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Os Reinos à Noite
 
Kahla, o Fantasma do Jardim dos Heróis
Os Reinos à Noite: Parte Sete
Por Steven E. Schend
Tradução por Priscila Veduatto; revisado por Daniel Bartolomei.


Todo fantasma tem uma história triste para contar, mas entender como se comunicar com eles sem ser atacado é sempre a parte difícil. Quais foram as circunstâncias ao redor de suas mortes e o que deve ser feito para libertar seus espíritos torturados? Una-se ao desenhista Steven Schend enquanto ele revela os fantasmas de Águas Profundas, a Cidade de Esplendores.



Local Típico: Distrito do Mar, dentro e ao redor do Jardim dos Heróis.

Em dias e noites característicos, o Jardim dos Heróis apresenta um dos locais mais idílicos em toda a cidade para se relaxar. Porém, ninguém pode predizer quando um dos fantasmas locais irá se materializar. O mais ativo em termos de barulho e notoriedade é freqüentemente conhecido como o Fantasma do Inverno Profundo, a Criança nos Arbustos ou o Refém do Jardim de Heróis, apesar de os historiadores a chamarem pelo nome de Kahla, uma criança que tinha sete invernos na hora da sua morte no Ano do Punho Vigilante (1259 CV).

Kahla manifesta-se como uma risadinha travessa e um par de olhos brilhantes que observa em um arbusto a aproximadamente 12 passos a sul-sudoeste da estátua de Lhestyn, no jardim. O arbusto farfalha e treme enquanto o fantasma invisível de Kahla salta até a extremidade da lagoa, a cerca de 30 m de distância, suas risadinhas se distanciando dos ouvintes a menos que eles a sigam. Espectadores alertas viram até mesmo a grama achatar em baixo dos pés da criança fantasmagórica enquanto ela salta da extremidade da lagoa até outro arbusto.

Freqüentemente, este arbusto perto da lagoa se torna o lugar mais associado ao fantasma, já que é aqui que ela parece mais ativa e assustadora. As risadinhas continuam e alguns cachos de cabelo vermelho podem ser vistos junto com os olhos luminosos através do arbusto. Após um momento ou dois acontece um suspiro audível e os olhos desaparecem com um farfalhar correspondente do arbusto. Enquanto as palavras reais estão inconclusas (já que mais de 100 autores escreveram considerações diferentes das palavras de Kahla), é óbvio a qualquer um ao alcance de escutar a voz, que este fantasma infante está assustado, mas desafiante. Enquanto discordâncias abundam em algumas palavras amedrontadoras murmuradas anteriormente, o fim posterior está bastante claro. A voz desafiante de uma criança soa apressadamente com algumas pequenas pausas: "Você não pode fazer isso! Fique longe de mim! Ei - isso é meu! Devolva-me aquilo! Ow!".

Imediatamente após a última exclamação, o lago atrás do arbusto (em uma linha direta de visão com a estátua na margem oposta do lago, o herói do Distrito do Comércio, Rann, o Arqueiro) espirra ruidosamente, como se alguém ou algo caísse na sua margem. A água espirra durante um longo minuto, e olhos penetrantes aparecem nos espaços entre os esguichos, como se duas pernas e braços de adulto estivessem segurando uma pequena criança debaixo da margem da água. Os espirros encobrem quaisquer vozes nítidas, mas muitos dizem poder ouvir um sussurro da voz de um homem, que murmura desesperadamente "... o último... ninguém partiu para lutar... é todo meu..."

Kahla previsivelmente se manifesta nas noites de lua cheia, durante todo o ano, apesar de ser notada por algumas pessoas apenas em Tarsakh. Sua presença é simplesmente mais pronunciada e parcialmente visível durante esta época como uma imagem borrada de uma criança com cabelos vermelhos encaracolados e curtos, de bochechas com covinhas e com uma túnica azul claro. Seu atacante nunca é visto, entretanto suas mãos são, às vezes, visíveis em forma, mas sem detalhes, enquanto a segura debaixo da água (durante o passar dos anos, muitos fizeram reivindicações de assassinato político, dizendo ter visto o brasão de uma casa nobre no anel do dedo do assassino, apesar de haver 40 diferentes descrições durante muitas décadas). No resto do ano, Kahla torna-se mais um fantasma vocal, o volume das suas risadinhas e gritos variam mais com a proximidade de Tarsakh (os caçadores de fantasma de Marpenoth só detectam sussurros leves). Seu esguicho na lagoa se torna mais pronunciado em Tarsakh e fica mais fraco em Marpenoth, quando produz um esguicho semelhante ao de uma pedra pequena.

Histórias Relacionadas:

Kahla Inverno Profundo dificilmente foi a última vítima da Guerra das Guildas que arruinou a Cidade dos Esplendores depois da morte de Ahghairon, apesar de ser uma das lembranças mais vívidas desses eventos. Kahla era a criança mais jovem do clã recém-destruído, Inverno Profundo, que antigamente controlou a Guilda Ferreiros de Prata Prateados e Ouro naquela época. Várias fontes conflitam e não estão completamente claras, mas parece ter existido alguma forma de conspiração formada entre o então poderoso Mestre de Guilda Yivvik Chourm da Guilda dos Joalheiros e o quarto filho da Casa Inverno Profundo em reivindicar a nobreza e fundir as suas duas guildas como uma facção mais poderosa. Alguém foi contratado para eliminar os outros integrantes do clã Inverno Profundo e suas crianças, todos que pudessem substituir Parnak Inverno Profundo, inclusive Kahla, a filha mais nova da irmã gêmea de Parnak, Tasima.

