Como eu havia dito no primeiro artigo desta série,
que trata dos RPG’s eletrônicos que
têm como pano de fundo o nosso amado cenários
dos REINOS ESQUECIDOS, vou fazer
uma breve resenha dos jogos, apresentando uma
ficha técnica, falando um pouco sobre a
história do jogo e algumas curiosidades
e referências.
Vou alertar para o fato de que o que escreverei
daqui por diante pode conter spoilers, portanto,
se você ainda não jogou o game e
quer ver como é seu final, evite ler, ao
menos, o trecho que trata da História
do Jogo, certo, aventureiros? Estejam
avisados!
Vou começar, então, pelo primeiro
jogo lançado para os REINOS.
Da mesma forma, ao longo dos artigos, vou seguir
a ordem cronológica do lançamento
dos games.


Capa do Jogo.
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Pool of Radiance, lançado
em 1988 pela SSI, foi o primeiro de uma série
de jogos de RPG eletrônico que compartilharam
um engine em comum que veio a ser chamado de “Gold
Box Engine”, já que a maioria dos
jogos que foram feitos com este engine vinha em
caixas douradas, como pode ser visto pela imagem
da caixa do jogo ao lado.
Para explicar melhor, um engine de jogo é
um programa de modelo físico utilizado
na criação de jogos. Sendo assim,
os jogos da “caixinha dourada” eram
bastante semelhantes em termos de regras, gráficos
e jogabilidade. O que mudava mesmo eram as histórias.
Pool of Radiance foi um sucesso tão
grande na época de seu lançamento,
que inspirado no game foram lançados um
romance e um módulo básico de D&D.
Além disso, ele inspirou a criação
de uma seqüência de jogos que eram
sua continuação, Curse of the
Azure Bonds (1989), Secrets of the Silver
Blades (1990) e Pools of Darkness
(1991), dos quais eu falarei mais para frente
em outros artigos. Em 1992, o game foi reproduzido
para NES, o antigo Nintendinho, e foi renomeado
para Advanced Dungeons and Dragons: Pool of
Radiance.
A Trama do Jogo
Ficha
Técnica |
Criador(es) |
Strategic
Simulations, Inc.; FCI (NES) |
Distribuidor(ers) |
Strategic
Simulations, Inc.; Nintendo of América,
Inc. (NES) |
Engine |
Gold Box |
Data de
Lançamento |
1988 (nos
EUA); 1992 (NES) |
Gênero |
Role-playing
game |
Modo de
Jogo |
Um jogador |
Plataformas |
Amiga, Apple
II, Atari ST, Comodore 64, MS-DOS, Apple
Macintosh e NES |
Mídias |
Disquete
de 3½’’ ou de 5¼’’;
cartucho (NES) |
|
O jogo é bastante direto.
O objetivo principal do grupo é libertar
a cidade de Phan dos monstros e do “chefe”,
o dragão de bronze Tyranthraxus. Existem
várias missões dadas pelo conselho
da cidade de Phlan que o grupo pode assumir, se
assim o jogador quiser, pois são opcionais.
De qualquer forma, a realização
dessas tarefas paralelas resulta em recompensas
que acabam ajudando na execução
da tarefa principal do jogo.
A única tarefa obrigatória no jogo
é que o grupo explore as áreas nos
arredores de Phlan para que eles encontrem o caminho
até o Castelo Valjevo e derrotem Tyranthraxus.
Entretanto, é altamente recomendado que
se ganhe experiência antes de aceitar esta
missão. Por isso mesmo, é interessante
executar as missões paralelas do jogo.
História do
Jogo
(ATENÇÃO! SPOILERS)
Como já foi dito, o jogo ocorre no cenário
de campanha dos REINOS ESQUECIDOS,
mais especificamente na região do Mar da
Lua, na Cidade de Phlan, que sofreu invasões
por forças do mal. A cidade conseguiu resistir
aos ataques por muito tempo, mas as forças
do mal receberam o apoio de um dragão de
bronze que se acreditava ser possuído por
um poderoso espírito chamado Tyranthraxus,
e então a cidade acabou por ser ocupada.
O objetivo do jogo é que o grupo livre
a cidade velha dos invasores para que a população
de Phlan possa reconstruir e repopular as antigas
áreas ocupadas.
O grupo começa a aventura na parte civilizada
de “Nova Phlan”, que é regida
por um conselho. Esta porção da
cidade é onde o grupo pode comprar equipamentos
nas lojas, descansar nas estalagens, ouvir rumores
nas tavernas e entrar em contato com o clero do
conselho da cidade para conseguir várias
das missões. O grupo também pode
ir até o “salão de contratações”,
onde um aventureiro experiente pode ser contratado
para acompanhar o grupo nas missões.

