Arte por Rubinho

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(criada
por Sílvia Bochicchio)
Arabel, 25 de marpenoth de 1353
- nascimento de Glinda
Os pais de Glinda viviam
muito felizes, demonstrando muita paixão um pelo outro nos
momentos em que estavam juntos. Não podia ser assim o tempo
todo, já que Angus era um homem que sempre tinha coisas a
resolver em lugares distantes.
Glinda, que agora completava onze anos, inteligente, sempre se interessou
por obter conhecimentos sobre diversos assuntos, inclusive sobre
o que Eilan, sua mãe, conhecia sobre as plantas.
O céu a fascinava, pois além de belo era misterioso.
Ela imaginava se o seu pai, que se encontrava em algum lugar distante,
olhava para o céu no mesmo instante, o que ele estava fazendo
e por onde vagava. Só sabia de algumas histórias das
quais ouvia falar sobre batalhas e seres fabulosos. Desejava, algum
dia, poder viajar pelo mundo e vislumbrar o que jamais havia visto.
Certa vez, numa das ocasiões em que
Angus se encontrava em algum lugar longínquo, Eilan, repentinamente,
entrou numa espécie de transe e balbuciava coisas que Glinda
não conseguia entender.A menina ficou assustada, pois lágrimas
corriam pela face de sua mãe, que ainda chorava quando voltou
a si. Dizia que precisava fazer algo e saiu desesperada à
procura de seu irmão. Achenar, passava a maior parte do tempo
dedicando-se aos estudos nas Escola dos Magos Advinhos de Arabel.
Eilan pediu-lhe ajuda para encontrar Angus, pois intuía que
ele sofria. Sentindo a aflição da irmã, concordou
em ajudá-la. Através de sua magia, conseguiu enxergar
o paradeiro de Angus. Vendo-o moribundo, saiu à sua procura.
Ele prometeu que o traria tão breve o encontrasse. Após
cavalgar por horas pela floresta, finalmente Achenar encontrou Angus
quase desacordado. Socorreu-o e retornou a Arabel com os primeiros
raios de Sol.
Angus estava à beira da morte quando
chegou à sua casa. Glinda e Eilan, emocionadas, correram
para abraçá-lo. Angus, quase sem força para
falar, susurrou suas últimas palavras, dizendo que as amava
ainda mais do que antes. Então, Eilan o beijou, embalada
por amor e tristeza e permaneceu com os lábios nos dele até
que estes ficassem frios.
Chovia. Uma trovoada parecia descrever a profunda
tristeza que se abateu sobre o coração de Eilan. A
tal ponto, que o desejo de viver, esvaiu-se durante cada instante
da noite tão longa, até o raiar da aurora, quando
o calor da vida já não habitava o seu corpo.
Quase sem acreditar no dor que inundava seu coração,
Glinda estava atônita. Na penumbra silenciosa, os relâmpagos
iluminavam em sua face angustiada duas lágrimas cortantes.
Não era possível tamanha tragédia.
A manhã cinzenta já ía
alto quando Achenar, com ar solene, disse a Glinda que deveriam
aguardar para vingar a morte do pai. Aqueles que haviam tirado a
vida de seu genitor e por desgraça também a da sua
mãe, deixando-a órfã, seriam seres abjetos
comandados por tenebrosa força. Assim eram os seres que obedeciam
aos cavaleiros das trevas.
Entretanto, por hora, não havia o que fazer. Durante o tempo
em que morou com Achenar, Glinda aprendeu a manejar a espada, ao
menos para se defender, se necessário. Sentia porém,
que lhe faltava a concentração e conhecimentos de
um mago. Com a permissão do tio, passou a estudar a arte
da magia na Escola dos Magos Advinhos de Arabel.
Anos se passaram, até que Glinda foi
chamada por seu tio, que entregou-lhe uma mensagem de Vangerdahast,
para cumprir uma missão. Deveria levar uma mensagem até
Vale das Sombras, com certa urgência e conduzir os "pupilos
de Elminster - o sábio" até Suzail, em Cormyr.
No caminhos, enquanto cavalgava rapidamente e atenta a qualquer
incidente na estrada, avistou ao longe um cavaleiro, que vinha em
sua direção. Quando se aproximou, uma voz pediu que
parasse. Glinda parou e perguntou o nome do estranho. O homem não
respondeu, apenas disse a ela que se juntasse aos que harpam. Entregou-lhe
um broche com um diferente símbolo e se foi rapidamente.
Glinda prosseguiu e, chegando ao Vale das Sombras, procurou o castelo
do rei, encontrou os chamados pupilos de Elminster e assim se prepararam
para partir rumo a Suzail.
O caminho reservou muitas surpresas. Assim
juntou-se ao grupo, mais tarde conhecido como " Cia do Homem
Morto" e finalmente como "Comitiva da Fé",
iniciando uma vida de grandes aventuras. Na
últimadelas, Glinda retornou no tempo com os personagens
da Comitiva. Lá conheceu e apaixonou-se por Cyric, que mais
tarde se revelou um traidor. Cyric tentou matá-la a deixando
paralítica. Desiludida no coração e com o corpo
debilitado, Glinda não suportou os problemas e suicuidou-se
em Águas Profundas, no fim do Tempo das Perturbações.
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