A Itens Diversos de Selchoun e os seis edifícios a leste na Rua Diamante e no Caminho do Caçador de Gamo já foram todos parte do conjunto de propriedades do clã Inverno Profundo. Neste dia, o Selchoun abriga os fantasmas de alguns dos outros integrantes do clã Inverno Profundo, todos mortos lá quando o local era os estábulos da família. Todos eles manifestam-se simplesmente como manchas vagas de frio ou medo, que algumas vezes perturbam os clientes o suficiente para que pechinchem um desconto pelos seus problemas. Freqüentemente, as manifestações fantasmagóricas acontecem depois do horário comercial e incomodam poucos.

Ainda relacionado, os destinos finais do Mestre de Guilda Chourm e do Lorde Parnak Inverno Profundo são frustrantes. Os dois, que pensavam ser realmente bastante astutos, tiveram sucesso formando uma coalizão poderosa de guildas e nobres durante aproximadamente 14 meses até que eles convidaram para seu meio o Mestre de Guilda Zoar. Detalhes são esboços das atividades, mas no alcance de 10 meses, Zoar tinha matado mais de seis rivais ou Mestres de Guilda aliados e tinha começado sua marcha para o reinado dos Lordes Magistrados. Parnak morreu em um incêndio que consumiu a mansão dos Inverno Profundo com ele e seus homens presos lá dentro. Chourm morreu no pelourinho, na noite de Leiruin (o décimo dia de Tarsakh), os servos do Mestre de Guilda Zoar o submergiram em peças de cobre aquecidas a um estado quase fundido. Nenhum destes homens assombra a cidade nestes dias, apesar de gritos e cheiro de carne queimando e cobre infestavam uma área do Mercado durante algumas décadas até que fossem exorcizados mais de uma vez, há muitos anos atrás.

Notas para o Mestre

As pessoas aprenderam pelo menos um pouco da tradição ou benefício que fazem a morte covarde deste fantasma uma cena digna de assistir. Pelo menos uma vez por ano, depois dos esguichos pararem na lagoa, itens de algum valor têm sido encontrados no meio da lama naquele mesmo local. Wotav, o Curioso, foi o mais famoso dos investigadores de tesouro que reivindicaram um par de anéis dourados e uma pulseira dourada* de tal qualidade (e marcado com o brasão quase esquecido dos Inverno Profundo) que ele os vendeu e comprou para si um edifício na Rua Sashtar. Outros encontraram itens mágicos ou outras curiosidades, geralmente anéis. Porém, o que intimida os caçadores de tesouros destas fáceis pungas é o fato de que aqueles que buscaram tesouros e não encontraram nenhum, todos morreram de doenças dentro de um ano…

* O Bracelete de Tamaera

A pulseira dourada reivindicada por Wotav era uma herança do clã Inverno Profundo que evitava que seu usuário se intoxicasse com qualquer o veneno.

Depois de passar por muitos donos em sete décadas, o bracelete achou seu caminho no estabelecimento de um comerciante em Calimporto. Jamar Al Kivars comprou a quinquilharia para sua jasina (cortesã) favorita, que a usou até mesmo após escapar da escravidão. Ela fugiu para o norte, para Tethyr durante sua agitação e encontrou eventualmente seu caminho a leste, no recentemente independente Erlkazar. Lá ela se casou e deu a luz a um filho, o ranger Parak, o Vermelho, que usou a pulseira durante patrulhas na fronteira para o rei. Desde que Parak morreu recentemente, vítima de uma emboscada de hobgoblins nas Montanhas Floco de Neve, o bracelete pode ser reivindicado por qualquer que possa encontrá-lo e tirá-lo de seu atual dono hobgoblin…



Sobre o Autor

Steven E. Schend pensa como qualquer mago que tenha 75 livros empilhados e um gato sonolento empoleirado sobre eles. Nascido em Wiscosin em 1967, Steven entrou no mundo da fantasia muito depressa, enquanto crescia lendo os livros de Oz de L. Frank Baum, Tarzan de Edgar Rice Burroughs e as novelas de Barsoom. Desde 1990, Steven está com a TSR/Wizards of the Coast. Ele começou sua carreira como editor e trabalhou em muitos projetos incluindo o D&D Cyclopedia. Apartir de 1994 ele se tornou um designer de Forgotten Realms e desde então vem acompanhado as histórias de Elminster e companhia, assim também como sua recente entrada nos mundos de ficção científica no sistema de jogo Alternity e o jogo mundial da Marvel Comics. Steven escreveu mais de 50 produtos de jogo e artigos de revistas, além também de histórias curtas, mas agora ele faz tentativas vagas para jogar e desenvolver enredos.

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