Na
entrevista de hoje, nos conversamos com duas
pessoas responsáveis em ajudar na criação no
último Guia Prático (Pratical Guide). Primeiramente,
nos fizemos algumas perguntas a Pip – emérito
guia de fadas – sobre sua pesquisa no Ermo Feérico
(Feywild). Então, conversamos com Susan Morris
sobre seu papel nas séries Guia Prático...
Incluindo onde as séries começaram e qual seu
rumo futuro.
Perguntas à Pip
Wizards of the Coast: Por
que o livro é chamado o Guia “Prático” para
Fadas – que informação você ensina para nós
sobre as fadas que podemos usar?
Pip Pulador de Poças Mini-demónio
Lúdico Pioneiro Pregador de Peças Panishee:
Tudo que você precisa para viajar ao Ermo
Feérico (onde as fadas vivem). Possui algumas
frases guias (você nunca sabe quando perguntar
onde está a fedorenta poça de lesmas possa vir
a calhar!), uma útil lista de tudo que você
precisa, um mapa para te ajudar a identificar
as fadas mais exóticas e até mesmo um guia para
as danças mais populares da Corte Eterna.
Wizards of the Coast:
Você mesmo sendo uma fada, por que você decidiu
educar a nós não-fadas? Você está tentando nos
enganar – quanto desse livro é verdade?
Pip: Eu? Mentir? Eu
sou a fada mais honesta em todo o Ermo Feérico,
o que significa muito! Eu decidi ensinar os
humanos sobre as fadas seguindo a bondade em
meu coração, e porque eu considero alguns de
vocês muito legal e deveriam passear comigo
no Ermo Feérico. Mas parece que muitos humanos
se esqueceram da gente.
Wizards of the Coast:
nós sabemos do seu nome feérico completo (Pip
Pulador de Poças Mini-demónio Lúdico Pioneiro
Pregador de Peças Panishee). Você poderia nos
falar um pouco das suas próprias vestimentas
feéricas? Comida preferida? Magias Preferidas?
Pip: Minha roupa favorita
é um vestido feito de vinte miniaturas de borboletas
arco-íris as quais – não, espere, essa não é
a minha favorita. Minha preferida é uma saia
tecida com a melhor seda de aranha que nós Pixies
podemos produzir, com brilhantes pérolas e conchas
tecidas pelas Nixies cobrindo a saia e cintos
dourados nas barras feericamente confeccionados
para que cintilem enquanto eu ando, e um top
das mais macias e mais rosas pétalas que os
Shimmerlings podem encontrar. Realmente.
Nada é mais gostoso que pães
macios cobertos de mel. Exceto, talvez, amoras
cobertas de açúcar. Ou maçãs ensolaradas frescas
feitas na Corte Eterna (procure no Guia Prático
das Fadas pela receita)! Maçãs ensolaradas têm
gosto de um dia de ver.
Toda a magia das fadas é fantástica,
mas sono é a melhor de todas. Alguém
está fazendo muito barulho? Sono! Alguém
não concorda com você? Sono! Precisa
enganar alguém? Sono! Jogue sono
em todos os seus problemas!
Wizards
of the Coast: Como você pesquisou toda essa
informação sobre fadas? Quanto tempo levou,
e você correu algum perigo nos lugares em que
você esteve ou das criaturas que você visitou?
Pip: Eu estive totalmente
em perigo! Mas, não se preocupe, pois também
sou muito valente, sem mencionar esperta, e
eu segui todos os conselhos referentes a como
ficar segura que mencionei no livro – até mesmo
usar um chapéu vermelho que parecia meio ridículo,
para enganar os redcaps.
Wizards of the Coast:
você está preocupada que outras fadas a punam
por entregar os segredos dela – qualquer uma
delas tentaram e te impediram inicialmente?
Você já teve que lutar com alguma outra fada?
