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Guia de Viagem de Rand
 
Coisas Estranhas e Mortes nas Fronteiras Prateadas

Por Ed Greewood e Jason Carl
Tradução por Daniel Bartolomei Vieira e Priscila Veduatto.


Rand Espada Afiada, colecionador de pedaços de viagens e informações geográficas, traz a você mais detalhes sobre a Terra dos Vales. Rand proporciona estes para suplementar a informação encontrada nas Fronteiras Prateadas.

Globos de Fluxo: Uma Ajuda aos Viajantes

Se você está considerando explorar áreas ficam escuros, considere encontrar e usar um globo de fluxo. Globos de fluxo são muito populares entre aventureiros de todos os tipos e eles geralmente auxiliam aqueles que possuem uma programação apertada de viagens e que não podem parar nem quando a noite cai.

Esta pequena esfera de vidro fino irradia luz ao comando, e ele pode projetar luz do dia por uma hora por um segundo comando (50 cargas). Um terceiro comando faz com que o globo de fluxo suba no ar e siga a criatura que a estiver tocando quando o comando for dito, muito parecido com o disco flutuante de Tenser. O globo flutua cerca de 2 m acima do chão e a 1,5 de distância de seu dono, e possui movimentação de 15 m. Ele cai no chão se seu dono se mover muito rápido para mantê-lo ao seu lado. O globo de fluxo pode suportar 2,5 kg de peso se qualquer tipo de correia ou rede for rapidamente sobre ele para segurá-lo. Ele cai lentamente no chão quando comandado ou tocado novamente pela criatura que ele segue.

Nível de Conjurador: 5º; Pré-requisitos: Criar Itens Maravilhosos, luz do dia, disco flutuante de Tenser; Preço de Mercado: 7,200 po; Peso: 0,5 kg.

Conselhos aos Viajantes

Gigantes de Pedra: Aqueles viajando através das montanhas, sejam cuidadosos. Menos perigosos às comunidades das Fronteiras Prateadas do que seus irmãos, os gigantes de pedra tendem a permanecer em seus fortes nas montanhas a menos que grandes necessidades os forcem a entrar nas terras baixas. Tem sido assim a pelo menos um século desde que uma gangue de gigantes de pedra atacou pela última fez um assentamento na área. Viajantes passando pelas montanhas podem encontrar perigos em sua rota pelos eventos esportivos que esse povo conduz às vezes, diretamente no meio das passagens. O viajante sábio recua até uma distância segura e espera o fim do jogo, melhor do que se arriscar a ser golpeado contra a montanha por uma rocha perdida.

Ents e Água: Se você está pensando em negociar duramente com ents por qualquer razão, tome cuidado! Os ents da Floresta Alta aprenderam um truque pouco comum: entrarem na água para reduzirem sua vulnerabilidade ao fogo ou carregar água para combater incêndios na floresta. Um ent deve permanecer numa piscina de água a pelo menos 1 m de profundidade para fazer isto, e requer uma rodada de ação completa para absorver 450 L de água. Água carregada deste modo é descontado da capacidade de carga dos ents.

Um ent típico pode carregar 930 kg (aproximadamente 900 L) de água ou menos como carga leve, 1860 kg (aproximadamente 1800 L) como carga média, e cerca de 2800 kg (3180 L) como carga pesada. Para perder sua vulnerabilidade ao fogo, o ent deve carregar uma carga pesada de água, sofrendo as penalidades normais por fazer isto (consulte o Capítulo 9 do Livro do Jogador).

Um ent pode liberar 450 L de água pelas sua folhas, casco ou raízes como uma ação padrão.

Guardas Fantasma Árvore: Apesar de você já estar avisado sobre isso, uma força nada menor do que dez Fantasmas da Árvore combatentes (CN humano Brb2) está sempre nas vizinhanças de Vovô Árvore. Então, se você possui negócios lá e não é exatamente amigo dessas pessoas, olhe atrás de si e não espere uma visita fácil.

Histórias Contadas ao Redor da Fogueira

Os Perigos da Estrada

Como contadas para mim pela guarda de caravana Melenthros

Melenthros possui um pouco de bardo em si. Pelo menos foi o que o resto de nós pensou. Ele contou várias histórias ao redor da fogueira quando ele viajava. Parecia ser assim desse jeito, um momento de descanso após um longo dia de jornada, acampando para a vigília noturna. Depois que ele perdeu um braço numa briga com trolls na Floresta Alta, ele foi em direção a Lua Argêntea. Ele mencionou que se movimentava aos tropeços por lá. Suas habilidades eram tais que a falta de um braço não o atrasou muito, mas claramente ele sentiu que era hora para acampar um pouco. Ele nos contou esta pequena história de aviso antes de nos deixar para sempre.


