O
texto abaixo sobre o romance Insurrection, de
Thomas M. Reid, o segundo na série War
of The Spider Queen (Guerra da Rainha Aranha),
foi transcrito de uma sessão de chat
especial de uma comunidade online da Wizards
of the Coast. Dê uma olhada nas perguntas
feitas pelos fãs ao autor Thomas M. Reid,
e veja as respostas que ele deu!
Wizo_dabus: Bem-vindos, bem-vindos!
Nosso chat com Thomas M. Reid começa
agora em Wizards Present (Wizards Apresenta)!
Venha ouvir sobre esse livro, Insurrection,
a segunda parte da série War of the
Spider Queen!
Wizo_dabus: Você tem
algo que gostaria de dizer antes de eu começar
com as perguntas?
Thomas: Para aqueles que ainda
não sabem, Insurrection deve
estar supostamente nas lojas amanhã.
Estará um dia ou dois a mais em alguns
lugares, mas comece a ficar de olho.
Bruce Donohue: Bem, Thomas,
eu perguntei a R. A. Salvatore algumas questões
sobre a War of the Spider Queen no
seu message board(fórum) e ele disse
algumas coisas boas sobre sua escrita. Citação
“Posso dizer que acho que algumas pessoas
ficarão felizes com o trabalho de Thomas,
assim como o livros de Richard Baker, depois
disso. Após o encontro na WotC, não
tive dúvidas de que Thomas entendeu.”
Quer acrescentar algo, Thomas?
Thomas: Bem, foi uma experiência
fantástica sentar em uma sala com tantas
pessoas criativas no dia em que criamos o conceito
da história. Além de Bob, havia
Richard Byers, Rich Baker, o editor Phil Athans
e eu. Era uma desses dias onde coisas realmente
legais estavam acontecendo a uma milha por segundo.
Foi muito divertido. E então tivemos
que sair e escrever.
thehalflinggirl: A parte difícil.
:)
Thomas: E eu me senti honrado
pelo que Bob disse de mim. Foi a frase que ele
com que colocassem na capa também. Estou
apenas feliz por ele ter gostado do que fiz.
Bruce Donohue: Bom ouvir isso,
Thomas.
Thehalflinggirl: Quantos livros
foram planejados?
Thomas: A série completa
terá seis livros. O meu, é claro,
será o segundo.
Thehalflinggirl: Legal!
Antonym_margolan: Tenho pensado
em comprar essa série. O que estou pensando
é se será uma série com
novos personagens a cada livro ou se será
o mesmo grupo de pessoas? Se Bob disse aquilo
sobre sua escrita, então eu definitivamente
quero ler esse livro!
Thomas: A série toda
é uma longa história. Você
não pode começar com meu livro
pois não fará sentido.
Bruce Donohue: Você pode
falar sobre Lolth – ela está se
transformando em uma deusa mais poderosa?
Thomas: Não quero estragar
nada disso. É o ponto crucial da história.
Wizo_dabus: São seis
livros planejados. Cada um será de um
autor diferente ou você escreverá
mais de um?
Thomas: Cada livro é
de um autor diferente. Depois de mim, Richard
Baker está escrevendo o terceiro, então
Lisa Smedman, Phil Athans e Mel Odom, fechando
tudo.
Bruce_donohue: O que você
pode nos dizer sobre sua conversa entre você,
Rich, R. A., e Phil que pode ou não pode
aparecer no livro?
Thomas: Vamos ver… sem
entrar em detalhes, eu apenas direi que iniciamos
o conceito e começamos a conversar sem
muita consciência sobre como fazer funcionar.
Nós mexemos em uma série de elementos
por todo o dia e então fomos jantar e
insistimos nisso um pouco mais. Quando terminamos,
nós meio que nos sentamos e ficamos realmente
ansiosos. Bob ficou um pouco preocupado sobre
como trataríamos seu playground, mas
acho que saímos de lá muito mais
confiantes e confortáveis.
Antony_margolan: Como foi sua
experiência ao escrever esse livro e com
as pessoas com as quais você trabalhou?