Pip: Eu tive que lutar
valentemente pelo terceiro pão macio coberto
de mel – isso conta? Porque eu considero um
insulto a minha honra que meu primo em segundo
grau ter comido o último (aquele sujo!) antes
que eu, a certamente mais faminta e merecedora
pixie, pudessem ter meu terceiro pão. Mas eu
gostaria de ver eles tentarem me punir! Eu sou
muito esperta para ser pega pelas outras fadas
– elas estão apenas com inveja por não terem
pensado em escrever um livro primeiro que eu,
porque agora eu terei os mais legais e interessantes
amigos humanos (você vai vir visitar, não vai?)
Wizards of the Coast:
Você aprendeu novas coisas que nem mesmo você
sabia sobre as fadas?
Pip: Sempre há novas
coisas para aprender sobre fadas! Pois, como
vocês, fadas estão sempre mudando. O Guia
Prático das Fadas é um bom começo, mas não
se detenha ai. Junto com aprender sobre as fadas,
eu também amo aprender sobre criaturas mágicas,
como os dragões no Guia Prático dos Dragões
Mágicos (você sabia que os dragões são parentes
mais próximos das fadas do que dos humanos?).
Perguntas a Susan
Wizards of the Coast: Como
a idéia do Guia Prático surgiu (ele sempre
esteve em vista como uma série, ou o sucesso
do primeiro livro deu espaço para as séries),
e como o Guia Prático para Fadas se encaixa
nisso?
Susan Morris: Quando
eu era uma criança, o Livro dos Monstros
era a minha história de ninar preferida. Quinze
anos depois, eu me candidatei a um emprego como
editora na Wizards of the Coast, a distribuidora
daquele mesmo Livro dos Monstros, e durante
a minha entrevista eu compartilhei aquela história.
Nina Hess, minha editora e visionária por de
traz da série Guia Prático, por acaso
estava trabalhando em uma idéia de um tipo de
Livro dos Monstros para crianças – um
que contasse a crianças todos os importantes
detalhes sobre diferentes sociedades de monstros,
habitats, e características. Um Guia Prático
para Dragões foi o primeiro, já que a Wizards
of the Coast tinha uma longa história com
dragões, mas foi a reação entusiasmada das crianças
por toda parte que nos fez publicar mais Guias
Práticos.
Fadas têm fascinado crianças
de todas as idades por gerações, e são uma extensão
natural da série de Guias Práticos.
Wizards
of the Coast: Qual foi o seu interesse pessoal
no reino das fadas? Quando e como esse interesse
começou? Você tem alguma fada lendária ou literatura
particular que mais goste?
Susan: Uma vez, quando
eu era uma criança, minha irmã mais nova me
disse que existia uma porta para a Terra das
Fadas na árvore do nosso quintal, precisava
apenas achar a abertura secreta. Mesmo eu estando
certa de que ela estava apenas tentando me convencer
de que ela podia voar se jogasse pó de mico
no seu cabelo, e depois que eu parei de rir
e dispensei suas afirmações, eu passei uma boa
hora fuçando naquela árvore desde o topo até
o chão. Aquilo realmente simboliza minha relação
com fadas. Eu sempre quis acreditar, lendo todos
os contos de fadas que eu pudesse por as mãos,
absorvendo todos os detalhes de sua cultura
como se eu fosse visitá-las naquela noite. Um
Guia Prático para Fadas está preenchido
com memórias de minha Infância: desde uma mochila
de coisas que você precisa, a achar trevos de
quatro folhas, e incontáveis outros conhecimentos
tirados de D&D e contos de fadas. Meu conto
de fadas preferido provavelmente é As Dozes
Princesas Dançantes (The Twelve Dancing
Princess) (inspirado no livro A Dança
das Doze Irmãs! (The Dance of the Twelve
Sisters)), mas eu também sou uma grande fã de
A Viagem de Shiriro (Spirited Away).
Wizards of the Coast: Por
que você acha que fadas são interessantes para
leitores? E, talvez, para jovens leitores em
particular (se você sente que isso seja verdade)?
