Adaerglast, a Terra dos Magos
Este
reino aparentemente pastoril de fazendas costeiras
é um dos mais prósperos –
e perigosos – nas Fronteiras.
Os fazendeiros de Adaernen trabalham duro todo
dia, transportando e espalhando esterco, arrancando
ervas daninhas e cavando o solo para uma irrigação
cada vez mais eficiente. No passado eles levaram
vidas tranqüilas, sabendo que suas plantações
sempre conseguiriam bons preços na cidade
vizinha de Yallasch dos cidadãos e dos
capitães mercantes que aportavam ali
para comprar comida para as muitas bocas famintas
em Calimshan.
Tudo isso mudou quando dois magos jovens, taciturnos
e muito observadores, vindos de Murghôm,
chegaram. Acreditando que as terras fazendeiras
de Adaern eram ideais, eles construíram
um castelo em Myrinjar. Seguros atrás
de seus robustos muros, defendidos por muitos
guardiões animados e conjurados, eles
começaram a trabalhar a magia nas terras
ao redor.
O forte deles tornou-se conhecido como “O
Castelo dos Sonhos Negros”, pois as magias
que eles arquitetaram enviava visões-sonhos
para toda Adaernen, revelando os dois magos
como os governantes por direito, escolhidos
pelos deuses, de Adaerglast. Logo, mercenários
brutais intrometidos apareceram nas terras,
comandados por construtos (conjuntos de armaduras
vazias animadas) controlados pelos magos à
distância. Horrores de elmo que serviam
de guarda costas acompanhavam os dois magos
todo o tempo, protegendo Lorde Iraun e Lorde
Srivven contra possíveis traição
de seus próprios mercenários.
Os magos (citando um mercador Adaernense que
fugiu e não pretende retornar) “davam
ordens como se fossem deuses”, e todos
que ficavam em seu caminho eram amaldiçoados
ou destruídos magicamente. Os bens e
propriedades de tais “traidores”
eram confiscados e seus parentes e servos vendidos
como escravos.
Não se passou muito até que os
magos tornaram-se governantes absolutos de Adaerglast,
mantendo sua corte em Myrinjar e tentando controlar
negócios em Yallasch. Foi necessária
uma aliança de todos os magos e templos
Yallaschianos contra os dois, apoiados por ameaças
de ajuda de Halruaa e Águas Profundas,
para – até o momento – dissuadir
os Lordes Altos Magos a tentar conquistar a
cidade.
A dupla sinistra voltou a trabalhar em novas
e mais poderosas magias, e a obrigar seus súditos
a cultivar ainda mais eficientemente. Infelizmente
para aqueles que seriam rebeldes e magos que
estupidamente visitam o reino, trabalhos mágicos
funcionam todos muito bem em Adaerglast. Os
dois magos-reis sempre observam suas terras
– e criaturas suspeitas ou hostis são
atacadas por magias de longo alcance que fazem
com que suas cabeças ou extremidades
explodam. Qualquer um magicamente protegido
é repetidamente atacado por mercenários
montados, os Mãos Enviadas dos Lordes
(“os Mãos” para Adaerneses),
ajudados por monstros invocados. Uma vez que
os intrusos estão incapacitados, uma
imagem projetada de um dos Lordes Altos
Magos pode aparecer para interrogá-los.
Seres derrotados que conhecem o paradeiro de
tesouros mágicos podem ser transformados
em formas bestiais até que seu conhecimento
possa ser mais bem explorado.
Grupos
de aventureiros contratados para destruir os
Lordes Altos Magos por Fronteiras vizinhas temerosas,
por mercadores com base na Orla de Vilhon e
por interesses mercantes Calishitas depararam-se
todos com falhas sangrentas. Os magos-reis destruíram
Zhentarins e Magos Vermelhos e expulsaram um
emissário de Halruaa. Enviados Calishitas
tentaram fomentar uma rivalidade entre os dois
com ataques mágicos preparados para parecer
ser trabalho de um dos Lordes Altos Magos contra
o outro, mas isto também falhou.
Aventureiros, e especialmente magos, são
aconselhados a não entrarem em Adaerglast
e a manterem-se atentos quando em Yallasch:
os magos-reis estão preocupados em observar
esta cidade freqüentemente e em comandar
números cada vez maiores de agentes contratados
em seu submundo.
Os governantes de Adaernen (Iraun: NM, humano
Mulan, Esp2/Mag17; Srivven: NM, humano Mulan,
Mag18/Arch2; ambos possuindo muitos itens mágicos)
assassinam e queimam todos os magos que caem
em suas mãos após tomarem toda
mágica que o infeliz possuir. É
dito que seu castelo em Myrinjar é cheio
de magias de aprisionamento, ligadas por feitiços
que fazem com que um item ou feitiço
seja ativado contra intrusos se outra é
perturbada.
Iraun e Srivven vieram do extremo oriente de
Murghôm, aonde uma escola de magia foi
destruída em uma batalha entre estudantes
renegados e seus mestres. Sabe-se que estes
dois, sobreviventes da escola fadada a destruição,
saquearam criptas de magos por toda Faerûn
e apoderaram-se de feitiços de magos
vivos em Mulhorand. Seu poder em batalha mágica
aberta pode não ser inexpugnável,
mas em Adaerglast, protegidos pelas garras de
muitas magias-prisão, eles são
formidáveis de fato.
“A Costa Jardim” permanece sendo
um premio resplandecente para qualquer um capaz
de derrotar os magos-reis (o que é, indubitavelmente,
o porquê dos sátrapas gananciosos
– que ficam seguros em Calimshan e enviam
bandos de guerra contratados, assassinos e aventureiros
– continuem tentando). As fazendas alvoroçadas
de Adaerglast estão entre as mais produtivas
e eficientes de toda Faerûn.
O símbolo deste reino é uma cesta
em vime cheia de frutas vermelhas arredondadas
(tomates, a maioria das pessoas imagina) em
um campo circular branco do qual a borda é
um anel púrpura de raios saindo em arco
em todas as direções, sobre um
fundo verde.
Assentamentos: Myrinjar.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem
que lançou os Reinos Esquecidos
em um mundo que não os esperava. Ele
trabalha em bibliotecas, escreve fantasia, ficção
científica, terror, mistério e
até histórias de romance (às
vezes coloca tudo isto em um mesmo livro), mas
está ainda mais feliz escrevendo Conhecimento
dos Reinos, Conhecimento dos Reinos e mais Conhecimento
dos Reinos. Ainda existem alguns quartos em
sua casa com espaço para empilhar seus
escritos.
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