“Imediatamente, meu amor”, o Rei de Cormyr
concordou, usando seu polegar para colocar o
anel em seu dedo do meio, sua espada ainda desembainhada
e pronta na sua outra mão.
Houve uma súbita
irradiação de luzes dançantes do rubi, e ele
blasfemou com severidade, balançando sua mão
por causa da dor.
“Alguma… magia
maligna!”, ele resmungou. “Posso sentir uma
mente procurando pela minha, e não é nem um
pouco amigável. Não me viu ainda, mas está impedindo
que o anel de Vangey nos tire daqui!”
Filfaeril
segurou a mão de seu esposo, retirou um pingente
que estava em seu corpiete e tocou com sua pedra
o anel de teletransporte de Azoun.
Houve um brilho
cegante, Azoun blasfemou novamente quando o
brilho feriu seus olhos – um súbito grito ecoou
em suas mentes.
Então névoas
azuis surgiram ao seu redor novamente, enquanto
Filfaeril sorria um pequeno sorriso maroto.
“O que foi isso?”,
Azoun sussurrou, quando a câmara desapareceu
e alguma coisa mais parecida com uma grama irregular
surgiu debaixo de suas botas.
“Um dos meus
pequenos segredos, senhor do meu coração”, a
Rainha Dragão disse satisfeita, linhas de fumaça
surgindo da gema em seus dedos.
Azoun
lançou-lhe um olhar penetrante. Foi o suficiente
para satisfazer sua prudência e que ele agora
deveria sorrir fortemente, saudando e agradecendo
sua dama.
Então ele o fez.
As névoas afastaram-se
novamente, revelando novos arredores ainda mais
surpreendentes.
O auto-intitulado
Barão de Maerantede deixa caixeiros viajantes,
peregrinos, enviados reais e pequenas caravanas
viajarem sozinhos através da terra (contanto
que eles contribuam com a proteção de seu campo,
pagando taxas para isso), mas secretamente ordena
– e lucra com – ataques a grandes caravanas,
incluindo muitas que evitam Maerantede completamente
e procuram passar pela terra bem ao norte.
Convidados no Castelo
Maerantede nunca são destratados, e nem desaparecem,
mas muitos se lembram de ter horríveis pesadelos
(causados pelas acidentais tentativas dos magos
de Darkyn em aprender seus atuais negócios e
quantas riquezas e segredos carregam), e partem
inquietos por causa da moral e felicidade dos
cavaleiros do barão. Suas incertezas, e algumas
observações de viajantes que fogem das caravanas
atacadas, são a fonte de um punhado de calados,
mas negros rumores sobre o “novo e honrado baronato”.
O forte possui séculos
de idade e foi construído no topo de grandes
câmaras de estocagem de pedra feita por anões
mais anteriormente ainda, longe da cadeia de
montanhas; magos de Darkyn convocaram elementais
para reparar seus muros e telhados, levantando
e fundido as pedras quebradas. O Castelo é espartano,
frio e seco, mas o barão possui algumas câmaras
para convidados, e quartos para si mesmo e seus
cavaleiros, cobertos e decorados com tapeçarias,
peles e boas cortinas. As moedas que recebe
“legalmente” e abertamente, através de taxas
para garantir um refúgio seguro, pode apenas
servir para alimentar o povo do castelo, se
eles fornecerem muito da sua própria lenha e
comida.
Entretanto, os assaltos
constituídos por sua gente (geralmente trinta
ou quarenta guerreiros montados de 6º a 10º
níveis, suportados por um mago ou dois que permanecem
mais escondidos do que entrando diretamente
em qualquer refrega) fingem-se de foras-da-lei,
permitindo a Azadarr Darkyn conseguir muito
mais moedas do que isso, e ele já possui caixas
escondidas cheias de gemas, armas e até itens
mágicos (tomados das caravanas) em vários lugares
ao redor de seu forte.
Barão ladrão ou
não, Darkyn está crescendo o suficiente pra
atrair a atenção de várias companhias de comércio,
os Zhentarins e até os Magos Vermelhos de Thay
(uma vez que tenha mais residentes permanentes
para apoiar e alimentar no Castelo, a localização
estratégica de Maerantede poderia ser um enclave
ideal). Ele poderia muito bem ser removido por
alguém procurando tomar seu forte, ou ele poderia
crescer em poder o suficiente para se tornar
abertamente um vilão e forjar suas próprias
alianças com Portão Ocidental ou interesses
em Amn ou Scornubel, e se lançar em ataques
contra aqueles que o vêem como uma ameaça crescendo
tão poderosamente a ponto de não ser combatida.
Azadarr Darkyn é
um homem loquaz, de ombros largos, sempre ereto
e com cabelos grisalhos, mas com sobrancelhas
negras sobre brilhantes olhos azuis escuros
(quase negros). Embora seja nascido em Calimshan,
o Barão de Maerantede tem a aparência de um
Iluskano, e é guerreiro humano 15/ladino 4 caótico
e mal (For 17, Int 16, Car 16) que veste geralmente
uma armadura completa de resistência à eletricidade
maior +2, quando está fora do seu castelo.
Ele também geralmente veste suas braçadeiras
de ataque às cegas, um anel de escudo
mental e um anel de regeneração.
Ele habitualmente veste e usa espadas bastardas,
espadas longas e adagas em batalha, e assume-se
que pelo menos algumas das suas armas favoritas
têm poderes mágicos.
Darkyn é também
conhecido por possuir uma manopla da fúria,
uma máscara da caveira, pelo menos três
armadura de cota de talas mágicas de propriedades
desconhecidas e um par de luvas do relâmpago,
mas mesmo o inquérito de Elminster não revelou
todos os itens mágicos que o Barão de Maerantede
foi capaz de tomar. A maioria dos nomes e números
de seus magos aliados continua um mistério.
O Barão de Maerantede
é um ator notável (“muito escorregadio”,
um Harpista o denominou), tanto persuasivo quanto
bom em parecer ter sábias e benevolentes intenções
e motivos, temperados com maneiras severas e
resolutas. Ele não agirá contra todos os potenciais
alvos que passam antes de saber se ele suspeitar
que sejam aventureiros ou, de outra forma, mais
do que aparentam. Ele prefere evitar uma potencial
emboscada por tais pessoas já que uma emboscada
bem sucedida poderia enfraquecer severamente
sua forças ou revelar sua verdadeira natureza
para toda Faerûn ver.
O nome “Maerantede”,
a propósito, é derivado de Thalantede, o nome
dado ao pai de Darkyn, e Maerana, o nome de
sua mãe. Eles foram armeiros nas Moonshaes e
um Paxá Calishita (a quem Darkyn depois matou)
os escravizou antes do nascimento de Darkyn.
Nossa próxima
coluna deixará o vilanesco barão para trás e
se voltará para uma antiga e surpreendente intriga
nos Reinos. Colocando Azoun e Filfaeril direto
em um exemplo, obviamente.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
|