ruivos, de um vermelho claro e intenso.

      “Um gigante?”, disse Arthos.
      “Um gigante do fogo!”, colocou Kariel, mais preciso. “Já encontrei um deles, a muito tempo atrás, com outros companheiros da Comitiva, que já não estão entre nós hoje!”
      “Não parece haver sobreviventes por aqui! Deveríamos procurar em outro lugar”, colocou Limiekki.
      “O símbolo na parede não é da casa Chumavh. Talvez nosso amigo tenha razão!”, concordou Danicus.

      A maioria concordou com a idéia, a exceção de Kariel. O elfo queria mais tempo para procurar por documentos ou algo que pudesse conter um relato dos últimos acontecimentos em Maerimydra, mas acabou convencido pelos demais a partir. Desceram novamente a escada e percorreram o corredor. Momentos depois, estavam novamente nas ruas da cidade morta.

      Para ter uma visão melhor dos prédios da cidade, Arthos resolveu subir nos escombros de um deles, para olhar a cidade de um ponto mais alto. Sentiu, graças a seu corpo de drow, novamente a leveza da época em que pertencia à raça dos elfos, e então notou o quanto já estava acostumando-se ao peso do corpo humano. O ruivo homem tornado drow subiu com destreza os destroços e alcançou o andar superior de um edifício. Viu que a frente existia uma construção circular e alta. Pensou ser a arena que haviam visto enquanto sobrevoavam a cidade. Pelos grandes arcos e janelas que haviam nas paredes, o espadachim via luz. Desceu e foi ter com os colegas de aventura.

      “Amigos. Vi um prédio circular, além desta rua. Pode ser a arena que vimos. Existe luz saindo de suas janelas!”
      “Perdoe-me minha opinião, mas aposto que o lugar está cheio de bugbears contando o espólio deixado pelos drows!”, disse Sirius.
      “Não temos muitas escolhas. Precisamos encontrar alguma informação e ficar parado aqui não irá ajudar!”
      “Mikhail tem razão.”, disse Arthos. “Mas, sugiro que alguns vão na frente, como batedores, novamente. Limiekki...pode ir comigo?”
      “Sim, Arthos! Vamos”, respondeu o mateiro.
      “Irei logo atrás, invisível!”, colocou Kariel.

      Assim foram Arthos e Limiekki a frente, seguidos, aproximadamente quinze metros depois por Kariel e mais quinze pelos demais.

      Arthos e Limiekki andavam em meio a uma larga via e já podiam ver as paredes do edifício acima dos prédios da rua. Repentinamente, ouviram passos, que pareciam vir a frente. A reação comum dos dois foi a de procurar abrigo e assim o fizeram em meio à alguns restos de mobília e de paredes. Não viram os dois, mas um quarteto de bugbears , que estava atrás deles, já os haviam avistado. Sorrateiramente, os monstruosos homens fera iam se aproximando dos locais onde Arthos e Limiekki se ocultavam. Pela sorte de Tymora, Kariel os enxergou. Os monstros ergueram suas maças para desferir golpes, quando o mago, sem muitas alternativas, gritou, perdendo assim sua condição de invisibilidade:

      “Arthos, Limiekki, virem-se!”, alertou o elfo, esquecendo-se mesmo dos nomes falsos pelos quais deveria chamar os amigos.

      O aviso de Kariel chegou aos ouvidos dos dois aventureiros em tempo suficiente para estes percebessem o perigo e conseguissem atacar seus oponentes. Arthos, girou seu corpo e o sabre com ele, fazendo um profundo talho no peito do bugbear. Em seguida ainda perfurou o coração do monstro, que caiu ao solo. O outro, porém, conseguiu tempo suficiente para golpear, com sua maça estrela. Arthos evitou um ferimento mais grave, inclinando-se para a direita, porém a ponta de alguns cravos chegaram a rasgar a manga bufante de seu traje. O espadachim executou um golpe de precisão, e atingindo o punho do adversário, fez com que este deixasse cair sua arma. E em outro golpe, cortou a perna do inimigo, fazendo-o cair, desmaiado, no solo.

      Limiekki também reagiu: manejando sua faca e o machado de uma mão, golpeou com extrema velocidade um dos bugbears, matando-o. Do ataque do segundo, livrou-se jogando o corpo para trás. O mateiro então aproveitou a falha do oponente para mais uma vez lançar mão dos golpes velozes e mortais. Rapidamente, o último monstro caiu morto, com o abdome aberto pela lâmina do ranger.

      Arthos e Limiekki ainda conseguiram ver, a frente, mais dois bugbears que fugiam em disparada, depois do fracasso dos seus companheiros. Terminado o combate, os dois foram até Kariel.

      “Vocês estão bem?”, perguntou o elfo de cabelos azuis.
      “Um bugbear quase arranca meu pescoço com uma maça, mas graças a seu aviso estamos bem!”, respondeu Limiekki.

      Neste momento, chegaram os demais e assim reuniram-se.

      “Mais bugbears?”, perguntou Danicus.
      “Sim. E dois deles fugiram, aparentemente na direção da arena!”, respondeu Arthos.
      “Começo a me perguntar se será prudente ir mesmo naquela direção!”, ponderou o professor Danicus.

      De repente, uma voz ouviu-se, vinda de algum lugar no alto.