No que as fadas podem adicionar na nossa perspectiva
do mundo?
Susan: Fadas são como
crianças que nunca cresceram, a diferença é
que essas crianças possuem fantásticos poderes
mágicos. Isso é muito atrativo quando você tem
cinco ou oito ou vinte e seis anos de idade.
Mas, sério, quem não se interessaria por fadas?
Entra em um mundo secreto e proibido cheio de
criaturas atrativamente perversas, que pregam
peças, passionais e mágicas que se interessam
particularmente em você? Fadas nos fascinam
porque elas quebram todas as nossas regras –
elas são delicadas e poderosas, bonitas e terríveis,
cruéis como um gato brincando e doces como uma
colher de açúcar. Mas, o melhor de tudo é que
as fadas nos desafiam a encontrar o esquisito
no mundano, a usar nossa imaginação a levar
o maravilhoso para realidades banais.
Wizards of the Coast: Você
acha que fadas ainda são importantes e relevantes
no nosso mundo moderno (versus sociedade pastoral
antiga)? Como as fadas podem ter se adaptado
ao nosso tempo?
Susan: O que você quer
dizer com “podem ter”? As Fadas adaptaram-se
totalmente ao nosso tempo! Fadas lidam com identidade,
o que é sempre um importante assunto para jovens
adultos, mas é de interesse particular hoje
em dia com o avanço da internet.
Wizards of the Coast: Como
você vê o futuro das séries de Guias Práticos?
E, como uma pergunta relacionada, mas compossível
resposta diferente, como você gostaria que ele
fosse?
Susan: Eu vejo no futuro
um novo Guia Prático sobre dragões. .
. e a única e fascinante magia que eles e seus
humanos aprendizes controlam. Procurem pelo
Guia Prático para Magia de Dragão (A
Pratical Guide to Dragon Magic) (também
escrito por mim!) lançado em Setembro de 2010.
Mas antes, para satisfazer seu apetite pelo
esquisito e maravilhoso, vejam os outros livros
de cabeceira da série Guia Prático –
O Códice de Dragões (Dragon Codices)
(que acompanha um Guia Prático de Dragões
(Practical Guide to Dragons)), Os livros
de cabeceira sobre Magos (Um Guia Prático
sobre Magos (Practical Guide to Wizardry)),
as Séries Caçadores de Monstros (Um Guia
Prático para Monstros (Practical Guide
to Monsters). Quem sabe? Pode até existir
uma série de cabeceira para o Guia Prático
para Fadas.
Wizards of the Coast:
Que conselho você ofereceria para escritores
de fantasia medieval para jovens adultos em
oposição à fantasia medieval para adultos –
talvez em termos de diferença de tom, vocabulário,
temas, etc.?
Susan:Bastante. Torne-se
fluente em fantasia medieval para jovens adultos.
Mas acredito que a coisa mais importante não
seja escrever para um jovem adulto mítico, mas
tente escrever para a criança dentro de você,
lembrando de seus próprios conflitos emocionais,
as questões que queimaram em sua mente a noite,
e seus maiores temores e sonhos.
Wizards of the Coast:
Como uma editora no Departamento da Wizards
of the Coast, o que você aprendeu a respeito
do processo de escrever durante a criação desse
livro? Como foi a sua experiência com aquela
que estava sendo editada, e isso alterou sua
perspectiva do processo de escrever/editar?
Susan: Eu adoro ser
editada. É muito confortante Saber que há alguém
experiente olhando por cima de seu ombro, certificando-se
de que você não está fazendo nenhuma besteira!
Eu realmente aprecio a profundeza com que Nina
questiona tudo. Senti que nós realmente podíamos
concentrar o material em seu melhor. Ser editada,
no entanto, me mostrou uma maior apreciação
no papel de fazer elogios (em adição às críticas
construtivas) que ajudam uma escritora saber
que ela alcançou seu objetivo e a manter seu
espírito e entusiasmo alto.


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