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Além desta região,
o grupo entra na área dos bairros pobres,
que foi invadido por monstros de nível
baixo, tais como goblins e orcs, os quais o grupo
deve eliminar. Este processo é importante
para se ganhar os primeiros pontos de experiência
e começar a adquirir níveis. Mais
além, as coisas começam a ficar
mais difíceis, com a aparição
de ogros e trolls.
A próxima missão do grupo é
explorar e livrar dos monstros o Forte Sokol,
uma fortaleza que fica numa ilha. O forte está
cheio de mortos-vivos, entre outros inimigos.
Dentro do forte jaz um espectro que sofre uma
maldição. Os heróis, ao remover
a maldição do espectro, livram o
forte e as rotas de navegação que
levam até a cidade.

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Existe uma variedade de outros
locais que podem ser explorados assim que o grupo
se aventura pela cidade, incluindo o Poço
de Kuto, catacumbas cheias de bandidos, uma guilda
de ladrões, a Podol Plaza e um bar de piratas
chamado O Fosso. Com o progresso do grupo, eles
são contratados para ir até a Casa
Têxtil recuperar o tesouro de um dos membros
do conselho. Com o avanço do grupo, outros
locais são explorados, como a Biblioteca
de Mendor, um templo de Bane da parte rica da
cidade, a Mansão Kovel e o mortal Cemitério
Valhingen.
Além disso, o grupo pode se aventurar fora
da cidade por barco, missão na qual eles
encontram um dragão de prata. Neste processo,
pequenas missões paralelas acontecem, incluindo
uma visita a um acampamento Zhentarim, enquanto
continuam na sua busca por experiência e
no auxílio à cidade na derrota ao
misterioso “Chefe”.

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Agora, perto do final, vem a
parte mais difícil do jogo. O grupo acaba
por revelar um traidor no conselho da cidade e
recebe a missão de caçá-lo.
Em busca do traidor, o grupo tem que invadir o
Portão Stojanow, uma difícil missão
contra vários bugbears e ettins. O grupo,
então, adentra no Castelo Valjevo e seu
santuário, descendo pelas escadarias até
encontrar os guardas que protegem o impostor Tyranthraxus
(que assume a forma de um dragão de bronze).
Depois de derrotar seus guardas, o grupo recusa
a oferta de se unir a ele e engaja numa batalha
mortal contra o chefe, emergindo vitoriosos.
Dificuldade
Pool of Radiance é um jogo bastante
difícil. Mesmo os personagens que estiverem
em seus níveis mais altos e com os melhores
equipamentos podem ter sérios problemas
nas batalhas, principalmente as últimas.
O jogo também possui muitos encontros aleatórios,
sendo bastante comum entrar num encontro, terminá-lo
e logo em seguida entrar em outro.
Informações da Contra-Capa do Jogo
Prepare-se
para o primeiro RPG de fantasia AD&D
em computador situado no mundo fantástico
conhecido como REINOS ESQUECIDOS.
Localizada nas praias ao sul do Mar da Lua
nos REINOS ESQUECIDOS, a fabulosa cidade
de Phlan tem sido invadida por monstros
liderados por um líder misterioso.
Sua missão: descobrir a identidade
de forma maligna e libertar Phlan de seu
flagelo.
Pool of Radiance
representa o primeiro de uma série
de jogos criados pela SSI
em parceria com a TSR,
a produtora do legendário sistema
de RPG de fantasia, o Advanced Dungeons
& Dragons.
Ele reúne fielmente as regras de
jogo do AD&D. Os monstros,
itens e magias usados são os mesmos
dos famosos Livro do Jogador, Livro
do Mestre e Livro dos Monstros
de AD&D. Construa seus
personagens a partir de quatro Classes,
seis Raças e nove Tendências
do clássico AD&D;
ou então, use o grupo pré-criado.
Os gráficos do jogo são uma
obra-de-arte. Cada personagem vem com um
retrato, cada monstro tem seu próprio
desenho. Cidades, masmorras e encontros
são mostrados em perspectiva realisticamente
tridimensional. Espadas, flechas e bolas
de fogo, todos, fazem parte do Combate Tático.
Personalize seus heróis com armas,
armaduras e cores.
Inclua PdMs (personagens não jogadores
controlados pelo computador) ao seu grupo
além dos 6 PJs (Personagens do Jogador),
totalizando um grupo com até 8 personagens.
Controle seus PJs durante as batalhas, ou
então permita que o computador tome
conta de algumas ou todas as ações.
Para auxiliar o seu grupo mas missões
mais difíceis, o Diário de
Aventuras lhe orienta com a história,
mapas, pistas e rumores. Uma Roda das Traduções
converte as linguagens Élficas e
Anãs para o Inglês.
POOL OF RADIANCE, o último conceito
em RPGs eletrônicos. |
Outras
Imagens

Sobre o Autor

Daniel Bartolomei
Vieira
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Daniel Bartolomei Vieira
também é um nerd, mas não
começou jogar RPG por causa dos jogos eletrônicos.
O caminho foi inverso. Pode ter certeza de que
ele passou várias horas jogando Baldur’s
Gate I e II e mais várias
outras horas jogando outros games e rindo dos
gráficos “podres”. Ainda assim
ele pode garantir que a diversão é
certa, afinal, somos nerds, mas quem disse que
não nos divertimos? |