O
Sábio do Vale das Sombras tem algo a
dizer sobre muitas coisas. Apesar de ter as
paginas da revista Dragon, Dungeon
Adventures e da Polyhedron Newszine,
o Velho Mago ainda tem mais a falar sobre os
Reinos. Sem querer enfurecer o arquimago, decidimos
que seria melhor dar a ele uma coluna semanal
na qual vamos debater os melhores pontos.
Escute bem, jovem...

Voonlar é, acima de tudo, uma comunidade
agrícola; sua crença é
voltada principalmente à veneração
de Chauntea. Disputando a influência local
bem de perto está o credo de Cyric, que
recentemente substituiu a veneração
a Bane, há muito encorajada pelos Zhents.
O culto a Chauntea é praticado privadamente
em muitas quintas* e campos, e também
na forma de serviços prestados ao templo.
As autoridades locais podem sentir-se ultrajadas
pela ofensa que a presença desse culto
representa ao Sol Negro, mas sabem que a comunidade
voonlarana irá transformar-se numa turba
irada e letal caso a Grande Mãe sofra
qualquer tipo de afronta – tal como ter
safras inteiras queimadas, alimentos desperdiçados,
água envenenada, e solos férteis
salgados ou espoliados por magia.
A cidade abriga dois templos: O Deus Negro Reformado,
o templo de Cyric, é o que tem maior
reconhecimento oficial. Originalmente o templo
era conhecido como A Mão do Lorde Negro,
uma Casa de Bane, embora tenha tido inúmeros
nomes similares que variavam à medida
que novos altos-sacerdotes assumiam o lugar.
A Dádiva da Deusa, o templo de Chauntea,
é a maior das duas igrejas.
Santuários dedicados a Lathander e Tempus
erguem-se nos arredores de Voonlar, e os antigos
Jardins Comunitários, situados a noroeste
da cidade, abrigam um pavilhão de pedra-e-cascalho
onde viajantes de outras crenças podem
orar livremente. Os Jardins Comunitários
são equipados com um bloco de pedra nua
no formato de um altar e muitos braseiros, mas
carecendo de paredes firmes ou de algum lugar
para dormir, acampar durante a noite é
expressamente proibido. Os habitantes locais
referem-se a esse lugar como a Casa Sagrada.
Ela abriga uma latrina simples e um poço
profundo que comporta água fresca e cristalina
do qual qualquer um pode beber livremente.
A Casa da Luz Sagrada
O santuário erguido para Lathander assemelha-se
ao pavilhão de todas as crenças
da Casa Sagrada, exceto por seu teto, que é
formado por folhas de mica afixadas a pedras
angulares, posicionadas de modo a capturar os
raios róseos do sol nascente e refleti-los
em todas as direções. O santuário
está situado no lado oeste da Estrada
do Lixão, que por sua vez encontra-se
ao sul da Estalagem dos Três Elfos. A
Casa da Luz Sagrada encontra-se sob os cuidados
do Amável Patriarca Erngar Padroestreito
(NB, humano, Clr3) e de diversos seguidores
laicos. Padroestreito é bondoso, mas
perspicaz, sendo capaz de prever implicações
futuras até mesmo nos menores atos. Ele
empenha-se secretamente em confundir as tramóias
do Bron e dos cyricistas, empresta pequenas
quantias em dinheiro para auxiliar lathanderitas
em suas aventuras, e vende água benta
e poções de cura para
qualquer um a fim de arrecadar fundos para sua
igreja.
Padroestreito geralmente tem à disposição
alguns conjuntos de seis bebidas (poções
de cura extra) engarrafadas em frascos
de vidro selados com cera, vendendo-os por 1.100
PO cada. A água benta é vendida
em grandes jarras de vidro por 25 PO cada e
o Amável Patriarca sempre tenta ter ao
menos 20 unidades à disposição.
O santuário atrai uma congregação
constante de viajantes (exceto no inverno) e
mais de 40 voonlaranos. Padroestreito é
visitado ao menos uma vez por semana por sacerdotes
de alto escalão do Senhor do Amanhecer,
que lhe fornecem suprimentos frescos obtidos
com o dinheiro da doação dos fiéis.
Um minúsculo canteiro de ervas e especiarias,
que podem ser livremente colhidas por todos,
circunda o santuário. A única
regra relativa ao colhimento das ervas e especiarias
do santuário rege que ninguém
deve retirar o último ramo, broto, fruto,
ou folha. Está escrito que aquele que
o fizer atrairá a ira de Lathander sobre
si.
* Propriedades rústicas, com casa de
habitação; fazenda (BUENO, Silveira.
Minidicionário da Língua Portuguesa.
São Paulo: FTD).

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem
que lançou os Reinos Esquecidos
em um mundo que não os esperava. Ele
trabalha em bibliotecas, escreve fantasia, ficção
científica, terror, mistério e
até estórias de romance (às
vezes coloca tudo isto em um mesmo livro), mas
está ainda mais feliz escrevendo Conhecimento
dos Reinos, Conhecimento dos Reinos e mais Conhecimento
dos Reinos. Ainda existem alguns quartos em
sua casa com espaço para empilhar seus
escritos.
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