Rand Espada Afiada, colecionador de pedaços
de viagens e informações geográficas, traz a
você mais detalhes sobre a Terra dos Vales.
Rand proporciona estes para suplementar a informação
encontrada nas Fronteiras Prateadas.
Globos de Fluxo:
Uma Ajuda aos Viajantes
Se você está considerando explorar áreas ficam
escuros, considere encontrar e usar um globo
de fluxo. Globos de fluxo são muito
populares entre aventureiros de todos os tipos
e eles geralmente auxiliam aqueles que possuem
uma programação apertada de viagens e que não
podem parar nem quando a noite cai.
Esta pequena esfera de vidro fino irradia luz
ao comando, e ele pode projetar luz do dia
por uma hora por um segundo comando (50 cargas).
Um terceiro comando faz com que o globo de
fluxo suba no ar e siga a criatura que a
estiver tocando quando o comando for dito, muito
parecido com o disco flutuante de Tenser.
O globo flutua cerca de 2 m acima do chão e
a 1,5 de distância de seu dono, e possui movimentação
de 15 m. Ele cai no chão se seu dono se mover
muito rápido para mantê-lo ao seu lado. O globo
de fluxo pode suportar 2,5 kg de peso se
qualquer tipo de correia ou rede for rapidamente
sobre ele para segurá-lo. Ele cai lentamente
no chão quando comandado ou tocado novamente
pela criatura que ele segue.
Nível de Conjurador: 5º; Pré-requisitos:
Criar Itens Maravilhosos, luz do dia,
disco flutuante de Tenser; Preço de
Mercado: 7,200 po; Peso: 0,5 kg.
Conselhos aos Viajantes
Gigantes de Pedra: Aqueles viajando através
das montanhas, sejam cuidadosos. Menos perigosos
às comunidades das Fronteiras Prateadas do que
seus irmãos, os gigantes de pedra tendem a permanecer
em seus fortes nas montanhas a menos que grandes
necessidades os forcem a entrar nas terras baixas.
Tem sido assim a pelo menos um século desde
que uma gangue de gigantes de pedra atacou pela
última fez um assentamento na área. Viajantes
passando pelas montanhas podem encontrar perigos
em sua rota pelos eventos esportivos que esse
povo conduz às vezes, diretamente no meio das
passagens. O viajante sábio recua até uma distância
segura e espera o fim do jogo, melhor do que
se arriscar a ser golpeado contra a montanha
por uma rocha perdida.
Ents e Água: Se você está pensando em
negociar duramente com ents por qualquer razão,
tome cuidado! Os ents da Floresta Alta aprenderam
um truque pouco comum: entrarem na água para
reduzirem sua vulnerabilidade ao fogo ou carregar
água para combater incêndios na floresta. Um
ent deve permanecer numa piscina de água a pelo
menos 1 m de profundidade para fazer isto, e
requer uma rodada de ação completa para absorver
450 L de água. Água carregada deste modo é descontado
da capacidade de carga dos ents.
Um ent típico pode carregar 930 kg (aproximadamente
900 L) de água ou menos como carga leve, 1860
kg (aproximadamente 1800 L) como carga média,
e cerca de 2800 kg (3180 L) como carga pesada.
Para perder sua vulnerabilidade ao fogo, o ent
deve carregar uma carga pesada de água, sofrendo
as penalidades normais por fazer isto (consulte
o Capítulo 9 do Livro do Jogador).
Um ent pode liberar 450 L de água pelas sua
folhas, casco ou raízes como uma ação padrão.
Guardas Fantasma Árvore: Apesar de você
já estar avisado sobre isso, uma força nada
menor do que dez Fantasmas da Árvore combatentes
(CN humano Brb2) está sempre nas vizinhanças
de Vovô Árvore. Então, se você possui negócios
lá e não é exatamente amigo dessas pessoas,
olhe atrás de si e não espere uma visita fácil.
Histórias
Contadas ao Redor da Fogueira
Os Perigos da Estrada
– Como contadas para mim pela guarda de caravana
Melenthros
Melenthros possui um pouco de bardo em si. Pelo
menos foi o que o resto de nós pensou. Ele contou
várias histórias ao redor da fogueira quando
ele viajava. Parecia ser assim desse jeito,
um momento de descanso após um longo dia de
jornada, acampando para a vigília noturna. Depois
que ele perdeu um braço numa briga com trolls
na Floresta Alta, ele foi em direção a Lua Argêntea.
