“Esse foi o lugar onde eu escondi
algo que eu realmente já devia ter recuperado
anos atrás”, o Rei de Cormyr murmurou,
enquanto mexia em algo na parede.
Uma parte dela, semelhante a uma porta lentamente
movimenta-se e abre-se, fácil e silenciosamente,
par revelar uma câmara iluminada preenchida
com uma cama.
Uma cama ocupada.
Duas faces que haviam tido momentos ardentes
mais cedo decomporam-se em uma grande surpresa.
Uma pertencia a alguém que Azoun conhecia
razoavelmente bem — Earidran Toraene,
seu jovem e belo Sub-mestre de Banquetes.
Ao lado do contesão que tremia e engolia
seco, deitava-se uma nobre dama, duas vezes
a sua idade, Lady Ohrmatha Caçacoroa,
que agora sorria arrependida.
"Y-y-y-yuh —" Eaeridran gaguejou
com os olhos arregalados de terror.
“Bom encontrá-lo, sub-mestre Earidran”,
disse Azoun gentilmente, alcançando a
porta secreta e a fechando novamente. “Rogo
que aceite minhas desculpas por esta intrusão
fora de hora”.
“S-sem problemas, Sua Majestade”,
o aflito cortesão controlou o nervosismo.
Neste momento que seus olhos abertos perceberam
a figura da Rainha Fillfaeril. Sob seus olhar
divertido ele ficou branco, depois verde —
depois enterrou sua cabeça no travesseiro
com timidez.
"Os rapazes destes dias," Lady Caçacoroa
disse rabugenta. "Sem determinação
e menos estômago! Francamente!! Fee, eu
lhe pergunto, é pedir de mais que nossos
servos produzam algo de uma linhagem melhor?”.
"De jeito nenhum, Ohrma," Filfaeril
disse tranquilizadora. "Era exatamente
sobre isto que Az e Eu concordávamos
na noite de ontem. Um pouco de vinho deve reviver
seu jovem garanhão. Não o deixa
bebê-lo — vire-o no nariz dele.
Ele irá fazer um tremendo tumulto, Isso
irá fazê-lo arrepiar-se, tossir
e se abanar — mas será quando você
poderá confortá-lo”.
"Isso parece atraente," Lady Naeryme
murmurou, esticando-se para pegar o vaso de
vinho ao lado da cama.
Azoun fechou a porta, voltou-se para sua rainha,
e arqueou uma sobrancelha. “Nós
concordamos com várias coisas na noite
de ontem”, disse, “mas eu não
me lembro deste assunto em particular entre
elas”.
“Pobre Az”, Filfaeril disse na mesma
voz mansa. “Você está esquecendo
de tantas coisas nestes dias”.
Desta vez, o Rei de Cormyr deixou sua rainha
ver o seu revirar de olhos.
Ela riu.
Os dias impetuosos de hospedagem dos Homens
do Rei ficaram bem para trás no Olho
Piscante, mas seus quartos superiores permanecem
ocupados. Aqueles que desejam alugá-los
que vêm ao bar do Olho [1]
são enviados a três portas descendo
o Passeio, em direção dos escritórios
de Malagar das Muitas Maravilhas (que ficam
acima de uma brilhante lojas de perfume, Aromas
de Antatha[2]. Os atendentes
irão dizer que Malagar não tem
conexão direta com o Olho, mas que "toma
conta" `do aluguel de suas salas superiores.
Isto não é, estritamente falando,
verdade. Malagar recentemente tornou-se o proprietário
do Olho Piscante, apesar da sua proprietária
anterior, a mulher o homem de pele corada e
voz rouca chamada Maraeda “Atrevida”
Meiapena, ainda administrar a taverna. Ela gasta
a maioria de seu tempo saindo e voltando de
Suzail, comprando as bebidas servidas no bar,
mas ocasionalmente chega e\a tarde para conversar
com os clientes e flertar com seus atendentes
(que têm muito medo dela)[3].
Orvarr Malagar é um anão jovem
e de visual esmerado, com um cabelo negro como
uma barba enfeitada em forma de ponta de espada,
que usa um brinco de ouro em sua orelha esquerda,
um grande anel de ouro no dedo do meio de sua
mão direita e uma estilosa calça
à altura dos joelhos, botas e túnica.
Ele se apresenta como locatário de quartos
no Olho e de espaço para cargas nos porões
de muitos navios baseados em Suzail e pertencentes
a vários nobres e prósperos mercadores
(nos quais ele não se inclui). As “Muitas
Maravilhas” são as coisas exóticas
que estes navios às vezes trazem de distantes
portos estrangeiros [4].
