O
Sábio do Vale das Sombras tem algo
a dizer sobre muitas coisas. Apesar de ter
as
paginas da revista Dragon, Dungeon
Adventures e da Polyhedron Newszine,
o Velho Mago ainda tem mais a falar sobre
os
Reinos. Sem querer enfurecer o arquimago, decidimos
que seria melhor dar a ele uma coluna semanal
na qual vamos debater os melhores pontos.
Escute bem, jovem...

Formalmente conhecido como “a Mão
do Escuro” (um título inalterado
desde os dias em que fora uma rocha pessoalmente
consagrada pelo próprio Bane), o altar
é uma superfície polida, um bloco
retangular de pedra negra tão grande
quanto uma carroça. Ele é posicionado
transversalmente à longa coxia de acesso,
exatamente em frente ao santuário (ao
topo dos sete degraus que ascendem a partir
dos bancos dos fiéis). Durante os serviços,
este altar é normalmente flanqueado por
dois braseiros luminosos da altura de um homem
sustentados por tripés e coberto com
itens usados durantes rituais, e às vezes,
sacrifícios.
Em outras ocasiões, oferendas são
colocadas sobre o altar por adoradores autorizados
a dele se aproximar apenas quando usando um
cinto de correntes seguro por sacerdotes vigilantes.
Este ritual denota a humildade devota do suplicante
submetendo-se ao controle do deus, mas os sacerdotes
irão puxar as correntes sem hesitação
para arrebatar um suplicante para longe do altar
e evitar sua profanação ou a pilheria
de oferendas. (A profanação consiste
normalmente em cuspir no altar, mas pode ser
também submetê-lo ao toque de algo
consagrado a outro deus. Na maioria das vezes
uma arma usada para atacar o altar ou o derramamento
deliberado de água benta — o que
muitas vezes causa estranhos fogos guinchantes
que se erguem no local do contato — ou
mesmo um item de oferenda colocado sem reverência).
Os voonlaranos acreditam que o massivo altar
pode ser empurrado para o lado para revelar
um fosso de tesouros amontoados com as ossadas
de todos os sacerdotes do templo que morreram
na cidade, os quais são costumeiramente
sepultados nesse lugar para produzir guardiões
morto-vivos para o templo. Mover o altar requereria
muitas pessoas fortes empurrando juntas, contudo,
servos leigos confirmaram que parelhas e vigas-alavancas
são mantidas de prontidão aos
fundos do templo, dando solidez ao rumor.
Duas vezes grupos aventureiros reportaram que
o Sol entalhado pode emitir raios de voraz poder
mágico de seus olhos e das pontas de
seus raios. Estes efeitos demonstravelmente
ocorrem sob o controle direto de sacerdotes
presentes no santuário. Uma dessas testemunhas,
o mago Hastaltun de Athkatla da Mão de
Kalamdaer (outrora de Athkatla e mais recentemente
de Ormath) acredita que essas defesas derivam
de poderes liberados por uma quantidade de varinhas
montadas no entalhe; as varinhas são
encantadas para permiti-las serem miradas e
disparadas a partir de um lugar abaixo, provavelmente
por qualquer um portando um de muitos dispositivos
de controle (braçadeiras encantadas seriam
os mais prováveis). Por outro lado, o
guerreiro Halver Durstread, do mesmo grupo,
jura que um tirano da morte ou outro beholder
magicamente controlado deve estar aprisionado
dentro do entalhe, e magicamente compelido a
disparar seus poderes aos comandos do clero.
Qualquer que seja a verdade no assunto, está
claro que “os Abençoados pelo Escuro”
(como o clero do templo é coletivamente
chamado) podem valer-se dos precisos feixes
de poder mágico, não maiores que
uma mão humana, para atingir, a partir
do Sol, todo o Salão Sagrado, o altar,
ou qualquer outro lugar no ou além do
santuário, ao seu comando, contra qualquer
ser que julguem perigoso — e que em oportunidades
um sacerdote do tempo usou estes poderes contra
um de seus companheiros sacerdotes, ainda que
isso tenha visivelmente envolvido algum tipo
de intenso esforço mental para controlar
a magia do templo.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem
que lançou os Reinos Esquecidos
em um mundo que não os esperava. Ele
trabalha em bibliotecas, escreve fantasia, ficção
científica, terror, mistério e
até estórias de romance (às
vezes coloca tudo isto em um mesmo livro), mas
está ainda mais feliz escrevendo Conhecimento
dos Reinos, Conhecimento dos Reinos e mais Conhecimento
dos Reinos. Ainda existem alguns quartos em
sua casa com espaço para empilhar seus
escritos. |