Thomas: Cada livro no qual
trabalho é único de um jeito ou
de outro. Não foi a primeira vez na qual
escrevi um livro onde saltaram idéias
de outras pessoas para desenvolver uma trama,
mas esse foi um daqueles momentos de “explosões
de realização”, quando me
ocorria que eu estava associado a um grande
grupo de pessoas para esse projeto. Era muito
divertido fazer o conceito da coisa toda, e
duas vezes mais trabalhoso fazer meu livro sincronizar
com os dos dois Richards. Comecei o meu antes
do Sr. Byers terminar o dele e o Sr. Baker começou
o seu antes que eu terminasse o meu. É
desnecessário dizer que tivemos que fazer
alguma mudanças durante as revisões
para que tudo funcionasse.
Teshico: Quanto do livro você
decidiu por si mesmo e quanto dele você
teve que fazer de uma certo jeito?
Thomas: Tive um ponto para
começar e um para terminar, tendo que
trabalhar o meio (e assim meu livro caberia
entre os outros dois), e eu tinha uma história
para contar no processo. A história estava
feita em forma de esboço desde aquele
primeiro dia (provavelmente uma página
de material), e então corri com isso.
Bruca Donohue: Que desafios
existiam quando você teve sua conversa,
e quem surgiu com a idéia de adicionar
um cambion Vhok na história? Ou foi algo
bom demais para resistir já que Ched
Nasad é tão perto do Forte Portão
do Inferno?
Thomas: O grande desafio foi
trabalhar para que as histórias encaixassem
depois que escrevêssemos. Richard Byers
fez algumas coisas em seu primeiro esboço
que tive que voltar para incorporar no meu,
e havia algumas coisas feitas por ele que tive
que pedi-lo para remover, pois estragava o desenvolvimento
de uma grande trama da minha história.
O mesmo aconteceu com Rich Baker, que me seguiu.
O cambion é um bom exemplo. Na verdade
eu inventei isso sozinho, e Rich teve que incluí-lo
no seu material durante as revisões.
Tanto quanto o cambion por si só já
é importante, eu sabia que o grupo estava
indo para Ched Nasad, então sabia que
eles passariam perto do Forte Portão
do Inferno, então fiz uma pesquisa e
trouxe Khaanyr Vhok e seu adorável outro
significante do Guia de Drizzt Do’Urden
para o Subterrâneo.
Bruce Donohue: Excelente o
cambion, Thomas. Ainda é seu pequeno
e às vezes negro coração.
Thomas: Eles eram personagens
tão intrigantes, que instantaneamente
comecei a enxergar as possibilidades para eles
na minha história. Então eu os
encaixei. Aparentemente, R. A. Salvatore gostou
bastante, pois disse ao resto dos escritores
para usá-los.
Teshico: Como é trabalhar
com personagens que você não criou?
Desde o primeiro livro da série, os leitores
já tinham uma idéia de como cada
personagem pensa e o que fariam em certas situações.
Como um pensador independente, quão difícil
foi para você trabalhar com personagens
que já foram desenvolvidos para você?
Thomas: Boa pergunta. Foi tanto
difícil quanto intrigante. Tive que ter
o bastante de Pharaun, por exemplo, que o Sr.
Byers criou de uma maneira que o faria ser reconhecido,
e me sentir confortável o escrevendo.
Então isso foi complicado. Tenho certeza
de que você vai notar algumas diferenças,
apenas porque meu estilo de escrita é
diferente, e eu provavelmente escolhi lidar
com aspectos diferentes do personagem. Mas ele
ainda é o mesmo drow. Por outro lado,
ainda, ter um personagem já definido
foi interessante, pois foi como conhecer alguém,
então a história praticamente
se contou. Não tive que me perguntar
“O que Pharaun faria aqui?” tão
freqüentemente. Era como se já estivesse
claro na minha mente. Tive que criar alguns
personagens sozinho, circunstancialmente. Eu
não estava completamente forçado
a personagens que já estavam na história.
Wizo_dabus: Você sabe
de qualquer outro suplemento de jogo que vai
complementar a série War of the Spider
Queen?
Thomas: Não sei, dabus.
O departamento de RPG pode estar planejando
mais algum, mas não sei sobre isso.
Antony_margolan: Qual foi a
parte mais difícil ao escrever esse livro
para você?
Thomas: Saber se eu estava
dando ao Bob uma história que ele realmente
gostasse. Achei que pudesse fazer isso, então
seu público tradicional também
gostaria. Espero que tenha conseguido. Depois
de meu segundo esboço ter ido para ele
para outra revisão, ouvi que o filho
dele realmente gostou, e aparentemente, o filho
dele é muito crítico. Então
isso me fez sentir bem. E ouvi de outras fontes
que Bob estava realmente satisfeito, então
acho que fiz certo. Vamos ver o que o resto
de vocês pensa.
