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Por Ivan Lira


 

O Épico e o Realista

O Épico ..

Antes do surgimento de Cristo na Terra, há mais de dois mil anos, a raça humana deu origem a algo que encheria seus corações de amor e ódio, alegria e medo, serenidade e conflito. Deu origem à literatura.

A literatura foi o primeiro mecanismo que acionou as histórias de mentira, ou como chamamos, ficção. A literatura foi o primeiro portal para o mundo da imaginação, que não existe materialmente, mas que podemos preencher com sonhos e visões.
Um dos pioneiros da literatura foi Homero, com as obras "A Eneida", "A Odisséia" e "A Ilíada". Nestes romances são contadas histórias sobre heróis que desafiam a morte por glória, honra ou amor. Homero, através destas obras, deu origem a palavra epopéia, que por sua vez deu origem a palavra épico.

O Realista ..

Dois termos foram eternizados pelas histórias épicas: o herói e o vilão. O herói, um ser cheio de emoção, de paixão, lutando por algo em que acredita. O vilão, alguém que simplesmente faz o que quer fazer, mesmo que outros sofram. Esses tipos de personagem se tornaram o eixo da literatura épica.
Com o desenvolvimento da literatura na cultura mundial começaram a surgir gêneros literários que ignoraram ou modificaram as fronteiras rígidas dos conceitos de bem e mal . Isso deveu-se a pensamentos filosóficos que fizeram a mente humana se indagar se deviam ou não definir a vida como bem ou mal. Tal pensamento gerou uma mudança nas histórias, de modo que o épico ficou um pouco apagado.
As histórias modernas se fixaram em pontos separados dos conceitos antigos, e em geral, representam fatores e circunstâncias reais. Ou seja, não visam acompanhar o confronto entre o mocinho e o bandido, e sim as conseqüências de conflitos pessoais e sociais, explorando assim dessa forma, as características humanas.

O Comercial ..

Com a criação de vários meios de comunicação, conseqüentemente vieram novas formas de se contar histórias. E então, como uma bomba, o retorno do épico voltou no início do século 20, com o surgimento do rádio, os quadrinhos e a televisão. O que consolidou a retomada do épico foi o desejo dos jovens, sempre volúvel e modista, pelo entretenimento, fazendo com que as histórias se tornassem descartáveis e transformando-as, pela primeira vez, em produtos de consumo. A partir daí a arte de contar histórias estava a mercê do acúmulo desenfreado de riquezas.
Por estas circunstâncias o curso dos enredos era determinado não pela criatividade do escritor ou pela arte, e sim por fatores comerciais, impulsionados pelos desejos dos consumidores. Ou seja, se os admiradores que compram uma história quiserem que algo seja modificado, mesmo que seja uma mudança absurda, então os autores acatam a vontade deles para manter a venda do seu produto.
Tendo as histórias comerciais se tornado algo comum para as indústrias do entretenimento, conseqüentemente houve uma alteração no interesse por parte dos consumidores em relação aos enredos. A mudança consiste no interesse por conceitos específicos e de grande apelo que se encontram dentro das histórias, e que se apresentam como um atrativo, até mesmo tornando secundário todo o restante da trama. Um destes conceitos são combates, as lutas. Ao ver uma boa briga num filme a pessoa que assiste sente-se envolvida intensamente, devido à adrenalina que percorre seu corpo. Para muitos, não interessa se o enredo do filme é bom ou ruim, interessa a qualidades dos combates.

A Representação ..

Na década de 70 foi criado um jogo de divertimento no qual os jogadores poderiam interpretar personagens dentro de um enredo interativo elaborado por uma pessoa denominada de mestre. Esse jogo ficou conhecido como RPG (Role Playing Game), que significa "Jogo de Representação".

O RPG se tornou uma das formas mais criativas de se contar histórias, pelo fato é claro de se poder estar dentro delas, participando ativamente. Com esse advento, os criadores e os jogadores do RPG têm total controle sobre a trama, e sua qualidade dependia do grupo.
Mesmo com a vantagem de poder controlar sua qualidade, o RPG vem sendo estimulado pela natureza comercial. Suplementos são lançados dando importância apenas nos seus valores estéticos, como a quantidade de poder que os personagens possuem, e não na qualidade de suas história.



Vários livros de literatura, de rpg, revistas em quadrinhos e outros tipos de expressão da cultura popular foram base para este texto.

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