A sala comunal dos Braços de Auvandell estava cheio esta noite, Nimoeth pensou. Magro e forte como um lobo velho, o taverneiro parou seu trabalho para inspecionar a sala em caso de um perigo à espreita. Nimoeth carregava um bastão em seu cinto ao invés da espada que ele carregava quando era aventureiro, mas ele era hábil no uso deste. Ele sente falta daqueles dias, é claro – esta manhã mesmo ele viu um bando de desbravadores indo em direção à Lua Argêntea.

A taverna parecia calma o suficiente esta noite. Uma dúzia de pessoas e mais uma dúzia de viajantes presos ali pela tempestade de gelo conversavam e riam, gritavam e dançavam, como se através da bebida eles pudessem se manter afastados dos ventos frios que rugiam lá fora. Numa noite como essa somente um tolo se atreveria a enfrentar a Passagem de Lua Argêntea, e Nimoeth possuía uma sala cheia de clientes ocupados em comer uma comida saudável e beber uma boa bebida. Ao final da noite ele possuía uma boa quantidade de dinheiro. O vento lamentava do lado de fora, frio e amargo, e Nimoeth encontrou-se desejando que aqueles aventureiros tivessem encontrado abrigo. Talvez ele não tivesse perdido tanto assim, afinal de contas.

A pesada porta de carvalho da taverna sacudiu e foi socada, então se abriu completamente enquanto um anão de ombros largos abria caminho para dentro da sala. Neve e frio passaram por ele. Muitos dos cidadãos na sala xingaram e se aconchegaram para se aquecer. “Feche a porta, tolo!”, alguém reclamou em um canto. Outros aderiam ao seu protesto. Nimoeth ajeitou-se atrás do balcão para lançar um xingamento também, mas as palavras morreram em seus lábios.

O rosto e as mãos do anão estavam mortalmente brancas. Um floco de neve grudou em sua barba e a neve fina polvilhou sua capa. E ele meio que carregava outro viajante, uma elfa que apoiava-se a seu lado, olhos fechados, uma máscara de gelo cobrindo seu rosto. O anão deus dois passos para dentro da taverna e então caiu no chão com um baque, ainda tentando segurar sua companheira. “Chá”, ele resmungou. “Chá de maçã. Algo quente, e já. E por Moradin, alguém traga um clérigo ou curandeiro”.

A sala caiu em silêncio. Nimoeth pegou Barik, o garoto da cozinha, pela manga da camisa e apontou a porta dos fundos. “Rápido, rapaz, traga o Irmão Thamin!”. Então, enquanto o garoto corria para procurar ajuda, o taverneiro e suas garçonetes apressaram-se na direção dos dois viajantes congelados com cobertores e canecas de água quente. “Aqui, Sr. Hurwald”, o taverneiro disse calmamente. “Nós cuidaremos dela agora. Há outros de seu grupo na tempestade ainda?”.

O anão olhou para cima, com um sofrimento indescritível em seu rosto congelado. “Você não os encontrará. Avalanche, talvez 8 km dentro da passagem. A montanha os levou, amigo”.

Uma Descrição de Felbarr

Como contada para mim pelo Mestre de Caravanas Llythnul

O Mestre de Caravans Llythnul tinha isto a nos dizer sobre nosso destino quando eu tive a honra de trabalhar para ele uma vez. Eu não iria para a Cidadela Felbarr até então, e eu nem daria uma olhadinha nela depois de ter ouvido isso, tampouco. Ela é precisa.


Felbarr não é o fim do mundo, mas você pode vê-lo de lá. Nós tivemos que parar em Sundabar para contratar mais guardas, pois nós sempre acabávamos precisando de pelo menos um terço a mais do que já tínhamos. Às vezes, se estivéssemos com sorte, nós contratávamos o serviço de um grupo de aventureiros que estivessem indo na mesma direção. Você tinha que ser cuidadoso sobre estes grupos, de qualquer forma: Há bandos de aventureiros que se voltam contra você no meio da viagem, tiram de você todas as moedas e carroças e o deixam esperando pelos ursos atrozes arrancarem a carne de seus ossos.