Bruce_donohue: Thomas, você
acha que quanto mais é escrito sobre
os drows, menos eles se tornam maravilhosos,
misteriosos e assustadores? O motivo pelo qual
pergunto isso é porque uma vez R. A.
disse, e eu reproduzo: “Uma das coisas
que me importunou sobre a evolução
do drow foi quando Drizzt fez sucesso, surgiu
essa mentalidade de fazermos mais drows bons,
que, penso eu, defende o propósito do
romance em primeiro lugar. Eu pessoalmente não
gosto de drows como personagens jogáveis;
eu nem ao menos gosto deles como “apenas
mais uma raça”. Para mim, eles
são maravilhosos, misteriosos e assustadores”.
O que você pensa sobre isso?
Thomas: Pergunta interessante,
mas tenho uma única opinião sobre
isso.
Bruce_donohue: Ótimo!
Thomas: Sou um jogador de longa
data. Na verdade, comecei com a TSR há
mais de uma década atrás como
editor. Mas eu nunca fui muito interessado no
“monstro do dia”, e eu nunca tive
que ter um monte de livros de monstros nos meus
jogos. Para mim, nunca é sobre uma raça
de criaturas. Eu gostaria de mestrar uma campanha
onde houvesse apenas duas espécies diferentes,
pois para mim, a história está
nos personagens sozinhos – a história
que está sendo contada durante as aventuras.
Então não é sobre se drows
são misteriosos ou não; é
sobre se você pode pegar os drows (ou
orcs, ou kobolds) e contar uma história
interessante. E isso serve tanto para romances
quanto para jogo, tanto quanto sei. Tolkien
fez isso com orcs, é uma ótima
história, com meia dúzia de criaturas
diferentes.
Bruce_donohue: Também
acho isso. Obrigado, Thomas.
Wizo_dabus: Você prefere
o tipo de “romance colaborativo”,
ou gosta mais de começar do zero?
Thomas: Essa é uma pergunta
difícil. Há coisas legais sobre
cada tipo. O esforço colaborativo significa
que tenho que falar com outrar pessoas enquanto
estou trabalhando, no que há seus próprios
méritos escritores são, pela natureza
de seus trabalhos, criaturas solitárias).
Isso também significa que às vezes
você tem mais idéias criativas
surgindo do que teria por mim mesmo. Mas também
é legal quando você pode surgir
com uma idéia por você mesmo e
desenvolvê-la sem se preocupar.
Bruce_donohue: Thomas, alguns
de nós aqui também sabem que você
freqüenta o message board(fórum)
de FR. Você acha que essa série
terá um grande número de discussões
assim como o departamento de livros e da comunidade
de jogo?
Thomas: Essa é uma pergunta
pesada, se é que ouvi alguma. ;-) Sim,
sem dúvida haverá. Não
tanto pois eu sei que coisas específicas
que fiz não sincronizam, mas por causa
da natureza dos boards. Sei que haverá
algumas pessoas que estarão com raiva
do que eu fiz; essa é a natureza de se
escrever romances. Nem todo mundo gosta do mesmo
tipo de história então eles discutem
sobre o quanto é ou não bom. Como
escritor, tenho que escrever o que agrada a
MIM, e se é bom o suficiente para fazer
outras pessoas felizes (ou ao menos a maioria
das outras pessoas), então, posso viver
disso.
Teshico: Os Reinos Esquecidos
seguirão o mesmo caminho de personagens
divididos entre autores agora, ou é apenas
para as séries? Pessoalmente, após
ler The Sorcerer (O Feiticeiro), tive
problemas para me lembrar que a Alustriel do
Greenwood era a mesma pessoa dos livros de Salvatore
e Denning, e espero que esse tipo de coisa não
continue, mas não tenho problemas com
isso quando é uma história contínua
como a WoTSQ.
Thomas: Isso está um pouco além
da minha esfera de conhecimento. Não
sei se o departamento de livros tem uma política
ou se as coisas seguem um certo caminho, e não
posso te dizer quantos outros livros dividirão
personagens. Eu sei que eles tentam manter ao
mínimo, e que quando um autor usa o personagem
de outro, é apenas para ilustrar alguma
coisa. Em outras palavras, Troy Denning não
pode matar Alustriel, já que ela é
personagem de Ed.
