É
incerto as informações relevantes sobre
o nascimento de Sammaster. A origem de seus pais também
são um mistério, embora muitas lendas
revelam que talvez seu pai outrora foi um nobre, um
pirata ou um necromente e que sua mãe era um
demônio extraplanar sob disfarce, uma encarnação
da deusa Sharess, uma escrava foragida, uma ninfa das
florestas ou uma sacerdotisa de Mulhorand. Infelizmente
tudo isso não passam de teorias.
Deduz-se que Sammaster tenha nascido em 800 CV e que
a Sembia é sua Terra natal. Porém os primeiros
registros sobre sua pessoa advém de um mago viajante
chamado Mnethos. Ele era um guarda de caravana e um
aventureiro itinerante que viajou boa parte de Faerûn
no início do século IX CV. Mnethos relata
em seus registros sobre o aprendiz Sammaster ao qual
o destaca com "muito potencial mágico",
pois seu fascínio por Mystra o tornou um grande
erudito nos conceitos da Arte.
Após algum tempo Sammaster desvinculou-se de
Mnethos e partiu por toda Faerûn em busca de um
novo mestre que lhe fornecesse mais conhecimentos mágicos.
Ele não obteve tanto êxito, assim ele naturalmente
desenvolveu um grande potencial autodidata nos estudos
sobre a Trama. Isso chamou a atenção de
sua adorada Mystra. Ao alcançar a idade natural
de 50 anos Sammaster foi agraciado com a presença
de Mystra que surgiu diante dos seus olhos. Após
uma dezena juntos a deusa da magia lhe fez uma proposta.
Ela consistia em conceder uma parte de seu poder ao
mago. Ele prontamente aceitou e assim Sammaster se tornou
o primeiro Escolhido de Mystra desde as Sete Irmãs.
Mystra indicou Elminster como novo mestre de Sammaster.
Deste modo o mago foi ao Vale das Sombras na Torre do
Sábio onde iniciou um novo aprendizado. Durante
o tempo em que ficaram juntos a personalidade de ambos
os magos se colidiu e essa desavença veio à
tona quando Elminster revelou ao aprendiz que Azuth
era um confidente e consorte da Deusa de Toda a Magia.
Sammaster era apaixonado pela deusa e isso gerou um
desapontamento e raiva por parte dele que foram redirecionadas
para a pessoa de Elminster ao qual o aprendiz já
tinha desenvolvido uma antipatia. Ele ficou na companhia
de Elminster por três estações e
então partiu. Amargurado com as revelações
do sábio, Sammaster se tornou mais obcecado com
relação à magia e as fontes do
poder de Mystra. Uma semente ruim se instalou em si
e isso renderia muitos frutos nocivos no futuro.
Por volta de 855 CV Sammaster viajava pela fronteira
de Cormyr e os Vales quando encontrou uma caravana escravista
dos Zhentarim. Houvera um confronto sangrento onde Sammaster
com seu poderoso
fogo prateado dizimou praticamente
todos que viu pela frente. Naquele momento a sanidade
de Sammaster estava abalada e assim brotou-se uma loucura
em sua mente e uma busca desenfreada por poder que nunca
o satisfazia.
Após um turbulento relacionamento com Alustriel,
um clérigo de Bane chamado Algashon surgiu na
vida de Sammaster o influenciando e criando mais conflitos
em sua mente insana. O clérigo, comandado pessoalmente
por Bane, tinha o plano de além de criar um tirano,
também desvendar os poderes do
fogo prateado.
Essa relação culminou no confronto de
Sammaster contra Alustriel, pois Algashon o convencera
de que Mystra, Elminster e Alustriel eram os responsáveis
pela infelicidade do mago. Laeral Mão Argêntea
e Khelben surgiram para ajudar Alustriel. Os Três
conseguiram derrotar o insano Sammaster. Azuth surgiu
e retirou o dom de Mystra de seu corpo enfermo e o deixou
lá. Algashon saiu de seu esconderijo e conjurou
uma magia sobre ele que o curou.
Arte
por Enrico Tomasetti

Imagem: Exclusiva do site. |
Sammaster e Algashon desapareceram por algum tempo.
Foi a partir dessa época que Sammaster começou
a fazer suas profecias de um futuro onde os dragões
mortos-vivos dominariam Faerûn. Sammaster ficou
conhecido posteriormente como o Primeiro Profeta. Por
volta de 902 CV ele e Algashon fundaram o Culto do Dragão
e criaram seu primeiro dracolich, o dragão vermelho
Shargrailar. Com o tempo o culto se espalhou e originou
várias células que criaram mais dracoliches.
Isso chamou a atenção dos Harpistas que
prontamente rivalizaram as atividades das células.
Durante esse período Sammaster criou o
Tomo
do Dragão para armazenar e preservar o conhecimento
promovido por seus estudos ao Culto.
Uma batalha decisiva entre os Harpistas e o Culto aconteceu
em 916 CV quando as forças de ambos se colidiram
na fronteira meridional de Cormanthor. o exército
harpista estava fadado a derrota quando sacerdotes de
Lathander apelaram ao Senhor do Amanhecer que os ajudassem
contra o mago louco. Lanthander ouviu as orações
de seus devotos e enviou um avatar ao campo de batalha
que imediatamente desintegrou todas as criaturas mortas-vivas
que protegiam Sammaster. Depois da troca de alguns ataques
Sammaster foi morto pelo Deus do Amanhecer, embora o
mago louco antes conseguisse ferir o avatar. Contudo
Sammaster havia preparado magias de contingência
caso ocorresse algum problema. Então sua consciência,
antes de seu corpo explodir, foi transportada para uma
filacteria preparada que foi levada por um comparsa
seu, Zotulla, que também estava de posse do
Tomo
do Dragão.
Em 1282 CV no Ano das Muitas Névoas surgiu um
lich no alto das Montanhas Boca do Deserto perto do
Caminho das Sombras. Ele se intitulava Sammaster e juntou
muitos servos, dragões sob seu controle. No Ano
da Cobra Negra em 1285 CV, um grupo de aventureiros
paladinos conhecido como a Companhia dos Doze confrontaram
Sammaster e seu exército nas montanhas nas montanhas.
O lich foi derrotado e desapareceu sem deixar pistas.
No Ano dos Dragões Ladinos, em 1373 CV, Sammaster
retornou completando finalmente a transformação
do
mythal de Fúria Dracônica,
unindo sua filacteria a câmara que serviu como
proteção do antigo
mythal de Fúria
Dracônica de forma que os efeitos do mythal
já não fosse mais constrangido pelo aparecimento
da Estrela Rei-assassino nos céus, mas unido
à sua própria força vital. Apenas
dragões lich permaneceriam não afetados
pela infinita e intensificada Fúria Dracônica
de Sammaster, onde anciões de todas as espécies
teriam que se aliar ao Culto e aceitar sua transformação
em um Sagrado, ou sofrer loucura permanente. O lich
então pôde reafirmar seu controle sobre
as células individuais do Culto do Dragão
por toda Faerûn. Da Ilha do Bronze nas Ilhas Piratas
às Montanhas de Dragonback, e do cume dos nórdicos
Picos dos Cavaleiros às Montanhas Celestes, os
membros do Culto transformaram suas fortalezas secretas
em laboratórios nos quais dúzias, se não
centenas, de dragões pudessem ser transformados
em dragões lich em um curto período de
tempo.
Seus planos de conquista foram arruinados quando um
grupo de aventureiros conduzidos por Dorn Graybrook
e Karasendreith desvendaram a origem da fúria
dracônica e confrontaram o lich, destruindo seu
corpo e sua filacteria.