E uma vez que você chegue na Cidadela, ela é toda torres de pedras e pesadas estacas de metal, além de armadilhas mortais que você nem pode imaginar. E fumaça – muita fumaça nojenta e fedorenta, porque os anões expelem suas cadeiras acima do solo. E tudo ao redor, em todas as direções, nada mais é do que uma vastidão gritante. Mas acredite ou não, o povo de Felbarr são uns dos meus melhores clientes.

Sobre Cães e Experiência

Como contada para mim pela guarda de caravanas Alena Strathford

Eu ouvi isto quando estava na Cabra Dançarina. Se uma lição pode ser aprendida nesta história é “nunca subestime seus inimigos”, e talvez também “cães podem ser grandes aliados”. A guarda que a contou era uma coisinha linda, apesar usar perigosamente duas espadas. Um garoto de barba rala, bêbado (e muito bêbado), tentou mostrar a ela um pouco de atenção, e acabou encontrando-se no chão com ambas as lâminas em sua garganta antes mesmo de respirar outra vez. Mas o que deixou o show mais interessante foi o enorme cachorro que ficou parado em cima de seu peito por mais de uma hora, mantendo ele no chão enquanto ela festejava. É dito que Alena sempre tem um cão ou até mesmo um lobo perto dela o tempo todo.


Os cães provavelmente salvaram a vida de Helver.

Ele estava dormindo sonoramente, enterrado sob um grosso cobertor de lã para fugir do frio de uma noite de começo de primavera, quando Canino e Falange fizeram uma algazarra que teria despertado um anão bêbado como uma pedra. Helver acordou num instante, jogando seu cobertor para o lado e levantando-se da cama. Do lado de fora, os cães latidos dos cães se tornaram resmungos e rosnados, e agora Helver ouviu o grosseiro barulho de orcs – muitos deles.

Ele voltou a se cobrir e pegou o velho machado grande que estava preso na lareira. Sua lâmina brilhou na meia luz. Helver levantou a arma e se voltou para a porta, mas neste momento a cabana inteira tremeu enquanto um orc enorme derrubou a porta da frente. “Você acha que eu tenho medo de um machado nas mãos de um fazendeiro?”, rugiu o orc.

“Eu não ligo para o que você pensa”, retrucou Helver. Ele fez cara de raiva e esperou.

O orc rugiu em desafio e correu adiante brandindo sua espada de aspecto terrível. Com um poderoso salto, o orc cortou de cima para baixo o crânio de Helver. Mas Helver não estava lá. Ele girou para um lado e virou-se, fazendo seu machado assobiar ao redor num arco mortal que abriu caminho no braço armado do orc e em seu peito, lançando a criatura no chão de pedra ladrilhada. Então o fazendeiro puxou com violência do primeiro orc e agachou diante do golpe selvagem de um segundo orc. Este levou a lâmina do machado debaixo do queixo e quase teve sua cabeça arrancada.

Helver limpou o sangue de seu rosto e olhou para o terceiro orc emoldurado pelo batente de sua porta. Este hesitou, vendo as formas ensangüentadas espalhadas pelo chão da cabana. “Está certo, eu os matei”, Helver rosnou, saltando o corpo do segundo orc. Ele balançou seu machado na direção do orc que estava na porta. “Eu matei gigantes com este machado, seu imbecil com cara de javali. Quanto tempo você acha que vai levar para eu te matar?”

O orc deu alguns passos para trás cautelosamente, então se virou e correu – mas não para muito longe. Canino e Falange o cercaram contra o muro de pedra. Helver sentou-se soleira da porta, olhando para sua terra e para as montanhas enluaradas além. “Malditos orcs”, ele murmurou, mas lá estava um sorriso em seus lábios. Foi bom saber que as lições aprendidas em dez anos de aventuras ainda permaneciam com ele.

Perigos Encontrados Enquanto Patrulhando

Como contado para mim pelo guarda de caravana Hiran

Hiran disse que isto aconteceu com Morvin, um compatriota e amigo se sua irmã Amhira, enquanto patrulhava um grupo de orc. Eu não sei se esta é a verdade, mas certamente lembra você de não fazer nenhum movimento até se saber com certeza com o que está lidando. Algumas vezes, a situação não dá trégua, entretanto, você pode tirar uma lição de que coisas ruins apenas acontecem e pode não haver qualquer coisa que se possa fazer sobre isso, mas faça o melhor que puder. Pessoalmente, eu teria ao menos encarado a morte com meus olhos abertos e tentaria buscar uma vantagem da situação apenas no caso de ele ter sido apresentado a mim num momento terrível como este.


