Você pode colocar o Zéfiro Ascendente em qualquer
área remota no litoral do Mar das Estrelas Cadentes,
ou situá-lo em outras áreas costeiras com pequenas
adaptações. Embora ele possivelmente sirva somente
como uma curiosidade ou um local para combater
algumas criaturas e ganhar algum tesouro no caminho
para outro lugar além daqui, este velho navio
também poderia começar uma aventura que levaria
os personagens dos jogadores a fundo no território
dos piratas. Esse enredo é apropriado para quatro
personagens de jogadores de 9º nível.

O mar é um lugar perigoso, especialmente com Umberlee
morando dentro dele e enviando desastres ao seu
capricho. Um grande número de navios afundam sob
as ondas do Mar das Estrelas Cadentes, mas tantos
navios navegam pelas águas que esses perdidos
são geralmente pouco notados. Alguns caem vítimas
da Rainha das Profundezas, enquanto outros caem
como presas dos piratas. O Mar das Estrelas Cadentes
é fundo o bastante que se um navio deslizar para
dentro de suas ondas, estará perdido para sempre.
Porém, a coisa mais certa nos Reinos é que nada
é realmente certo, e às vezes, raramente, navios
retornam das profundezas por meios misteriosos.
O grande rei pirata Immurk regeu as Ilhas dos
Piratas de 1164 CV até quando foi derrotado numa
grande batalha próximo de 1201 CV. Durante este
tempo, os piratas das Ilhas se uniram como nunca
haviam feito antes, e se tornaram mais insolentes
que em qualquer outro momento de sua história.
Alguns dizem que Immurk às vezes exigia tributos
das cidades costeiras em troca de não queimar
seus solos, mas de qualquer maneira ele os incendiava
mesmo depois do pagamento. Muitos navios viram-se
vítimas dos piratas sob o comando de Immurk, inclusive
navios de piratas inimigos. Um grande número destes
navios simplesmente desapareceu, para nunca mais
serem ouvidos novamente. A frota de guerra de
Cormyr foi duramente pressionada para derrotá-lo,
e embora ele finalmente tenha encontrado seu destino
sob as ondas, suas lendas o mantêm vivo.
Ao longo das extensões desoladas do litoral do
Mar das Estrelas Cadentes, pessoas relatam estranhos
eventos. Navios fantasmagóricos aparecem e desaparecem,
e piratas emergem das névoas para atormentar os
infortunados. Em um lugar particularmente desolado,
o mar regurgitou um pedaço do passado. Das águas
rasas de uma baía costeira ascendeu o casco de
um velho navio. Ninguém sabe quando ele apareceu
aqui pela primeira vez; nativos dizem que o fundo
do mar moveu, empurrou e expôs o naufrágio das
profundezas. Qualquer que seja a verdadeira explicação,
ele é visivelmente mais velho que sua primeira
aparência. Ele está apoiado principalmente de
um lado, exceto por um mastro estirado ao longo
da superfície da água que aponta ligeiramente
para o ar. O corpo do navio mostra algumas listras
negras, como se certa vez estivesse em fogo, e
há uma abertura no topo perto da parte de trás.
Embora o navio esteja a 18 m da orla, a água ao
redor dele tem apenas aproximadamente 3 m de profundidade,
graças a um largo banco de areia. Nada ao redor
do naufrágio sugere como ele veio parar aqui.
Ele está situado neste local há tanto tempo que
algumas algas levaram suas raízes a partes submersas.
O navio é uma caravela de dois conveses chamado
Zéfiro Ascendente; o nome aparece num
letreiro muito desbotado no lado da proa que está
enterrada no solo do mar. O navio tinha 7 m de
largura, e está enterrado 1,5 m no solo marítimo.
O mastro dianteiro permanece no seu local; os
outros dois foram destruídos há muito tempo. O
navio teve uma cabine na parte de trás debaixo
do leme, mas só parte dela permanece desde que
o ataque destruiu o convés do leme. Essa área
possuía duas cabines, mas agora ela é uma área
aberta parcialmente dentro d'água. Parte do convés
principal está faltando - que também foi queimado
no ataque que o afundou - de modo que o porão
é facilmente acessível. Porém, se a caravela estava
transportando qualquer carga, alguém a levou há
muito tempo. O porão agora está vazio exceto por
água, areia, algumas plantas submarinas que começaram
a crescer, e uma rude tartaruga-dragão que prefere
ser deixada sozinha. Entretanto, ela atacará caso
os personagens dos jogadores parecem determinados
a revistar o porão.