Bruce_donohue: Obrigado, Thomas,
pela resposta anterior ;-) Pode nos dizer se
começaremos a ver os seguidores de alguns
dos outros deuses do panteão drow entrando
na história?
Thomas: Sim, verão.
De fato, surgirá em meu livro.
Rajak: Haverá outros
drows famosos dos livros de Elaine ou R. A.
Salvatore aparecendo nas séries?
Thomas: Não houve e
não, não apresentaremos nenhum
outro personagem existente. Foi parte do acordo
com RAS; ele não nos queria arruinando
as histórias de outros autores para isso.
Bruce_donohue: Pelo final do
seu livro, Thomas, começaremos a ter
mais dicas de que realmente uma Guerra de grande
escala está surgindo no horizonte e veremos
outra cidade drow detalhada?
Thomas: Acho que é uma
boa aposta. O título dos livros dão
boas dicas. ;-) E já que, no final de
Dissolution (Dissolução),
sabemos que os personagens vão para Ched
Nasad, é fácil presumir que veremos
mais dessa cidade.
Conway: Meu conhecimento a
respeito das séries é pequeno,
mas quero perguntar especificamente se você
pode me dizer sobre o que os livros são.
Thomas: Okay. Essa série
é chamada de War of the Spider Queen
(Guerra da Rainha Aranha). Ela é sobre
o desaparecimento misterioso de Lolth e como
os drows lidam com isso. Como o título
sugere, não lidam muito bem. Ou talvez
lidem excepcionalmente bem, ao menos aos olhos
de Lolth.
Conway: Esses livros se encaixarão
com as coisas que vemos no livro City of
the Spider Queen (Cidade da Rainha Aranha)
de D&D?
Thomas: Na verdade, o plano
é ligar CoTSQ mais fortemente à
série, mas isso não funcionou
assim (alguns detalhes foram mostrados no produto
antes do livro sair). E não tenho certeza
se o pessoal de RPG estará fazendo outro
produtos.
Shiy: Com tudo que se comenta
sobre as novas cidades sendo exploradas e novos
personagens criados, você espera que alguns
poucos personagens terão impacto no gênero
de fantasia, como o Sr. Salvatore fez com Drizzt?
Thomas: Eu ainda não
pensei sobre isso, e a natureza da história
provavelmente impede que isso aconteça.
Tudo isso é geralmente feito para ser
contido, então não sei se vocês
verão os novos personagens em livros
futuros ou não. Isso é com os
editores e com Bob. A coisa legal que tirei
dessa experiência é a chance de
escrever uma trilogia. Quero dizer, posso criar
tudo sozinho, então posso criar uns personagens
que vão ficar nela. É intitulada
The Scions of Arabar (Os descendentes
de Arabar), e o primeiro livro, The Sapphire
Crescent (A safira crescente), vai sair
em algum momento do ano que vem. Estou ansioso.
Começarei a escrever logo. (Tenho que
terminar alguns trabalhos e começar com
o livro logo).
Wizo_dabus: Bem, certamente
esperaremos por isso! Eu gostaria de agradecer
ao Sr. Reid por falar conosco hoje. Você
tem algo a dizer como conclusão?
Thomas: Apenas deixe-me reiterar
que, se vocês ainda não sabem,
Insurrection (Insurreição)
chega às lojas amanhã. Deve levar
um dia ou dois a mais, mas não se engane
com as indicações de que será
um lançamento de dezembro; a Wizards
of the Coast o adiantou para aproveitar as vendas
do Natal. Também, estarei escrevendo
uma trilogia de romances para outra editora,
o primeiro aparecerá em março,
então se vocês gostam da minha
escrita em Insurrection (Insurreição),
espero que dêem uma olhada neles também.
wizo_dabus: Caberá nas
minhas meia? : ))
Thomas: Se você tiver
pés grandes sim. ;-)
Conway: Cuidado, Sr. Reid.
E por falar, aprecio ver seus comentários
nos message boards.
Wizo_dabus: Obrigado a todos
por participarem desse chat. Obrigado, Sr. Reid,
por seu tempo.
emileeza: Obrigada por vir,
Sr. Reid!!! Espero que tenha se divertido! É
legal vermos autores como você conversarem
conosco : )
Thomas: Eu me diverti muito
conversando hoje. Tentarei aparecer nos message
boards para manter contato com vocês,
pessoal, então, se quiserem me encontrar,
olhem lá.

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