“Os
Reinos da Fronteira? Aldeias enormes onde os
ladrões e aventureiros brigam e posam.
Em resumo, um lugar como a maioria dos principais
reinos neste mundo!”
-Mrin Trabbar, Discípulo de Ilmater em
Ormath em uma fala para Bastable, o Profeta,
Ano da Harpa.
Erguendo-se a partir do Rio Scelptar ao Grande
Ford (onde mais ou menos três pontes arruinadas
cruzam o fluxo d’água e são
reparadas todos os verões apenas para
serem varridas novamente na primavera), a cidade
de Oeble foi um centro de comércio durante
séculos. Oeble é um labirinto
de pátios cercados, ruelas vagas, sacadas,
e alojamentos contendo três a quatro lojas
empilhadas na rua de negócios que mudam
com velocidade desnorteante. De suas torres
inclinadas e vagueando pelas sacadas podem-se
ver as terras de Talduth Vale, Forte da Coruja;
o Baronato do Grande Carvalho; e o mais distante,
Grande Ducado de Shantal e os Córregos
do Ponto da Espada.
Oeble é um dos denominados Reinos da
Fronteira que são uma extensão
da costa integrada de aldeias e cidades ao longo
do sulista Lago do Vapor. Esta região
é mais conhecida por suas mudanças
freqüentes de liderança que, freqüentemente,
é precipitada por aventureiros poderosos
que decidem criar e reger, por algum tempo,
um pequeno reino. Os Reinos são o local
de nascimento de muitos mercenários e
comerciantes que o clama de "um lugar que
vocês nunca ouviram falar".
"Todos os ladrões se encontram
em Oeble", reivindica uma velha declaração.
Oeble alberga seqüestradores, contrabandistas,
mercenários, negociantes em bens ilícitos,
bandidos e caçadores de tesouros
que os buscam, e povo é mau recebido
em outros lugares por causa de quem eles
são. Os
últimos incluem os traficantes de escravos
e um conhecimento superficial de meio-orcs,
orcs, drow, goblins e párias.
Embora a cidade hoje ostente leis, um governante
e policiamento para manter a ordem nas ruas
a um mínimo, ela ainda não é
um lugar para os de bom coração,
os inocentes ou os imprudentes. Lançamento
de facas é um esporte local, assim como
rastejar em telhados, saltando de um lugar alto
a outro, se escondendo e espiar. São
encontrados cidadãos violentamente mortos
na maioria das manhãs, e eles estão
queimados dentro lixões a sudeste da
cidade. (Hulm Draeridge, o sujo, peludo, disforme,
ou homem "torcedor de ossos" que gerencia
o Vagão Morto, mantém um dedo
da mão ou do pé, ou uma orelha
de cada cadáver, mumificando-os em um
porão no caso de magos ou clérigos
quiserem comprar tais troféus. Se Hulm
souber a que pessoa pertence os restos, ele
o etiquetará).
As Sub-vias e as Passagens:
a maioria dos “monstros” são
mantidos nas Sub-vias, que são passagens
úmidas com um rio que passa por baixo
da cidade. Estas passagens unem porões
e poços em um labirinto que ostenta pelo
menos uma hospedaria e duas tavernas que o sol
nunca vê.
Muitos porões conectam-se com as Sub-vias,
mas poucos edifícios da superfície
sabem publicamente das ligações
para a “terra sem lei” subterrânea.
Acesso a sempre crescente (e não mapeada)
rede de passagens abaixo de Oeble é possível
por meio de desmarcadas escadas ao final de
muitas ruelas. Sangue derramado faz delas visíveis,
e as autoridades e vários espiões
as observam. Nenhum bando de aventureiros entra
nas Sub-vias inadvertidos, e nenhuma grande
força armada pode convergir lá
sem disparar algum alarme.
Um visitante pode achar uma luz fraca nenhuma
placa lá “abaixo” como um
bairro que nunca dorme, mas parecendo semidesértico,
cantos surpreendentemente quietos de desordem
onde pessoas importantes e imponentes às
vezes são vistas na companhia de bandidos
ou monstros estranhos.
As Sub-vias albergam uma hospedaria de nota:
a Porta de Medler. Esta hospedaria é
uma pilha de pedras escuras e úmidas
onde gritos nos corredores não são
desconhecidos. Também possui duas tavernas:
A Dança da Garra, um lugar selvagem nomeado
para as garras zombadas por muitos protetores,
e A Assombração Faminta, um restaurante
Espartano que se caracteriza por seus guisados
quentes de origens misteriosas ao lado de queijo
picante.
As pessoas que acreditam que as Sub-vias e as
ruas não são sua preferência
podem transitar entre alguns edifícios
de Oeblaun ao longo das Passagens. As Passagens
são uma rede de pontes estreitas que
saltam de telhados para sacadas e até
mesmo para andares superiores de tais estruturas,
como a Casa do Portal do Grifo, uma grande,
antiga e ornamentada hospedaria que está
no centro de Oeble.
É agora ilegal saltar ou fazer outro
corpo cair das Passagens, ou derrubar ou lançar
qualquer objeto de lá, mas isso não
pára dardos, pedras, e (claro!) facas
que são lançadas das alturas com
precisão mortal.
