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Locais de Aventura
 
Um Navio do Passado
Por Robert Wiese
Tradução por Juca Tollabur, Immortals RPG Club, Patos de Minas - MG.

Você pode colocar o Zéfiro Ascendente em qualquer área remota no litoral do Mar das Estrelas Cadentes, ou situá-lo em outras áreas costeiras com pequenas adaptações. Embora ele possivelmente sirva somente como uma curiosidade ou um local para combater algumas criaturas e ganhar algum tesouro no caminho para outro lugar além daqui, este velho navio também poderia começar uma aventura que levaria os personagens dos jogadores a fundo no território dos piratas. Esse enredo é apropriado para quatro personagens de jogadores de 9º nível.



O mar é um lugar perigoso, especialmente com Umberlee morando dentro dele e enviando desastres ao seu capricho. Um grande número de navios afundam sob as ondas do Mar das Estrelas Cadentes, mas tantos navios navegam pelas águas que esses perdidos são geralmente pouco notados. Alguns caem vítimas da Rainha das Profundezas, enquanto outros caem como presas dos piratas. O Mar das Estrelas Cadentes é fundo o bastante que se um navio deslizar para dentro de suas ondas, estará perdido para sempre. Porém, a coisa mais certa nos Reinos é que nada é realmente certo, e às vezes, raramente, navios retornam das profundezas por meios misteriosos.

O grande rei pirata Immurk regeu as Ilhas dos Piratas de 1164 CV até quando foi derrotado numa grande batalha próximo de 1201 CV. Durante este tempo, os piratas das Ilhas se uniram como nunca haviam feito antes, e se tornaram mais insolentes que em qualquer outro momento de sua história. Alguns dizem que Immurk às vezes exigia tributos das cidades costeiras em troca de não queimar seus solos, mas de qualquer maneira ele os incendiava mesmo depois do pagamento. Muitos navios viram-se vítimas dos piratas sob o comando de Immurk, inclusive navios de piratas inimigos. Um grande número destes navios simplesmente desapareceu, para nunca mais serem ouvidos novamente. A frota de guerra de Cormyr foi duramente pressionada para derrotá-lo, e embora ele finalmente tenha encontrado seu destino sob as ondas, suas lendas o mantêm vivo.

Ao longo das extensões desoladas do litoral do Mar das Estrelas Cadentes, pessoas relatam estranhos eventos. Navios fantasmagóricos aparecem e desaparecem, e piratas emergem das névoas para atormentar os infortunados. Em um lugar particularmente desolado, o mar regurgitou um pedaço do passado. Das águas rasas de uma baía costeira ascendeu o casco de um velho navio. Ninguém sabe quando ele apareceu aqui pela primeira vez; nativos dizem que o fundo do mar moveu, empurrou e expôs o naufrágio das profundezas. Qualquer que seja a verdadeira explicação, ele é visivelmente mais velho que sua primeira aparência. Ele está apoiado principalmente de um lado, exceto por um mastro estirado ao longo da superfície da água que aponta ligeiramente para o ar. O corpo do navio mostra algumas listras negras, como se certa vez estivesse em fogo, e há uma abertura no topo perto da parte de trás. Embora o navio esteja a 18 m da orla, a água ao redor dele tem apenas aproximadamente 3 m de profundidade, graças a um largo banco de areia. Nada ao redor do naufrágio sugere como ele veio parar aqui. Ele está situado neste local há tanto tempo que algumas algas levaram suas raízes a partes submersas.

O navio é uma caravela de dois conveses chamado Zéfiro Ascendente; o nome aparece num letreiro muito desbotado no lado da proa que está enterrada no solo do mar. O navio tinha 7 m de largura, e está enterrado 1,5 m no solo marítimo. O mastro dianteiro permanece no seu local; os outros dois foram destruídos há muito tempo. O navio teve uma cabine na parte de trás debaixo do leme, mas só parte dela permanece desde que o ataque destruiu o convés do leme. Essa área possuía duas cabines, mas agora ela é uma área aberta parcialmente dentro d'água. Parte do convés principal está faltando - que também foi queimado no ataque que o afundou - de modo que o porão é facilmente acessível. Porém, se a caravela estava transportando qualquer carga, alguém a levou há muito tempo. O porão agora está vazio exceto por água, areia, algumas plantas submarinas que começaram a crescer, e uma rude tartaruga-dragão que prefere ser deixada sozinha. Entretanto, ela atacará caso os personagens dos jogadores parecem determinados a revistar o porão.

