Existem
várias histórias a respeito do
Vale Mysar, antes conhecido em Asbravn como
o Vale Amaldiçoado. O Vale Mysar, nomeado
em homenagem a primeira pessoa que o encontrou, é um
vale escondido a muitos quilômetros de
distância das Colinas Distantes. O vale é fértil
e de temperaturas amenas, e sustenta um gramado
exuberante, árvores e uma variedade
de animais (e até mesmo algumas coisas
classificadas como monstros). É um vale
ideal para a terra ser trabalhada, com muitos
fazendeiros tendo se deslocado para lá quando
este foi descoberto durante a época
de Netheril. Ainda que nenhum colono tenha
sobrevivido para contar a história.
Logo que chegaram, uma grande tempestade formou-se
sobre o vale e matou quase todos. Os poucos
que escaparam a pé, descreveram criaturas
feitas de relâmpago que caiam do céu
e de cavaleiros fantasmas montados em dinossauros
fantasmagóricos que atropelavam qualquer
coisa que se movesse durante a terrível
tempestade.
Ainda há grande interesse em se instalar
assentamentos no vale, e ao longo dos séculos,
fazendeiros tentaram reclamá-lo. Entretanto,
algo sempre os expulsa ou simplesmente os mata.
Alguns enlouquecem ao ouvirem vozes sussurrantes,
outros chegam a Asbravn falando sobre criaturas
feitas de relâmpago e de fantasmas, e
outros nem retornar, retornam. Ninguém
nunca encontrou sequer um corpo no vale, então
o destino de qualquer pretenso colonizador
torna-se tão misterioso quanto o porquê do
Vale Mysar se recusar ser colonizado.
Brista Mylane, uma moradora de Berdusk, procura
por corajosos heróis, pois seu tolo
irmão, Bevlis Mylane, decidiu tentar
chegar ao Vale Mysar a despeito de sua família
ter se colocado contra. Ele pensa que pode
quebrar a maldição, mas não
retornou desde então. Dada a reputação
do Vale Amaldiçoado, Brista está preocupada
e quer que alguém vá até lá e
encontre seu irmão. Ela não tem
muito a oferecer, mas sugere que os monstros
do vale poderiam ser bastante “valiosos” se
alguns forem capturados ou coletados e vendidos
em Asbravn.
d100 Motivações |
01-50 |
Brista é honesta
sobre seus desejos de encontrar o irmão… mas
seus primos não querem que o irmão
seja encontrado, pois ganhariam sua parte
na herança. Eles trabalham para
impedir que os heróis encontrem
Bevlis e que o tragam são e salvo. |
51-85 |
Existem rumores
de ouro e tesouros perdidos no Vale Mysar,
que é no que Brista está realmente
interessada. Era nisso também
que seu irmão estava interessado,
mas ele nunca chegou a ir até o
vale – ele foi morto por uma patrulha
Zhent. |
86-00 |
Brista
insiste em acompanhar os aventureiros.
Ela enfeitiçou seu irmão
para que fosse até o Vale plantar
alguns ingredientes para uma poção
que ela está fazendo; os ingredientes
devem ser colhidos em um local amaldiçoado.
Ela não planeja que os aventureiros
deixem o Vale com vida. |
d100 Complicações |
01-45 |
O
Vale Mysar está sendo alvo de
uma antiga maldição de
dias anteriores a Netheril. O Vale havia
sido descoberto muito antes disso, mas
os primeiros colonos disputavam e brigavam
constantemente. Finalmente, a violência
explodiu e muitos deles foram mortos.
Um destes, um sacerdote aposentado, lançou
uma maldição que vigora
até os dias de hoje, potencializada
pela magia de algum antigo deus. Até que
a maldição seja quebrada,
ninguém poderá habitar
o vale. |
46-55 |
A maldição
do vale invoca os mortos que foram enterrados
no local em tempos muito mais antigos.
Estes mortos erguem-se como fantasmas
e espectros que expulsam quaisquer criaturas
vivas que estejam no Vale, ou as enlouquece.
Estas aparições cavalgam
dinossauros igualmente fantasmagóricos. |
56-70 |
A
maldição
no vale não é nada mais do
que um clima horrível que assola
a região diariamente. Pessoas que
viram elementais elétricos imaginaram-nos
sob o perigo do real clima do lugar. Os
fantasmas eram meramente fragmentos de
sua imaginação. Entretanto,
há um lich que vive em uma tumba
no lado mais distante do vale, e que se
usa do clima e de sua própria
magia para manter as pessoas afastadas
do vale. |
71-00 |
O Vale é lar para uma tribo perdida
de sáurios reclusos (ou outra rara
raça humanóide, tais como
o povo felino) que cavalgam dinossauros
e que permaneceram sem serem detectados
até os dias de hoje. Eles criaram
a idéia da maldição
para serem deixados em paz. |
Recompensas Alternativas
Ouro não é a única razão
para se aventurar. Aqui estão algumas
idéias alternativas para recompensas:
-
Se os heróis
descobrirem a essência
da maldição e estiverem aptos
a se livrar dela, poderiam reclamar (ou
serem recompensados) com uma grande porção
de terras férteis neste vale para
usar como fortaleza ou outro tipo de base.
-
Dinossauros fantasmagóricos
não
põem ovos, mas os reais sim. Se
houver dinossauros de verdade no vale,
os aventureiros
poderiam coletar ovos e criar suas próprias
montarias sáurias.
-
O ar, grama ou
terra de um vale amaldiçoado
poderiam muito bem ser componentes mágicos
para alguma nova magia que os aventureiros
estejam pesquisando, ou para uma magia
rara que encontraram em outra aventura.

Sobre o Autor
Robert Wiese é um veterano
dos escritórios da RPGA onde
trabalhou durante sete anos sendo um membro
desde os idos de 1991. Nesse tempo ele escreveu
mais de 60 enredos de aventura para o clube,
alguns artigos para a revista Polyhedron,
e o Living Force Campaign Guide (esse último com Morrie Mullins). Ele também desenvolveu
campanhas de Living Greyhawk e Living Force junto
com maravilhosos membros. Agora ele trabalha
na Universidade
de Nevada em Reno no departamento de Bioquímica,
provando que você nunca deve dizer aonde irá
terminar. |