Uma névoa congelante caiu sobre Morvin enquanto ele engatinhava pela floresta sob a cobertura da noite. As brumas geladas desceram tão rapidamente que ele primeiro acreditou ser o serviço de um feiticeiro ou mago inimigo. Então ele percebeu que as brumas eram de origem natural. Este tipo de fenômeno acontecia o tempo todo nas Fronteiras Prateadas, principalmente nesta época do ano. Apenas a alguns minutos atrás ele estava avançando facilmente, mas lentamente, iluminado pelas estrelas que penetrava entre os galhos nus do outono, mas agora ele não podia ver quase nada.

“Isto é terrível”, ele pensou. Já é ruim suficiente ter uma patrulha orc em algum lugar à frente, mas agora ele não poderia nem ver os orcs, mesmo que tropeçasse neles! Ele abaixou-se sobre seus calcanhares atrás da segurança duvidosa de uma jovem videira enquanto analisava a situação. Um rápido olhar para a direita e para a esquerda confirmou o que suspeitava – ele não poderia ver nem aos seus companheiros. Ele rangeu os dentes em frustração. Sem Amhira e Punarthan esta missão para espiar os movimentos da patrulha orc, haveria pouca chance de sucesso.

Subitamente, as narinas de Morvin preencheram-se com um odor acre e ruim. Ele fez uma careta silenciosa. Qualquer coisa que fosse, tinha o cheiro de uma carcaça apodrecida que ficou muito tempo debaixo de um quente sol de verão. Então, pensou consigo mesmo “Orcs!” nada mais cheirava assim tão ruim. Ele deveria estar bem próximo da patrulha. Mas seus olhos não poderiam trazer a ele nenhuma ajuda enquanto o nevoeiro durasse.

Apurando seus ouvidos, ele segurou a respiração enquanto escutava por mais pistas sobre a localização dos orcs. Então, ele ouviu: alguma coisa se movia a sua esquerda, talvez duas ou três dúzias de passos. Julgando pelo som, era um, talvez dois orcs espreitando pela floresta. “Provavelmente separados do resto do resto da patrulha”, Morvin pensou, “assim como eu. Mas o que eu faço agora?”

A pergunta foi respondida para ele enquanto o barulho e o fedor aumentavam. Cuidadosamente, ele soltou a espada da bainha e alcançou a adaga de caça, presa em sua bota. O odor de carne podre aumentou ainda mais e ele pode ouvir distintamente a respiração profunda e ofegante de uma das criaturas assim que ela espreitava entre as árvores.

Morvin apertou fortemente suas armas. Ele deveria ver os orcs a qualquer segundo agora, e ele teria uma única chance de atacar de surpresa.

“Espere”, ele pensou consigo mesmo. “Espere até que os veja. Espere… Agora!”.

Morvin saltou de onde estava, as armas deixando as bainhas com um som metálico, que foi, de alguma forma, silenciado pela névoa. Ele se moveu em direção à criatura que se aproximava sobre as brumas. Suas lâminas descreveram um arco mortal no ar e atingiram o alvo, mas não até que a criatura gritasse de surpresa e dor que Morvin percebeu que havia algo totalmente, terrivelmente errado.

Não era um orc. Sua mente já havia registrado o fato. Muito maior. E peludo. Mas que…

O ranger nunca viu o golpe que o acertou no torso e arremessou-o para trás contra a videira que, há um momento atrás, havia sido seu esconderijo. Ele sentiu, então, as garras, enquanto rasgavam seu corselete de couro e dilaceravam sua carne como se fossem papel. Sua nuca bateu contra a árvore e sua visão embaçou, enquanto sua espada caia de sua mão dormente. Enquanto escorregava para o chão, sua mente ainda permanecia trabalhando para entender sua situação.

Um terrível rugido e outra onda de odor pútrido caíram sobre Morvin, enquanto tentava se levantar do chão gelado. Sua visão clareou e ele pode ver a criatura que atingia mais de 4 m acima dele, o sangue escarlate escorrendo do arranhão que sua espada causara.

Morvin fechou seus olhos enquanto o urso atroz atacava.


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