Tartaruga-Dragão: PV 138; veja o Livro
dos Monstros, página 237.
Chegar até o navio não é nenhum problema, mas
escalá-lo não é fácil. Já que o navio está de
lado, algumas superfícies (outras que o casco)
estão disponíveis para se caminhar. A madeira
está muito encharcada - até mesmo a que está sobre
a superfície. Muito peso poderia quebrar seções
do casco, especialmente próximo das extremidades
já quebradas. Se o casco quebrar sob o personagem
do jogador, esse aventureiro cairá dentro da água.
Os escombros que caem agem como uma chuva de lanças
de uma armadilha. A chance de uma seção do casco
se quebrar é de 35% para cada 3 m de seção. Para
adicionar um aspecto assustador, uma leve névoa
poderia cobrir todo o naufrágio na maior parte
do tempo. (Veja Camuflagem na página 152 do Livro
do Jogador; essa névoa poderia prover de modo
concebível 10% de camuflagem se o Mestre do Jogo
desejar).
Armadilha de Escombros em Queda: ND 5;
mecânica; gatilho de toque; nenhuma reativação;
Corpo a corpo: Ataque +20 (1d4 pedaços de escombro
similares a lanças por PJ 1d8/x3 cada); alvos
múltiplos (todos os PJs dentro de um quadrado
de 3 m); Procurar (CD 20) para encontrar seções
fracas; Operar Mecanismo (CD 20). Preço de
mercado: 12,500 PO.
Immurk afundou o Zéfiro Ascendente na plenitude
de seu poder por causa de algo que ele transportava.
Algo que ainda está a bordo, esperando para ser
encontrado. Ao contrário da maioria dos piratas,
Immurk tinha várias localizações para seus acúmulos.
A maioria de sua riqueza foi "investida" na Ilha
do Dragão e em sua frota, mas ele manteve algum
resguardado para um dia chuvoso. Com o passar
do tempo, ele resguardou mais que o acúmulo de
um dia chuvoso. Seu local mais secreto era numa
caverna submarina do lado mais ao sul das Ilhas
dos Piratas. Esse acúmulo, ele gabava-se, iria
ser voltado ao seu sucessor, e continha objetos
dados como presentes ao próprio Immurk. Através
desses presentes, seu sucessor, ele ou ela, iria
confirmar seu direito ao legado de Immurk. A localização
desse acúmulo foi codificada de alguma maneira
na estátua dourada de um navio, e essa estátua
posou de forma destacada no castelo do rei pirata.
Já que Immurk nunca anunciou um sucessor (ele
não teve tempo), e o navio dourado perdeu-se há
muito tempo, a maioria das histórias são lendas
e o que restou do conto é que Immurk tinha um
acúmulo secreto.
O navio dourado desapareceu porque o capitão do
Zéfiro Ascendente, em um movimento audaz,
o roubou de Immurk antes que ele pudesse levantar
vela pela última vez. Immurk procurou, mas nunca
encontrou a estátua no Zéfiro Ascendente
antes que afundasse; o capitão o escondeu num
compartimento secreto atrás da parede do navio
assim que foi a bordo, por isso a tripulação nunca
soube que estava lá. E permanece ali até hoje.
A capa e a encadernação do diário de bordo apodreceram
por fora, mas suas páginas de pergaminho ainda
estão intactas. O PJs podem ler as páginas (que
estão escritas em Chondathan) se primeiro eles
cuidadosamente separarem e as secarem. O diário
descreve algumas missões de pirataria, e lista
saques capturados e os valores que o capitão compartilhou
com a tripulação e com Immurk. Depois, as escrituras
registram o capitão cultivando um descontentamento
em servir Immurk o qual ele caracterizou como
um bárbaro rude. As últimas escrituras descrevem
o navio deixando porto na Ilha do Dragão e navegando
em direção a Cormyr. Então, uma escritura diz,
"Um navio se aproxima rapidamente e busca nos
golpear. Ele traz ao vento a bandeira de Lorde
Immurk. Eu temo que meu roubo tenha sido descoberto
e espero que não tenha conduzido minha tripulação
às suas mortes". E então termina.
