Esta
pitoresca e pacata aldeia é aos olhos um caótico
emaranhado de sebes, caminhos sinuosos, e
jardins cercados preenchidos aqui e ali com
chalés de muros espessos e telhados de palha.
Cercado por pastos, o povoado é dominado por
moinhos e seus lagos, vagam livremente ovelhas
e cabras, e as várias pequenas pontes pelo qual
o lugar é chamado. As Pontes de Dun (nomeado
por Aldunn, o anão escultor que a construiu
séculos atrás) está sobre lagos — e suas nascentes
que os alimentam — em arcos demasiadamente estreitos
para a maioria das caravanas dos mercadores
de outras terras.
Como resultado, os Dunbradar
gastaram muito tempo arrastando carroças capotadas
para fora das águas normalmente calmas por meios
de blocos, polias, alavancas, e guinchos à cavalo
(quase o mesmo tempo que os mercadores visitantes
gastavam, de coração, amaldiçoando as pontes).
Os Dunbradar levaram tais coisas
com um paciente bom humor, seguros na prosperidade
adquirida pelos seus queijos de sabor nítido
feito com nozes e leite de cabra, os bem conservados
lagos com peixes, e moinhos que produzem um
distinto cobertor de lã — sempre entrelaçando
verde com verde, em estampas circulares que
fazem uma boa camuflagem.
Defesas
Dunbradar pode chamar
não menos que três companhias residentes de
aventureiros renomados para repelir as tentativas
de invasões (quase sempre pelo ávido povo guerreiro
de Thuntar, que cresce a cada década numa nova
tentativa de construir um império). E uma ponte
reforçada de melhorias (mesmo pelos seus superiores,
as Lanças do Sol Brilhante do Alto Emmerock).
Todas as três companhias já defenderam Pontes
de Dun em alguma ocasião e fizeram isso unidas
em pelo menos duas vezes — durante o Ataque
do Wyrm de 1332 CV (um ataque de dragão) e a
batalha dos Seis Escudos Esfumaçantes em 1348
CV (a mais recente e conhecida derrota do exército
de Thuntarran).
Desses três fiéis bandos tem
um grupo de anões baderneiros, fanfarrões, bebedores
de cerveja conhecidos como os Impiedosos Assassinos
de Mantícoras (todos foras da lei do Reino Profundo
dos anões, liderado por Khaladaen do Machado-Duplo,
um homem LN, anão dourado, Gue14); a feminina
companhia da Lâmina Curva, formada oitenta anos
atrás pelas filhas dos membro da Companhia dos
Cavaleiros do Sol (que descobriram Alto Emmerock;
meias-elfas e humanas, uniformizadas magnificamente
em armaduras de placas brilhantes e montadas
em lustrosos cavalos de carga, lideradas por
Belabranta Sheltress — mulher CB, humana tethyriana,
Gue12/Fet4); e os Elmos da Morte de Ponte de
Dun, um grupo sortido de aventureiros semi-aposentados
e mercenários de vários reinos e uma dúzia de
raças. Os Elmos da Morte não têm um líder real,
mas seu representante é normalmente o espirituoso
e irreverente conversador ‘’Cachorro Caolho’’,
mais adequadamente conhecido como Haeronth Blaedaerer
(CN, homem, humano chondathano, Gue9/Lad7/Lutador
Urbano 5 que usa um tapa-olho de estrelas
cadentes [propriedades idênticas ao anel
de estrelas cadentes]); muitos de Dunbradar
desconhecem que seu tapa-olho de pano negro
tem poderes mágicos, mas desconfiam que seja
falso, pois ele troca de um olho para outro
quando deseja.
Os baderneiros e barulhentos
Assassinos de Mantícoras fazem bom dinheiro
destilando um forte, e pesado uísque chamado
‘’Fogo dos Assassinos’’ que está crescendo em
popularidade entre os mercadores por Faerûn.
Rumores locais dizem que eles se preparam para
batalhas com fortes magias defensivas e a suas
‘’longas férias’’ anuais são gastas caçando
e matando dragões por esporte.
Rumores afirmam mais que os
cautelosos Elmos da Morte, que habitam um fortificado
forte na borda ocidental de Pontes de Dun, dispõe
de estranhos e poderosos itens mágicos. E mais,
sussurram que seus líderes são os remanescentes
(humanos e outros) de uma tripulação de um navio
que zarpou pelos céus e entre as estrelas!