Ele mencionou que se movimentava aos tropeços
por lá. Suas habilidades eram tais que a falta
de um braço não o atrasou muito, mas claramente
ele sentiu que era hora para acampar um pouco.
Ele nos contou esta pequena história de aviso
antes de nos deixar para sempre.
A sala comunal dos Braços de Auvandell estava
cheio esta noite, Nimoeth pensou. Magro e forte
como um lobo velho, o taverneiro parou seu trabalho
para inspecionar a sala em caso de um perigo
à espreita. Nimoeth carregava um bastão em seu
cinto ao invés da espada que ele carregava quando
era aventureiro, mas ele era hábil no uso deste.
Ele sente falta daqueles dias, é claro – esta
manhã mesmo ele viu um bando de desbravadores
indo em direção à Lua Argêntea.
A taverna parecia calma o suficiente esta noite.
Uma dúzia de pessoas e mais uma dúzia de viajantes
presos ali pela tempestade de gelo conversavam
e riam, gritavam e dançavam, como se através
da bebida eles pudessem se manter afastados
dos ventos frios que rugiam lá fora. Numa noite
como essa somente um tolo se atreveria a enfrentar
a Passagem de Lua Argêntea, e Nimoeth possuía
uma sala cheia de clientes ocupados em comer
uma comida saudável e beber uma boa bebida.
Ao final da noite ele possuía uma boa quantidade
de dinheiro. O vento lamentava do lado de fora,
frio e amargo, e Nimoeth encontrou-se desejando
que aqueles aventureiros tivessem encontrado
abrigo. Talvez ele não tivesse perdido tanto
assim, afinal de contas.
A pesada porta de carvalho da taverna sacudiu
e foi socada, então se abriu completamente enquanto
um anão de ombros largos abria caminho para
dentro da sala. Neve e frio passaram por ele.
Muitos dos cidadãos na sala xingaram e se aconchegaram
para se aquecer. “Feche a porta, tolo!”, alguém
reclamou em um canto. Outros aderiam ao seu
protesto. Nimoeth ajeitou-se atrás do balcão
para lançar um xingamento também, mas as palavras
morreram em seus lábios.
O rosto e as mãos do anão estavam mortalmente
brancas. Um floco de neve grudou em sua barba
e a neve fina polvilhou sua capa. E ele meio
que carregava outro viajante, uma elfa que apoiava-se
a seu lado, olhos fechados, uma máscara de gelo
cobrindo seu rosto. O anão deus dois passos
para dentro da taverna e então caiu no chão
com um baque, ainda tentando segurar sua companheira.
“Chá”, ele resmungou. “Chá de maçã. Algo quente,
e já. E por Moradin, alguém traga um clérigo
ou curandeiro”.
A sala caiu em silêncio. Nimoeth pegou Barik,
o garoto da cozinha, pela manga da camisa e
apontou a porta dos fundos. “Rápido, rapaz,
traga o Irmão Thamin!”. Então, enquanto o garoto
corria para procurar ajuda, o taverneiro e suas
garçonetes apressaram-se na direção dos dois
viajantes congelados com cobertores e canecas
de água quente. “Aqui, Sr. Hurwald”, o taverneiro
disse calmamente. “Nós cuidaremos dela agora.
Há outros de seu grupo na tempestade ainda?”.
O anão olhou para cima, com um sofrimento indescritível
em seu rosto congelado. “Você não os encontrará.
Avalanche, talvez 8 km dentro da passagem. A
montanha os levou, amigo”.
Uma Descrição de Felbarr
– Como contada para mim pelo Mestre de Caravanas
Llythnul
O Mestre de Caravans Llythnul tinha isto a nos
dizer sobre nosso destino quando eu tive a honra
de trabalhar para ele uma vez. Eu não iria para
a Cidadela Felbarr até então, e eu nem daria
uma olhadinha nela depois de ter ouvido isso,
tampouco. Ela é precisa.
Felbarr não é o fim do mundo, mas você pode
vê-lo de lá. Nós tivemos que parar em Sundabar
para contratar mais guardas, pois nós sempre
acabávamos precisando de pelo menos um terço
a mais do que já tínhamos. Às vezes, se estivéssemos
com sorte, nós contratávamos o serviço de um
grupo de aventureiros que estivessem indo na
mesma direção. Você tinha que ser cuidadoso
sobre estes grupos, de qualquer forma: Há bandos
de aventureiros que se voltam contra você no
meio da viagem, tiram de você todas as moedas
e carroças e o deixam esperando pelos ursos
atrozes arrancarem a carne de seus ossos.
