“Eu deveria usar o brinquedo de
Vangey de novo?” Azoun perguntou a sua
rainha. “Ou explorar um pouco?”
Ele colocou a espada em suas mãos e Filfaeril
sorriu um pouco, suspirou e replicou: “Explore.
O que mais?”.
“O que mais, certo”, o Dragão
Púrpura disse ansiosamente, indo em direção
a escuridão. Ele estava dirigindo-se
à direção de onde a tartaruga
tinha vindo; a Rainha Filfaeril dava uma olhada
rápida de despedida na caminhada determinada
da pequena besta quando uma pesada escuridão
a englobou, e preocupou-se depois com seu esposo,
torcendo que ela se encontrasse ao seu lado
rápido o bastante para mantê-lo
afastado dos problemas.
Por um momento.
Tinta
Tinta que não some é preciosa,
exceto ao longo de costas marítimas onde
certas lesmas, lulas e polvos podem ser coletados
facilmente. A “tinta” das últimas
duas espécies ou as conchas esmagadas
das lesmas são os ingredientes básicos
da maioria das tintas de escrever. Essa tinta
base é geralmente misturada com uma substância
para mantê-la seca (como um bolo duro
ou um pó, em frasco de vidro) tão
rápido ou quando exposta aos extremos
de calor e frio; e um ingrediente que iniba
o desaparecimento. Somente o que são
esses dois tipos de ingredientes varia de região
em região através de Faerûn,
mas eles são todos ou destilados de plantas,
ou pós de minerais.
Tintas coloridas são uma mistura de ingredientes
com pigmentos adicionais, mais alguma coisa
que mantêm a tinta ‘base’
em separado dos pigmentos.
Tintas usadas em magias escritas são
muito mais complexas e caras, mas geralmente
começam com uma base da melhor tinta
do ‘dia-a-dia’, nada menos que sangue
de wyvern ou sangue de harpia ou outro fluido
‘base’ é possível.
Suas receitas são valiosas, segredos
bem guardados e geralmente envolvem ingredientes
caros e difíceis de se obter. Alguns
sábios afirmam que a tinta do dia-a-dia
pode ser usada para escrever magias tão
bem quanto as tintas especiais, mas muitos escribas,
magos e clérigos de Azuth, Mystra, Oghma
e Deneir firmemente discordam, clamando que
essas tintas do dia-a-dia ‘gastam’
mais do que o tempo devido para a formulação
mágica, esse tempo sendo mesurado em
uma mão cheia de dias para as mais poderosas
mágicas.
Tintas que desaparecem com o tempo ou com a
exposição ao calor ou luz, por
outro lado, podem ser feitas rapidamente provavelmente
em qualquer lugar dos Reinos que não
tenham terrenos congelados ou desérticos;
aonde tenha muita, mais muita vegetação
e fontes de plantas selvagens (qualquer coisa
como beterrabas e certas folhas florestais).
Entretanto, os métodos de fazer tintas
são geralmente secretos e nenhum deles
são rápidos ou fáceis (a
pulverização e o cozimento de
partes específicas de uma planta estão
sempre envolvidos, com temperaturas e marcações
de tempo precisas).
Como resultado, 28 gramas de tinta perecível
tende a ser vendida por cerca de 4 PO, exceto
em lugares ou épocas quando a tinta permanente
é encontrada em muita abundância
(o que deprecia o preço para baixo cerca
de 2 PO por frasco). 28 gramas de tinta perecível
colorida tende a custar 6 ou 7 PO (tons metálicos
e vermelhos atraentes são mais altamente
desejados e, por isso, custam mais).
Um frasco de 28 gramas de tinta preta permanente
custa 8 PO e um de tinta colorida permanente
de 16 à 20 PO, dependendo do tom. Os
preços de tintas mágicas tendem
a começar por 45 PO/28 gramas e pode
aumentar rapidamente, na maior parte das vezes
vendido por cerca de 75 PO/28 gramas.
Cartório de Arquivos
Devido ao resultado das propriedades das substâncias
de escrita, pergaminhos tendem a ser usados
em cartórios de arquivo nos documentos
legais ou oficiais, e papel brochura para pequenos
comentários ou blocos de notas. Anões
e gnomos produzem tábuas de pedra gravadas
com runas, ou páginas ou placas juntas
de metal marcado para escrita ‘permanente’.
Certas guildas humanas também fazem placas
ou certificados em metal marcado (geralmente
cobre) para cartas – ou símbolos
– com ferramentas afiadas.
Varetas de Contas e Escritas Temporárias
Para acabar com as furiosas disputas sobre pagamentos,
os valores são postos com ‘varetas
de contas’ e com giz (aonde giz é
disponível) ou por rabiscos, em ambos
os casos marcando linhas numa vareta de maneira
aceita de concordância, uma listra sendo
uma unidade; e longas listras com fins cruzados
ou círculos tendo significados (por exemplo,
dez ou vinte ou uma centena) utilizados por
várias companhias reais, costeiras e
guildas. O povo possui suas próprias
varetas de contas e eles geralmente juntos criam
uma nova e especialmente marcada (normalmente
com uma cabeça escavada ou pintada) vareta
para um acordo entre eles. Guildas e templos
geralmente ‘mantêm a salvo’
varetas de contas (por taxa nominal de 1 PC/ano,
paga antecipadamente e com qualquer balanço
de conta não pago na retirada) para prevenir
perdas ou acidentes.
Muitos escritos usados em negociações,
comunicados ou no ensino são feitos com
desenhos temporários em areia, neve,
lama ou cera.
Marcos de Memória e Contagem de Histórias
A grande maioria do povo dos Reinos não
tem a luxúria de possuir qualquer coisa
para escrever, à exceção
de uma vareta, de uma árvore, de uma
pedra ou de um muro, aonde uma das perícias
ensinadas por eles para as crianças (geralmente
pelos avós ou anciões da vila)
é a memorização: fixar
coisas nas suas mentes olhando um símbolo
desenhado ou lembrando um canto rimado ou provérbios
curtos. Camponeses geralmente rascunham informações
importantes ou símbolos em pedra que
formam o ‘chão’ de sua cabana
ou chaminé; são as pedras então
colocadas na parte de baixo do lugar com os
escritos no lado inferior. Mais do que isso,
um rascunho apressado que se assemelha a um
sinal ou a uma imagem encontrada em uma pedra
é somente uma informação
deixada para trás por quem invadiu um
vilarejo afastado e massacrou a todos.
Alguns menestréis novatos saem com suas
varetas empurradas dentro de suas botas (parecido
com a maneira que os bateristas de bandas marciais
do mundo real carregam baquetas reservas dentro
de suas meias) que são decoradas com
uma série de símbolos. Cada símbolo
como umas ‘contas de contos’ é
um lembrete de uma cena chave de uma famosa
ou emocionante história, então
um menestrel pode tirar a vareta que é
insignificante para a maioria das pessoas e
‘ler’ o desenho de uma história
que eles podem embelezar no contar. Bardos podem
geralmente pegar uma vareta de contas não-familiar
e identificar a história que é
contada em um relance.
Nossa próxima coluna levará
a maneiras de recordar do passado e dá
uma virada a uma diferente direção.
Sendo assim, muito mais do Rei e da Rainha de
Cormyr.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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