Tartaruga-Dragão: PV 138; veja o Livro dos Monstros, página 237.

Chegar até o navio não é nenhum problema, mas escalá-lo não é fácil. Já que o navio está de lado, algumas superfícies (outras que o casco) estão disponíveis para se caminhar. A madeira está muito encharcada - até mesmo a que está sobre a superfície. Muito peso poderia quebrar seções do casco, especialmente próximo das extremidades já quebradas. Se o casco quebrar sob o personagem do jogador, esse aventureiro cairá dentro da água. Os escombros que caem agem como uma chuva de lanças de uma armadilha. A chance de uma seção do casco se quebrar é de 35% para cada 3 m de seção. Para adicionar um aspecto assustador, uma leve névoa poderia cobrir todo o naufrágio na maior parte do tempo. (Veja Camuflagem na página 152 do Livro do Jogador; essa névoa poderia prover de modo concebível 10% de camuflagem se o Mestre do Jogo desejar).

Armadilha de Escombros em Queda: ND 5; mecânica; gatilho de toque; nenhuma reativação; Corpo a corpo: Ataque +20 (1d4 pedaços de escombro similares a lanças por PJ 1d8/x3 cada); alvos múltiplos (todos os PJs dentro de um quadrado de 3 m); Procurar (CD 20) para encontrar seções fracas; Operar Mecanismo (CD 20). Preço de mercado: 12,500 PO.

Immurk afundou o Zéfiro Ascendente na plenitude de seu poder por causa de algo que ele transportava. Algo que ainda está a bordo, esperando para ser encontrado. Ao contrário da maioria dos piratas, Immurk tinha várias localizações para seus acúmulos. A maioria de sua riqueza foi "investida" na Ilha do Dragão e em sua frota, mas ele manteve algum resguardado para um dia chuvoso. Com o passar do tempo, ele resguardou mais que o acúmulo de um dia chuvoso. Seu local mais secreto era numa caverna submarina do lado mais ao sul das Ilhas dos Piratas. Esse acúmulo, ele gabava-se, iria ser voltado ao seu sucessor, e continha objetos dados como presentes ao próprio Immurk. Através desses presentes, seu sucessor, ele ou ela, iria confirmar seu direito ao legado de Immurk. A localização desse acúmulo foi codificada de alguma maneira na estátua dourada de um navio, e essa estátua posou de forma destacada no castelo do rei pirata. Já que Immurk nunca anunciou um sucessor (ele não teve tempo), e o navio dourado perdeu-se há muito tempo, a maioria das histórias são lendas e o que restou do conto é que Immurk tinha um acúmulo secreto.

O navio dourado desapareceu porque o capitão do Zéfiro Ascendente, em um movimento audaz, o roubou de Immurk antes que ele pudesse levantar vela pela última vez. Immurk procurou, mas nunca encontrou a estátua no Zéfiro Ascendente antes que afundasse; o capitão o escondeu num compartimento secreto atrás da parede do navio assim que foi a bordo, por isso a tripulação nunca soube que estava lá. E permanece ali até hoje.

A capa e a encadernação do diário de bordo apodreceram por fora, mas suas páginas de pergaminho ainda estão intactas. O PJs podem ler as páginas (que estão escritas em Chondathan) se primeiro eles cuidadosamente separarem e as secarem. O diário descreve algumas missões de pirataria, e lista saques capturados e os valores que o capitão compartilhou com a tripulação e com Immurk. Depois, as escrituras registram o capitão cultivando um descontentamento em servir Immurk o qual ele caracterizou como um bárbaro rude. As últimas escrituras descrevem o navio deixando porto na Ilha do Dragão e navegando em direção a Cormyr. Então, uma escritura diz, "Um navio se aproxima rapidamente e busca nos golpear. Ele traz ao vento a bandeira de Lorde Immurk. Eu temo que meu roubo tenha sido descoberto e espero que não tenha conduzido minha tripulação às suas mortes". E então termina.