Malagar é escrupulosamente honesto com
seus negócios de cargas. Os proprietários
dos navios o vigiam de perto, a maioria dos
nobres através de seus ‘magos da
casa’ (magos de guerras com residência
fixa em suas casas, amplamentes supervisionados
pelo Mago Real). Lisonjeiro e agradável,
Malagar tenta não fazer inimigos, mas
se atacado pode valer-se não de apenas
das suas magias pessoais, mas também
de vários magos de guerra a serviço
que se teleportarão (depois que Malagar
pronunciar uma palavra específica) diretamente
para ele diretamente da Corte Real, armado com
varinhas, magias e atitudes.
Malagar adora investir os recursos de aventureiros
em cargas legítimas, porém mais
frequentemente encontra-se recebendo diariamente
poucas moedas, em serviços insignificantes
do Olho — quartos de 3 PO a 9 PO por dia,
mais o mesmo valor para ocupar a sala de uma
noite até o amanhecer seguinte. Lâminas
Audazes (guarda costas treinados) para proteger
a entrada ou uma pessoa específica ou
item custam 1 PO extra /dia (ou noite). Disfarces
não mágicos também estão
disponíveis por taxas que variam de 6
PO à 45 PO [5].
Caixões e baús de carga também
estão para aluguel, podendo ser levados
para seu quarto superior alugado por 6 PO e
carregados novamente para uma destinação
específica em Suzail por outras 8 PO.
Atrizes também podem ser contratadas,
a taxas negociáveis, para posar como
sua amante, mãe, dama da nobreza ou princesa
(!) com a qual você está se encontrando,
ou pode-se contratar feiticeiras, candidatos
à clientes, ou um cobrador furioso.
Malagar é muito discreto, assim como
os que trabalham para ele. Afinal, eles aprenderam
as regras do seu comércio com dois especialistas
— Azoun IV e o Mago Real Vangerdahast.
"Az, diga-me," Filfaeril disse enquanto
o seu marido habilmente descobria o disfarçado
puxador de outra porta secreta e a abria para
revelar uma sala vazia de tudo, exceto pela
poeira em uma pedra que emitia um suave brilho..
“que coisa escondida aqui você espera
recuperar e levar de volta de seu palácio
da juventude?"
"Uma das três coroas verdadeiras
do reino", Azoun respondeu. "Eu a
surrupiei para pregar ume peça, há
tanto tempo que nem posso contar agora. Vangey
tem procurado por ela durante anos, e de tempos
em tempos eu tenho relembrado desagradado de
ter visto ela pela última vez na cabeça
dessa ou daquela namorada que tive nos meus
dias de aventura."
Filfaeril decidiu que era sua vez de revirar
os olhos. "Eu estou certa que ele ficará
cansado em breve."
“Sim”, Azoun concordou, alegre e
satisfeito. “Mas eu não a tenho,
ainda.”
O que acontece depois? Nós iremos
encontrar na próxima coluna...
Notas de Rodapé
-
Os atendentes que trabalham
no bar do Olho Piscante em revezamento de
trios são uma dúzia de homens
afáveis, mas reservados, contando
cinco ou seis décadas. Todos são
Dragões Púrpuras aposentados
e conhecem Suzail muito bem (e boa parte
de Cormyr também). Eles são
Guer1 a Guer4, a maioria LN, e respondem
por nomes como Alth, Bluskur, Cheth, Darve,
Kaggur, and Roryn.
-
O Aromas de Antatha
é cheio de espelhos, pedras brilhantes,
grandes e exóticas plantas em potes,
espereguiçadeiras e matronas prósperas,
fofoqueiras e em ascenção
social. Antatha possui uma equipe de belas
moças humanas e meio-elfas tranqüilas,
de voz calma e lânguidas que vendem
os perfumes muito caros e preparam e incrementam
sucos de frutas para a clientela corada
e perfumada. Nem mesmo Malagar sabe que
a loja é tocada por Harpistas que
espionam quem está nela energicamente
enquanto ouvem todas as conversas maliciosas
de Suzail.
-
Maraeda "a Atrevida"
Meiapena é uma mulher damarana (CN,
Lad6), sessenta e três verões
de idade e aparência bastante enrugada,
propensa a obesidade e que pinta seus cabelos
com tons de laranja, verde e branco, azul
com rosa. Nada a envergonha e ela é
audaciosa e destemida como uma impetuosa
adolescente de dezesseis anos. Sua voz atinge
do murmúrio a roquidão, como
um rosnar, conservando uma desagradável
sensação a ouvi-la, em qualquer
volume ou tom.
-
Orvarr Malagar é
um anão dourado CN Guer4/Lad2. ele
costumeiramente usa um anel do aríete
(seu anel de ouro grande), um cinto
do movimento súbito (idêntico
em poderes ao anel do movimento súbito),
amuleto dos punhos poderosos, e
botas de patas de aranha (idêntico
em poderes as sandálias de pata
de aranha).
-
Preços para disfarces
dependem de como elaborado ou perigoso-aos-olhos-das-autoridades
o disfarce é. Uniformes de oficiais
Dragões Púrpuras ou máscaras
e trajes do estilo usados pelo Rei Azoun
exigem muitas moedas.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos. |