A capa e a encadernação do diário de bordo apodreceram
por fora, mas suas páginas de pergaminho ainda
estão intactas. O PJs podem ler as páginas (que
estão escritas em Chondathan) se primeiro eles
cuidadosamente separarem e as secarem. O diário
descreve algumas missões de pirataria, e lista
saques capturados e os valores que o capitão compartilhou
com a tripulação e com Immurk. Depois, as escrituras
registram o capitão cultivando um descontentamento
em servir Immurk o qual ele caracterizou como
um bárbaro rude. As últimas escrituras descrevem
o navio deixando porto na Ilha do Dragão e navegando
em direção a Cormyr. Então, uma escritura diz,
"Um navio se aproxima rapidamente e busca nos
golpear. Ele traz ao vento a bandeira de Lorde
Immurk. Eu temo que meu roubo tenha sido descoberto
e espero que não tenha conduzido minha tripulação
às suas mortes". E então termina.
O compartimento secreto sob o beliche do capitão
está agora debaixo d'água, e desse modo é mais
difícil de encontrar (Procurar CD 26). Uma simples
armadilha de agulha que foi danificada quando
o navio emergiu para sua atual localização o protege
(Procurar CD 20). O compartimento secreto na parede
do navio onde o modelo dourado jaz esperando,
foi disfarçado com perspicácia e também está enterrado
no chão do mar. Uma vez encontrado (Procurar CD
28), os personagens dos jogadores devem desenterrá-lo
antes de tentar abrir. Uma fechadura de boa qualidade
o mantém seguro (Abrir Fechaduras CD 30), entretanto
os personagens podem quebrar o painel com um teste
de Força (CD 18). (Uma CD baixa devido à condição
da madeira). Se alguém tentar mover a porta sem
abrir a fechadura corretamente (ou caso não tenha
aberto a fechadura), uma armadilha de lança é
disparada pela porta secreta.
Armadilha de Lança Envenenada: ND 6; mecânica;
gatilho de toque; nenhuma reativação; transpor
a fechadura (Abrir Fechaduras [CD 30]); Corpo
a corpo: Ataque +15 (2d8+4/x3 mais veneno, lança);
veneno (escorpião monstruoso grande, Fortitude
[CD 18] anula, 1d6 For/1d6 For); Procurar (CD
28); Operar Mecanismo (CD 24). Preço de mercado:
26,600 PO.
Achar o modelo do navio, e entender o que ele
representa, são duas coisas diferentes. Em uma
campanha, os personagens dos jogadores poderiam
encontrar o navio e mais tarde descobrirem que
o modelo poderá conduzi-los a uma grande riqueza.
Até lá eles podem ter que recuperá-lo de alguma
maneira. A codificação no navio adapta-se à sinalização
feita por Immurk num mapa escondido por ele em
seu castelo na Ilha do Dragão. O mapa permanece
lá desde a época em que o modelo foi perdido em
alto mar, e os PJs devem achá-lo para tentarem
reivindicar o tesouro para si. O navio dourado
vale 16,000 PO para um colecionador, possivelmente
mais. O tesouro para o qual ele conduz vale, pelo
menos, quase cinco vezes mais.
Recursos de jogo: Para um melhor uso do
material neste artigo, confira as seguintes fontes:
Forgotten Realms Cenário de Campanha,
Livro do Jogador, Livro dos Monstros, Livro do
Mestre .

Sobre o Autor
Robert Wiese é um veterano dos escritórios da
RPGA onde trabalhou durante sete anos sendo um
membro desde os idos de 1991. Nesse tempo ele
escreveu mais de 60 enredos de aventura para o
clube, alguns artigos para a revista Polyhedron,
e o Living Force Campaign Guide (esse último
com Morrie Mullins). Ele também desenvolveu campanhas
de Living Greyhawk e Living Force junto com maravilhosos
membros. Agora ele trabalha na Universidade de
Nevada em Reno no departamento de Bioquímica,
provando que você nunca deve dizer aonde irá terminar.
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