A capa e a encadernação do diário de bordo apodreceram por fora, mas suas páginas de pergaminho ainda estão intactas. O PJs podem ler as páginas (que estão escritas em Chondathan) se primeiro eles cuidadosamente separarem e as secarem. O diário descreve algumas missões de pirataria, e lista saques capturados e os valores que o capitão compartilhou com a tripulação e com Immurk. Depois, as escrituras registram o capitão cultivando um descontentamento em servir Immurk o qual ele caracterizou como um bárbaro rude. As últimas escrituras descrevem o navio deixando porto na Ilha do Dragão e navegando em direção a Cormyr. Então, uma escritura diz, "Um navio se aproxima rapidamente e busca nos golpear. Ele traz ao vento a bandeira de Lorde Immurk. Eu temo que meu roubo tenha sido descoberto e espero que não tenha conduzido minha tripulação às suas mortes". E então termina.

O compartimento secreto sob o beliche do capitão está agora debaixo d'água, e desse modo é mais difícil de encontrar (Procurar CD 26). Uma simples armadilha de agulha que foi danificada quando o navio emergiu para sua atual localização o protege (Procurar CD 20). O compartimento secreto na parede do navio onde o modelo dourado jaz esperando, foi disfarçado com perspicácia e também está enterrado no chão do mar. Uma vez encontrado (Procurar CD 28), os personagens dos jogadores devem desenterrá-lo antes de tentar abrir. Uma fechadura de boa qualidade o mantém seguro (Abrir Fechaduras CD 30), entretanto os personagens podem quebrar o painel com um teste de Força (CD 18). (Uma CD baixa devido à condição da madeira). Se alguém tentar mover a porta sem abrir a fechadura corretamente (ou caso não tenha aberto a fechadura), uma armadilha de lança é disparada pela porta secreta.

Armadilha de Lança Envenenada: ND 6; mecânica; gatilho de toque; nenhuma reativação; transpor a fechadura (Abrir Fechaduras [CD 30]); Corpo a corpo: Ataque +15 (2d8+4/x3 mais veneno, lança); veneno (escorpião monstruoso grande, Fortitude [CD 18] anula, 1d6 For/1d6 For); Procurar (CD 28); Operar Mecanismo (CD 24). Preço de mercado: 26,600 PO.

Achar o modelo do navio, e entender o que ele representa, são duas coisas diferentes. Em uma campanha, os personagens dos jogadores poderiam encontrar o navio e mais tarde descobrirem que o modelo poderá conduzi-los a uma grande riqueza. Até lá eles podem ter que recuperá-lo de alguma maneira. A codificação no navio adapta-se à sinalização feita por Immurk num mapa escondido por ele em seu castelo na Ilha do Dragão. O mapa permanece lá desde a época em que o modelo foi perdido em alto mar, e os PJs devem achá-lo para tentarem reivindicar o tesouro para si. O navio dourado vale 16,000 PO para um colecionador, possivelmente mais. O tesouro para o qual ele conduz vale, pelo menos, quase cinco vezes mais.

Recursos de jogo: Para um melhor uso do material neste artigo, confira as seguintes fontes: Forgotten Realms Cenário de Campanha, Livro do Jogador, Livro dos Monstros, Livro do Mestre .



Sobre o Autor

Robert Wiese é um veterano dos escritórios da RPGA onde trabalhou durante sete anos sendo um membro desde os idos de 1991. Nesse tempo ele escreveu mais de 60 enredos de aventura para o clube, alguns artigos para a revista Polyhedron, e o Living Force Campaign Guide (esse último com Morrie Mullins). Ele também desenvolveu campanhas de Living Greyhawk e Living Force junto com maravilhosos membros. Agora ele trabalha na Universidade de Nevada em Reno no departamento de Bioquímica, provando que você nunca deve dizer aonde irá terminar.

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