Não finalizando ainda, os mesmo
incansáveis rumores que os moinhos abrigam as
‘’Rainhas das Lâminas’’(como as mulheres guerreiras
da Companhia das Lâminas Curvas são carinhosamente
conhecidas) são todas magas e Harpistas, ou
pelo menos aliadas e espiões para ‘’Aqueles
que tocam Harpa’’.
As audaciosas façanhas (e galanteios
domésticos, como as Rainhas das Lâminas são
cortejadas sem parar por vários membros de ambas
outras companhias) provêm constante entretenimento
para Dunbradar e também os deixam nada surpresos
pela maioria dos aventureiros visitantes. As
brigadas podem forçar o povo de Dunbradar
fazer algumas coisas, mas falham em intimidá-los
em fazer qualquer coisa. (Aventureiros e outros
com palavreado forte são avisados que o povo
local tem pouca tolerância em toda Dunbradar
do dito “Pelos traseiros das Rainhas das Lâminas!”.
Qualquer forasteiro audacioso que usá-lo pode
incitar uma irritação a todos de Dunbradar que
escutá-lo).
Governo
Pontes de Dun é governado pela
Boca, um conselho de mercadores locais (nomeados
pelos cidadãos) que servem por três estações
e tem votos iguais. Nenhum conselheiro pode
servir por duas vezes consecutivas. A Boca tem
onze membros ao todo e um orador, o Senhor das
Pontes (atualmente a gorda, língua afiada, mas
essencialmente bom caráter Anarassa Ghoeble,
uma mulher LN calishita, humana Mag12 conhecida
pela maioria de Dunbradar, em despeito de seu
sexo, como ‘’Lorde Rassa’’). A Lorde comanda
diretamente os únicos empregados da Boca — os
Dedos, uma dúzia de bem armados guardas (LN,
humanos, Gue6) que patrulham as ruas, lideram
a milícia, e mantêm os olhos grudados nos visitantes
— todos sob a direção de seu líder, o Alto Lorde
Protetor.
Esse chefe-geral da polícia
era um oficial no passado, estava freqüentemente
ocupado por vilões corruptos (que diversas vezes
ameaçaram tomar controle de Pontes de Dun e
pagaram a tentativa com suas vidas ou era eram
forçados a fugir para longe, rápido e permanentemente).
No presente agraciado pela atual Alta Espada
(líder da força) de Tethyr, o íntegro Tharorgaun
Tarntree (um capacitado, diligente, e consideravelmente
severo LB, humano tethyriano Gue16).
O protetor Tarntree é alto,
tem queixo quadrado, de olhar afiado que procura
pelas damas locais. Embora seja visto passando
tempo em suas companhias, ele está sempre em
alerta e atento para o seu dever de manter a
paz em Pontes de Dun e guarnecê-la contra ataques
de bandidos. Não só isso, ele é um homem que
não parece dormir, ele tem um dom estranho para
se precaver dos problemas e alertar a patrulha
para ‘’checar um pouco mais atentamente que
o normal aqui, e ir devagar contra os
ventos do monte Sarglar, para ver se os lobos
se aproximam’’. Ao passar dos anos, os Dedos
(e a meia-dúzia de diferentes milícias que acompanham
cada patrulheiro dos Dedos) aprenderam a confiar
nos palpites do seu Senhor Protetor. Tempos
em tempos, e levou-os diretamente para o coração
de um silencioso grupo que avançava ou para
uma alcatéia de famintos lobos das neves.
Para não dizer, Tarntree é
um grandioso general. Ele é uma lenda entre
as mulheres de Pontes de Dun por pular fora,
literalmente, dos braços de uma amorosa dama
para pegar sua espada e correr nu para o seu
celeiro, onde encarou o que seria um ladrão
de cavalos. Em outra ocasião, sem armas, combateu
um cachorro selvagem depois dele ter tentado
atacar brutalmente um mercador bêbado local,
perto o suficiente da janela de seu quarto para
ouvir os sons do ataque.