      “Vocês são seguidores de Lolth?”, perguntou.

      Os heróis olharam para o alto e, em uma marquise, estava de pé a silhueta esguia de um drow.

      “Quem quer saber?”, respondeu Kariel.
      “Se não me disserem, irei embora e os deixarei aqui!”, respondeu o elfo negro.
      “Somos!”, respondeu Mikhail, que personificava a sacerdotisa Narcélia.
      “Prove!”, exigiu o interlocutor.

      Mikhail mostrou um pingente, com o símbolo de Lolth. O drow então saltou para o solo e aproximou-se e olhou atentamente. Houve tensão no ar e os corações dos heróis bateram forte e rápido. Se descobrissem seus disfarces, poderiam estar em apuros. Porém, ao que tudo indicou, o objeto foi avaliado como autêntico.

      “Ouvi a conversa de vocês. Se forem até a arena encontrarão um matadouro. Talvez eu seja a única saída que tenham!”
      “Em nome da Rainha Aranha, o que aconteceu aqui?”, perguntou Arthos.
      “Então são forasteiros! Não vieram aqui recentemente?”
      “Não. Estivemos neste lugar há muitos anos atrás!”, completou Kariel.
      “Escolheram então uma hora ruim para fazer-nos uma visita!”, comentou o elfo negro. “Maerimydra foi destruída. Houve uma guerra, a pouco mais de um mês.”
      “Acho melhor não ficarmos parados neste lugar. Os bugbears fugitivos podem retornar com reforços!”, advertiu Limiekki.
      “Você está certo! Vamos para um lugar mais seguro. Não devemos perder tempo. Sigam-me!”, falou o drow misterioso.

      A Comitiva então caminhou junto com o estranho, pelas ruas e ruínas da cidade. Tinham finalmente a possibilidade de conseguir algumas respostas para as perguntas que os intrigavam, desde que puseram os pés na cidade devastada.

      “A que casa você pertence?”, questionou Mikhail.
      “Pertenço a casa dos D´Vaer”, respondeu.
      “O que houve com a cidade?”, Mikhail também quis saber.
      “Traidores... os hereges! Tentaram nos aniquilar!”, disse com ódio na voz. “Se aproveitaram da situação, de que Lolth não mais responde nossos pedidos!”
      “E a Casa Chumavh?”, continuou Mikhail a perguntar.
      “Foi uma das primeiras a ser destruídas, senhora! Eles eram os mais fortes e ocupavam o castelo Maerimydra. Foram aniquilados pela casa Aercelt, os traidores seguidores de Vhaeraun! Só existem agora, além da Casa Aercelt, a Casa Oorthagus, seguidores de Ghaunadaur, e nós, da D´Vaer, única sobrevivente dentre as que adoravam à Lolth.”
      “Enquanto a estes goblinóides e bugbears?”, Arthos indagou.
      “Eram nossos escravos. Durante a guerra, houveram rebeliões e eles escaparam. Dois gigantes do fogo, um chamado Wodu e outro conhecido como Drull, conseguiram organizar os fugitivos em um exército. O líder de campo é um bugbear chamado Guldor, subordinado a eles.”, o drow fez uma pausa e resolveu que também era sua vez de perguntar. “E vocês? Quem são? Qual o interesse que têm na casa Chumavh?”

      A Mikhail, que interpretava a sacerdotisa e líder do grupo, coube a resposta.

      “Somos os Millithor. Estivemos aqui a muito tempo atrás. Tínhamos negócios com a Casa Chumavh.”
      “A senhora usou com propriedade o tempo passado. Estão todos mortos. A Casa Aercelt os assassinou e tomou-lhes o castelo. Agora a Casa mais poderosa é a deles, liderada pelo tirano Welveryn Mallakar! Eles devem possuir um exército de pelo menos cem drows.”
      “Os bugbears são aliados deles?”, interveio Sirius.
      “Não que eu saiba. Os Aercelt não temem os escravos. Mas existem rumores que desejam fazer um acordo com a Casa Oorthagus e assim dominar definitivamente a cidade. O objetivo deles é nos destruir.”
      “E vocês, quantos são?”, Kariel questionou.
      “Somos cerca de oitenta. Estamos tentando reunir nossas forças!”
      “Têm algum plano? Vão ficar parados?”, disse Arthos.
      “Não temos muitas alternativas, a não ser planejar e esperar que Lolth nos responda! Temos fé que ela irá retornar para nós!”, disse o drow, com um tom de tristeza ao proferir as últimas palavras.

      A Comitiva cessou o interrogatório. Os seis já estavam distantes do centro da cidade e se caminhavam por uma rua larga, na periferia da cidade, em direção ao último reduto dos seguidores de Lolth. Os cruéis drows sempre haviam sido seus adversários ferozes, mas vê-los acuados e mortos, espalhados ao chão não lhes davam satisfação. A morte e a guerra, não importava em qual Reino ou sob qual raça pairava, sempre levava sentimentos de tristeza àqueles que presenciavam seus efeitos. Aos poucos, afastaram-se do centro de Maerimydra para encontrar a próxima página do seu destino na sua missão no Subterrâneo.


Esta história é uma descrição em teor literário dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé em Salvador sob o sistema de RPG Dungeons & Dragons, Edição 3.5.

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