E uma vez que você chegue na Cidadela, ela é
toda torres de pedras e pesadas estacas de metal,
além de armadilhas mortais que você nem pode
imaginar. E fumaça – muita fumaça nojenta e
fedorenta, porque os anões expelem suas cadeiras
acima do solo. E tudo ao redor, em todas as
direções, nada mais é do que uma vastidão gritante.
Mas acredite ou não, o povo de Felbarr são uns
dos meus melhores clientes.
Sobre Cães e Experiência
– Como contada para mim pela guarda de caravanas
Alena Strathford
Eu ouvi isto quando estava na Cabra Dançarina.
Se uma lição pode ser aprendida nesta história
é “nunca subestime seus inimigos”, e talvez
também “cães podem ser grandes aliados”. A guarda
que a contou era uma coisinha linda, apesar
usar perigosamente duas espadas. Um garoto de
barba rala, bêbado (e muito bêbado), tentou
mostrar a ela um pouco de atenção, e acabou
encontrando-se no chão com ambas as lâminas
em sua garganta antes mesmo de respirar outra
vez. Mas o que deixou o show mais interessante
foi o enorme cachorro que ficou parado em cima
de seu peito por mais de uma hora, mantendo
ele no chão enquanto ela festejava. É dito que
Alena sempre tem um cão ou até mesmo um lobo
perto dela o tempo todo.
Os cães provavelmente salvaram a vida de Helver.
Ele estava dormindo sonoramente, enterrado sob
um grosso cobertor de lã para fugir do frio
de uma noite de começo de primavera, quando
Canino e Falange fizeram uma algazarra que teria
despertado um anão bêbado como uma pedra. Helver
acordou num instante, jogando seu cobertor para
o lado e levantando-se da cama. Do lado de fora,
os cães latidos dos cães se tornaram resmungos
e rosnados, e agora Helver ouviu o grosseiro
barulho de orcs – muitos deles.
Ele voltou a se cobrir e pegou o velho machado
grande que estava preso na lareira. Sua lâmina
brilhou na meia luz. Helver levantou a arma
e se voltou para a porta, mas neste momento
a cabana inteira tremeu enquanto um orc enorme
derrubou a porta da frente. “Você acha que eu
tenho medo de um machado nas mãos de um fazendeiro?”,
rugiu o orc.
“Eu não ligo para o que você pensa”, retrucou
Helver. Ele fez cara de raiva e esperou.
O orc rugiu em desafio e correu adiante brandindo
sua espada de aspecto terrível. Com um poderoso
salto, o orc cortou de cima para baixo o crânio
de Helver. Mas Helver não estava lá. Ele girou
para um lado e virou-se, fazendo seu machado
assobiar ao redor num arco mortal que abriu
caminho no braço armado do orc e em seu peito,
lançando a criatura no chão de pedra ladrilhada.
Então o fazendeiro puxou com violência do primeiro
orc e agachou diante do golpe selvagem de um
segundo orc. Este levou a lâmina do machado
debaixo do queixo e quase teve sua cabeça arrancada.
Helver limpou o sangue de seu rosto e olhou
para o terceiro orc emoldurado pelo batente
de sua porta. Este hesitou, vendo as formas
ensangüentadas espalhadas pelo chão da cabana.
“Está certo, eu os matei”, Helver rosnou, saltando
o corpo do segundo orc. Ele balançou seu machado
na direção do orc que estava na porta. “Eu matei
gigantes com este machado, seu imbecil com cara
de javali. Quanto tempo você acha que vai levar
para eu te matar?”
O orc deu alguns passos para trás cautelosamente,
então se virou e correu – mas não para muito
longe. Canino e Falange o cercaram contra o
muro de pedra. Helver sentou-se soleira da porta,
olhando para sua terra e para as montanhas enluaradas
além. “Malditos orcs”, ele murmurou, mas lá
estava um sorriso em seus lábios. Foi bom saber
que as lições aprendidas em dez anos de aventuras
ainda permaneciam com ele.
Perigos Encontrados Enquanto Patrulhando
– Como contado para mim pelo guarda de caravana
Hiran
Hiran disse que isto aconteceu com Morvin, um
compatriota e amigo se sua irmã Amhira, enquanto
patrulhava um grupo de orc. Eu não sei se esta
é a verdade, mas certamente lembra você de não
fazer nenhum movimento até se saber com certeza
com o que está lidando. Algumas vezes, a situação
não dá trégua, entretanto, você pode tirar uma
lição de que coisas ruins apenas acontecem e
pode não haver qualquer coisa que se possa fazer
sobre isso, mas faça o melhor que puder. Pessoalmente,
eu teria ao menos encarado a morte com meus
olhos abertos e tentaria buscar uma vantagem
da situação apenas no caso de ele ter sido apresentado
a mim num momento terrível como este.