Alguns comentam que Tarntree
tem um passado colorido e é um feiticeiro polimorfo,
cortesão, ou ainda uma princesa tethyriana se
escondendo de inimigos que poderia matar ele
(ou ela) num instante se sua verdadeira identidade
fosse revelada. Outros acreditam que ele é um
espião dos Harpistas — ou dos Zhentarim — ou
ainda vindo da misteriosa ilha de Nimbral (embora
que um espião morando em Pontes de Dun podendo
aprender os valores internacionais continua
sendo questão de especulação não resolvida).
O Lorde Protetor parece ser
cauteloso, mas cordial com as três companhias
de aventureiros residente. Dunbradar ou
o ama (maioria das mulheres) ou pelo menos,
relutantemente, o respeitam (maioria dos homens),
mas mesmo os membros da Boca parecem espalhar
boatos que muitos visitantes encapuzados deslizam
pelo portão de trás da casa do Senhor Protetor,
Torres de Tarn, à luz da lua. Lorde Rassa
vestiu-se com capa e máscara uma vez para investigar
tais visitas noturnas e feito à metade do caminho
do jardim uma nobre lâmia e uma anserina surgirem
de uma banco de jardim para barrarem-na. No
frio, em uníssono, aconselharam-na para ‘’pegar
um número — preferencialmente de dia e no portão
da frente’’.
Qualquer que seja a verdade
sobre os visitantes de Tarntree, passado e atividades
secretas, ele protege Pontes de Dun zelosamente
contra tentativas de violência contra o povo
ou dominação dele.
E ele não é gentil em seus
métodos, também. Um devorador de mentes com
um mago em seu domínio certa vez foram à cidade
e tentaram dominar a mente dos moleiros. Tarntree
decapitou o ilítide sozinho. O grato e livre
mago conjurou uma magia preservativa sobre a
cabeça, e hoje está pendurada no ponto mais
alto, acima das Torres de Tarn do portão dianteiro,
olhos enrubescendo levemente, e tentáculos intermináveis
gentilmente ondulados (um visão horripilante
que faz muitos visitantes passarem rapidamente,
mas de alguns moradores cresceu um certo orgulho).
Mistérios
Sob o olhar do famoso Alto
Lorde Protetor, Pontes de Dun está tornando-se
um centro fornecedor de coisas variadas para
pessoas que desgostam de inspeções minuciosas
e leis locais — ou tanto, um lugar para tais
pessoas ‘’deixarem’’ seus suprimentos. A Casa-cofre
dos Seis Assobiadores ao lado da colina Sarglar
a nordeste do povoado é uma fortaleza entrelaçada
com uma rede de cavernas onde as pessoas podem
alugar espaços para guardar qualquer coisa que
precisem deixar escondidas por um tempo. Ninguém
exceto os Assobiadores sabe quantos guerreiros
humanos guardam os portões da fortaleza. Os
Bardos Atrevidos que se aventuraram à faixa
de Tashkuta, que são conhecidos por ter disputado
as taxas impostas pelos Assobiadores, diz que
os humanos são comandados por Doppelgangers
que mudam sua aparência para fazer os clientes
pensarem que há muito mais guardas que o lugar
realmente possui. Os Bardos também dizem que
os Assobiadores são licantropos. Lendas locais
insistem que grandes tesouros estão escondidos
em alguma das cavernas da Casa-cofre — tesouros
que ‘’balançariam toda Faerûn e tombaria alguns
de seus tronos’’ se fosse algum dia revelado.
Talvez somente os deuses vigilantes
saibam que outros mistérios espreitam atrás
dos confortáveis chalés e ruidosas pequenas
lojas de Pontes de Dun. Visitantes de maiores
e mais sofisticados lugares são alertados que
as lendas locais sempre insinuam que grandes
poderes jazem ‘’escondidos, despertos’’ nos
moinhos e seus lagos plácidos.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem
que lançou os Reinos Esquecidos
em um mundo que não os esperava. Ele
trabalha em bibliotecas, escreve fantasia, ficção
científica, terror, mistério e
até histórias de romance (às
vezes coloca tudo isto em um mesmo livro), mas
está ainda mais feliz escrevendo Conhecimento
dos Reinos, Conhecimento dos Reinos e mais Conhecimento
dos Reinos. Ainda existem alguns quartos em
sua casa com espaço para empilhar seus
escritos.
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