Névoas
azuis serpentearam e o assobio do vento subitamente…
desapareceram.
Junto
da embarcação em que estavam, aproximavam-se
as faces dos penhascos e a luz do dia.
“Taxa?”,
Azoun perguntou para o mais próximo, sua voz baixa e controlada.
Filfaeril apagava
aquela horrível imagem de rochas cortantes prontas
para desabar, comprimindo seus dentes – Rainhas
de Cormyr não gritavam,
mesmo quando a morte certa vem rapidamente ao
encontro delas – E repetiu, “Aqui estou eu.
Ilesa. Eu deveria sacar a adaga e nos dar luz
fantasmagórica?”.
Um leve brilho ocorreu em algum lugar em frente
ao seu nariz, lhe mostrando a face grave de
Azoun, sua própria
espada brilhando abaixo dele e… um todo empoeirado
chão de pedra ao redor deles.
O
Rei e a Rainha de Cormyr
estavam postados em uma sala de pedra grande,
alta e vazia – ou ao menos, por tudo o que podiam
ver da sua pequena esfera de pálida luz, parecia
vazia. Filfaeril viu
por um momento algo se movendo e virou-se para
encará-lo, sua adaga de cinta brilhando.
Uma
tartaruga estava andando vagarosa e laboriosamente
nos ladrilhos atrás deles, sem parar com a súbita
aparição, nem para observá-los. Em uma passada
longa e rápida, Azoun estava curvado sobre o animal. “Há alguma coisa escrita
em seu casco”, ele murmurou. “Um texto, mas,
definitivamente, eu não posso lê-lo”.
Filfaeril juntou-se a ele. “Deixe-me
ver. Isto não deve ser de importância, mas você
sabe a máxima”.
“A
mensagem indecifrável deveria ser decifrada”,
Azoun recitou um pouco
cansado. “Eu deveria ter linchado Vangey?
Ou…”.
“Somente
repreendido por um dia”, replicou Filfaeril.
“E deixar sua língua ser minha. Pelo menos,
que ela fique muito mais longe do que pareça
suficiente – embora nós estejamos longe do nosso
próprio lar, ainda”. Ela deu de ombros e se
ajeitou de novo. “Tudo o que diz é ‘Daethor
Escreveu Isso’. ‘Isso está em Dracônico Antigo”.
O Dragão Púrpura piscou. “Você nunca
me contou que sabia ler Dracônico
Antigo”.
Sua
rainha lhe deu uma olhada cujo peso e agudeza
ele sentiu uma vez ou outra antes, mas disse
somente, “Você nunca perguntou”.
Os Reinos
possuem inúmeros pergaminhos, livros aos milhares
e folhetins diários em muitas cidades, e há
centenas de bibliotecas, depósitos escondidos
– e até caixas com fundos falsos em tumbas –
onde todos eles estão guardados.
Casas
da Visão
Algumas
cidades já possuem lojas cheias de desenhos
que o povo pode ver e copiar (ou ter cópias)
por uma taxa, para ajudá-los a partilhar desenhos
ou descrições para outros. Essas “casas da visão”
são especialmente úteis para o povo iletrado;
entre elas estão: Olho de Darraeker
em Scornubel (vizinho
do Mooroo Pimentas
& Vinhos, ao sul da mesma rua; ruas
não têm nomes em Scornubel),
Gravações em
Metal Dathchant
no lado oeste da Rua dos Sinos na Quadra do
Castelo em Águas Profundas (seis portas ao sul
do Teatro Cantor da Luz), Esplendores
de Larelko no lado sul da Passarela em Suzail
(três portas a oeste da taverna do Velho Anão),
e Muremettor em Selgaunt
(no centro do quarteirão da cidade imediatamente
a noroeste da hospedaria e taverna do Alce Negro).
Antes de ser admitido para ver descuidadamente
as imagens de uma casa da visão, clientes entram,
param à uma distância,
dirigem-se até o balcão da loja e pedem para
serem apresentados a algo, pagam uma taxa de
observação de 2 PC a 3 PP e os proprietários
pegam as imagens relevantes “de detrás do balcão”
para a observação.
Cópias,
se desejadas, variam bastante de preço de lugar
em lugar e da qualidade do resultado desejado
(resultados começam de uma reprodução razoável
como pouca exatidão e elas já custam mais se
a imagem conter escritas
de qualquer tipo. Preços também serão muito
maiores se o cliente quiser uma roupa ou cena,
mas com faces e corpos mudados para igual a
deles ou uma imagem que eles arranjem ou elementos
de outra imagem). A taxa da cópia mais barata
será de um rápido rascunho, por 6 PO ou preço
parecido, e a mais barata reprodução aproximada
de qualquer imagem custará cerca de 20
PO. Copias são quase sempre somente de tinta
preta em um fundo branco; a feitura de cópias
coloridas é raramente oferecida e é sempre muito
mais cara.
Papel
Nas cidades
através dos Reinos, papel brochura é bastante
usado, mas (certamente) considerado de curta
vida; exceto sendo mantido bem longe de toda
umidade e frio, ele tende a começar a se deteriorar
rapidamente depois de dez anos. Em portos marítimos
úmidos, papel brochura pode acabar em pouco
menos de três meses. Por essa razão, papel brochura
é descartado para documentos legais, proclamações
reais e arquivos de qualquer tipo, e pergaminho
é usado no lugar.
Pergaminho
Pergaminho
é limpo e curado – enquanto é esticado – a partir
da pele de animais. A pele de cavalos, esquilos,
coelhos, ovelhas, bezerros e cabras são todas
usadas para pergaminhos. O mais fino (mais regular,
mais claro e mais livre de manchas e oleosidade)
pergaminho é a pelica, feita da melhor pele
de bezerro (embora alguns donos de lojas inescrupulosos
também chamem de “pelica” seus melhores pergaminhos
de pele de ovelha e de pele de cabra).
Pergaminhos
tendem a serem caros, variando de 2
PP para uma página de qualidade regular
até 4 PP para uma página regular de pelica,
subindo para 1 PO para páginas muito boas ou
muito grandes. Pergaminhos não se desintegram
tão rapidamente na umidade como os papeis brochura,
mas enfraquecerão com o tempo.
Muitos
monges das sedes dos monastérios Faerûnianos são os fabricantes experientes de pergaminhos
e pelica, desde o nascimento dos animais até
sua preparação para transformar o couro em “páginas”
de leitura (tanto para seus próprios propósitos,
quanto para vender).
Então,
como a maioria de nós não
dispomos de úteis tartarugas passeando
diante de nós para escrever notas nela, é bom
sabermos onde escrever. Nossa próxima coluna
(é claro) mergulhará nas tintas – e em algumas
alternativas.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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