Uma névoa congelante caiu sobre Morvin enquanto
ele engatinhava pela floresta sob a cobertura
da noite. As brumas geladas desceram tão rapidamente
que ele primeiro acreditou ser o serviço de
um feiticeiro ou mago inimigo. Então ele percebeu
que as brumas eram de origem natural. Este tipo
de fenômeno acontecia o tempo todo nas Fronteiras
Prateadas, principalmente nesta época do ano.
Apenas a alguns minutos atrás ele estava avançando
facilmente, mas lentamente, iluminado pelas
estrelas que penetrava entre os galhos nus do
outono, mas agora ele não podia ver quase nada.
“Isto é terrível”, ele pensou. Já é ruim suficiente
ter uma patrulha orc em algum lugar à frente,
mas agora ele não poderia nem ver os orcs, mesmo
que tropeçasse neles! Ele abaixou-se sobre seus
calcanhares atrás da segurança duvidosa de uma
jovem videira enquanto analisava a situação.
Um rápido olhar para a direita e para a esquerda
confirmou o que suspeitava – ele não poderia
ver nem aos seus companheiros. Ele rangeu os
dentes em frustração. Sem Amhira e Punarthan
esta missão para espiar os movimentos da patrulha
orc, haveria pouca chance de sucesso.
Subitamente, as narinas de Morvin preencheram-se
com um odor acre e ruim. Ele fez uma careta
silenciosa. Qualquer coisa que fosse, tinha
o cheiro de uma carcaça apodrecida que ficou
muito tempo debaixo de um quente sol de verão.
Então, pensou consigo mesmo “Orcs!” nada mais
cheirava assim tão ruim. Ele deveria estar bem
próximo da patrulha. Mas seus olhos não poderiam
trazer a ele nenhuma ajuda enquanto o nevoeiro
durasse.
Apurando seus ouvidos, ele segurou a respiração
enquanto escutava por mais pistas sobre a localização
dos orcs. Então, ele ouviu: alguma coisa se
movia a sua esquerda, talvez duas ou três dúzias
de passos. Julgando pelo som, era um, talvez
dois orcs espreitando pela floresta. “Provavelmente
separados do resto do resto da patrulha”, Morvin
pensou, “assim como eu. Mas o que eu faço agora?”
A pergunta foi respondida para ele enquanto
o barulho e o fedor aumentavam. Cuidadosamente,
ele soltou a espada da bainha e alcançou a adaga
de caça, presa em sua bota. O odor de carne
podre aumentou ainda mais e ele pode ouvir distintamente
a respiração profunda e ofegante de uma das
criaturas assim que ela espreitava entre as
árvores.
Morvin apertou fortemente suas armas. Ele deveria
ver os orcs a qualquer segundo agora, e ele
teria uma única chance de atacar de surpresa.
“Espere”, ele pensou consigo mesmo. “Espere
até que os veja. Espere… Agora!”.
Morvin saltou de onde estava, as armas deixando
as bainhas com um som metálico, que foi, de
alguma forma, silenciado pela névoa. Ele se
moveu em direção à criatura que se aproximava
sobre as brumas. Suas lâminas descreveram um
arco mortal no ar e atingiram o alvo, mas não
até que a criatura gritasse de surpresa e dor
que Morvin percebeu que havia algo totalmente,
terrivelmente errado.
Não era um orc. Sua mente já havia registrado
o fato. Muito maior. E peludo. Mas que…
O ranger nunca viu o golpe que o acertou no
torso e arremessou-o para trás contra a videira
que, há um momento atrás, havia sido seu esconderijo.
Ele sentiu, então, as garras, enquanto rasgavam
seu corselete de couro e dilaceravam sua carne
como se fossem papel. Sua nuca bateu contra
a árvore e sua visão embaçou, enquanto sua espada
caia de sua mão dormente. Enquanto escorregava
para o chão, sua mente ainda permanecia trabalhando
para entender sua situação.
Um terrível rugido e outra onda de odor pútrido
caíram sobre Morvin, enquanto tentava se levantar
do chão gelado. Sua visão clareou e ele pode
ver a criatura que atingia mais de 4 m acima
dele, o sangue escarlate escorrendo do arranhão
que sua espada causara.
Morvin fechou seus olhos enquanto o urso atroz
atacava.

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