Ordem Pública: Oeble
é governada pelo Mestre Sem Face, um
gordo, sempre mascarado homem cujas mãos
reluzem com anéis que dizem abrigar magia
proibida. O Mestre é assessorado pelo
Conselho dos Nove Mercadores (um bulhento e
ganancioso grupo que o Mestre Sem Face ouve
sempre educadamente para então ignorar
grande parte) e uma força de trinta “Lâminas
Cinzentas”, uma força policial
de humanos e meio-elfos. A maioria dos Lâminas
são bandidos de outros lugares que desfrutam
do bom pagamento, chances para se vangloriar,
e os benefícios extras da boa comida,
vinho, e das ardentes damas de companhia de
seu Mestre. Como forças da lei em outras
cidades corruptas, a maioria dos Oeblar cordialmente
repugna os Lâminas.
Seu empregador pode até favorecer as
Lâminas Cinzentas, mas eles são
muito bons no trabalho que fazem, incluindo
espiar de janelas altas, fazer acrobacias, disparar
e recolher setas de bestas hostis como se estivessem
com destreza aprimorada por magia, e antecipar
problemas antes que, de fato, ocorram.
Poucos na cidade sabem que o Mestre morreu há
alguns anos atrás e está sendo
personificado por sua escrava pessoal anterior,
usando disfarces e seu don natural para imitação.
Ela ama Oeble e sempre está sempre observando
os fatos de outras terras das Fronteiras para
invadir ou conquistar. Muito de seu tempo é
gasto manipulando bandos mercenários
e aventureiros competentes para estarem próximos
e prontos para defender Oeble, sem serem pagos
para fazê-lo até que seja realmente
necessário. O Mestre realiza isto através
de infinitos rumores, oferecendo "pequenos
tratos" que só podem ser feitos
em Oeble, e assim por diante; ela é muito
boa neste tipo de intriga.
O Mestre Sem Face lucra na reputação
“sem lei” da cidade possuindo secretamente
o Paeraddyn, uma hospedaria “segura”
na extremidade sulista de Oeble que mantém
um estábulo, casa de banho, jardins,
o pavilhão de trovadores, e um mercado
fortemente policiado, tudo dentro de sua própria
área cercada. Podem ser contratados guarda-costas
durante dia ou noite, e chegam numa impressionante
gama de mortíferos brutos super equipados,
a maioria deles medindo cerca de 2,10 a 2,70
metros de altura e brandindo armas.
Algumas pessoas permanecem na cidade sem medo,
uns apenas dizem que estão em Oeble,
e outros (as melhores defesas por cada jóia
roubada que os bons cidadãos de Oeble
possam ter tido se esgotaram, por exemplo) devido
a segurança lá provida.
Relações com Vizinhos:
Oeble permanece como um espinho do lado de meia
dúzia de outros governantes, e é
atualmente uma “perigosa porta”
para os reinos ao redor. Porém, muitos
a acham útil como um centro de contratos
ou uma “terra neutra” para reuniões
onde se pode esperar encontrar bandidos, monstros,
e um mercado para itens raros e incomuns.
“Muito útil para se destruir”,
como um Alto Duque, agora morto, de um certo
Reino da Fronteira uma vez descreveu Oeble,
e suas palavras permanecem verdadeiras até
hoje. Isso não quer dizer que alguma
força externa que deseja algum poder
nas Fronteiras não tentaria manipular
de dentro para fora a cidade, provocando uma
guerra local que a destruiria ou a reduziria
a uma mera concha. Este risco vem perseguindo
a cidade há um século ou mais,
mas, contudo, nunca aconteceu nada à
cidade.
O Mestre Sem Face se opôs a uma tentativa
de anexação finamente ocultada
por Talduth Vale. Ela persuadiu ambos, a Baronia
do Grande Carvalho e Forte da Coruja, para informar
às autoridades que eles brindavam uma
Oeble independente, mas seriam forçados
a avançar com suas espadas e chamas para
destruir uma Oeble que fosse um braço
de Talduth Vale.
Esta não é a primeira vez que
Oeble sobreviveu em equilíbrio o ao coração
de uma roda intranqüila de armas a postos,
e provavelmente não será a última.
Uma profecia das Fronteiras insiste que a cidade
de Oeble será o local onde um dragão
revelará o paradeiro de um tesouro verdadeiramente
poderoso dos Reinos Esquecidos.
Embora algumas pessoas desmistificam esta profecia
como mera invenção para reduzir
a velocidade dos gananciosos governantes das
Fronteiras em dar ordens para montar, cavalgar,
e queimar "a pestilência sem lei
rio acima" de uma vez por todas, a balada
na qual a profecia é preservada é
muito antiga. Assim Oeble sobrevive como um
lugar perigoso, mas muito interessante para
visitar e fazer compras, mudando a imagem que
muitos estrangeiros têm dos Reinos da
Fronteira, e não prestando atenção
a sua má reputação.
Para mais informação sobre a cidade
de Oeble, leia o novo romance de Richard Lee
Byers “O Buquê Negro”
(The Black Bouquet) e, se você
puder por suas mãos nelas, as excelentes
colunas de Ed Greenwood “O Desperto
Olhar de Elminster” (Elminster's
Everwinking Eye) na Polyhedron
(#138-139).

Sobre o Autor
Thomas M. Costa é um
membro profissional em um comitê na Casa
norte-americana de Representantes. Ele tem sido
um contribuinte de vários produtos da
Wizards of the Coast como Demihuman
Deities e Raças de Faerûn
e é o autor e co-autor de vários
artigos da Revista Dragon Magazine
e do website da Wizards of the Coast.
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