Continuam os projetos poucos conhecidos de um
ano recente de Storm:
Elfos do sol retornando para Myth Drannor
vieram até a fazenda de Storm para
consultá-la sobre as especificidades
de portais, guardiões, armadilhas mágicas,
e outros encantos poderosos que ela ou os
Cavaleiros de Myth Drannor tenham observado
serem lançados, ou em operação
nas ruínas da cidade. Storm livremente
compartilhou o pouco que sabia (incluindo
seu encontro com um baelnorn a pedido dos
Cavaleiros, alguns anos atrás), e em
troca, os elfos descreveram seus encontros
com muitas "magias estranhas e adormecidas"
nas ruínas que eles tentam reclamar
para si. Storm garantiu a ajuda de agentes
Harpistas como enviados dos elfos em lugares
-- tais como Hillsfar e Sembia -- onde eles
não desejassem ir pessoalmente.
Harpistas assumiram os trabalhos da fazenda
de Storm por um tempo para que ela pudesse
viajar disfarçada para Voonlar e pessoalmente
lidar com um escravista zhent que anos atrás
raptou e vendeu várias crianças
do Vale das Sombras (que morreram na escravidão
antes que pudessem ser resgatadas). O escravista,
era um tal de Rauthan Zarass (um homem LM
Ladino 6), que adquiriu um braço com
garras (um implante demoníaco, detalhado
no livro Fiend Folio), e que possuía
alguma importância na Rede como agente
pessoal de Manshoon.
Storm o desafiou e o matou -- o que a colocou
sob ataque direto do próprio Manshoon,
que teleportou-se para o corpo do escravista.
Ela defendeu-se, em parte liberando dois fantasmas
guardiões de seu cinto, e a batalha
atraiu agentes zenths locais (depois que Manshoon
desapareceu). Storm "fugiu" destes
novos adversários, e os atraiu -- através
de diversos portais -- para o alcance de Simbul,
que prontamente os destruiu.
Harpistas que foram enviados à Storm
para treinamento, vindos de Berdusk, contaram-na
sobre terem lutado contra sembianos nas cavernas
próximas da Passagem do Trovão.
Procurando abrigo na noite, os Harpistas toparam
com os sembianos aparentemente derretendo
itens de ouro e cobre e confeccionando moedas
falsas de ouro (de cobre levemente folheado
por ouro).
Os jovens Harpistas perguntaram a Storm o
que deveria ser feito. O conselho de Storm
os surpreendeu. Ao invés de promover
uma caçada aos criminosos, ela apressou
os Harpistas a fazerem suas próprias
falsificações e gastá-las
na Sembia -- e começar a espalhar rumores
sobre moedas falsas para semear a dúvida
entre os especuladores e os tolos gastadores
da Sembia, cuja crescente negligência
e arrogante uso da suas riquezas vem causando
problemas em todo entorno do Mar das Estrelas
Cadentes...problemas que começam a
se espalhar. (o estabelecimento de enclaves
thayanos, por exemplo, colocaram pela primeira
vez itens mágicos ao alcance de "qualquer
idiota com moedas suficientes", e Storm
tem pressentimentos sombrios sobre as intenções
de muitos sembianos que começaram a
estocar itens mágicos).
Muitos dos rangers que visitam a fazenda
de Storm a cada outono, quando rumam para
o sul no momento que o inverno se aproxima,
notaram que as criaturas de pêlos da
floresta estão ficando mais raras no
Vale da Adaga e da Floresta da Fronteira --
e ainda que os peixes dos córregos
da floresta, normalmente pescados por tais
criaturas, também estão sumindo.
Suspeitando que algo está envenenando
as águas, Storm mandou alguns de seus
mais confiáveis Harpistas investigar.
Será que os zhents estão fazendo
algo no vale do Tesh?
Eles foram, mas nada maculava a floresta.
Os Harpistas descobriram um punhado de ambiciosos
aprendizes zhents à mago, que procuravam
ganhar favores e postos mais altos, experimentando
agressivamente feitiços em raposas,
martas, porcos-espinho, lontras e tudo que
os guerreiros zhenths pudessem pegar. Os aprendizes
estavam tentando criar novos monstros para
servi-los -- com pouco sucesso até
aqui (os guerreiros zhents causaram o sumiço
dos peixes; sob ordens de não matar
e comer as criaturas, mas gastando seus dias
na floresta fazendo e checando armadilhas,
eles represaram córregos a fim de capturar
peixes para comer.)
Storm mandou alguns Harpistas para maquinar
planos para instigar os aprendizes de mago
a trairem seus superiores -- então
estes zenths cuidariam dos problemas com os
ambiciosos criadores de monstros para ela
e enfraqueceriam a Rede Negra no processo.
Fontes Harpistas enviaram mensagem a Storm
sobre certos nobres exilados de Cormyr reunidos
em Selgaunt para planejar os assassinatos
da Regente de Aço e da Maga Real. Eles
contaram também sobre um plano de capturar
a Rainha Viúva para que pudessem governar
em seu nome, pondo de lado o jovem Azoun V
como se este fosse um bastardo que nasceu
da agora morta Princesa Tanalesta de um relacionamento
fora do casamento e não um herdeiro
real (se outros contestassem este argumento,
Azoun seria também capturado e mantido).
Os exilados, que chamavam a seu grupo de Elmo
Brilhante, planejavam não somente assassinar
os Obarskyr, mas as casas reais de Coroa Prateada,
Caçador Prateado, e Prata Verdadeira
até que só restassem vivos somente
os jovens esbanjadores (que poderiam ser influenciados
pelos conspiradores a agir sob a visão
do Elmo Brilhante). Depois, a não mais
necessária Filfaeril seria rapidamente
deposta e um rei marionete (Azoun ou um das
"Casas Reais" poupadas) seria posto
no trono. O rei proclamaria o Elmo Brilhante
como um Conselho de Lordes Protetores do Reino
e, daí em diante, eles poderiam tomar
as verdadeiras decisões em Cormyr.
Ao invés de informar Rhoegantle Malyth
e observá-lo correr e fazer alguma
coisa apressada, Storm enviou Harpistas para
espreitar certos conspiradores, fazer uma
lista de quem escuta seus debates, e prestar
uma particular atenção a quem
parece liderar o Elmo Brilhante (ou manipular
seus líderes por trás das cenas).
Ela costumava usar um portal que conhecia
(em uma área selvagem em algum lugar
perto do Vale das Sombras) para viajar até
a Floresta do Rei em Cormyr, e de lá,
sorrateiramente fazia seu caminho até
Filfaeril, a quem conhecia de longo tempo.
Juntas, elas foram ver Alusair e Caladnei.
A Regente de Aço concordou com Storm
que seria melhor para Cormyr aprender tudo
com os contatos, apoiadores e possíveis
diretores dos rebeldes, do que rumar para
Selgaunt e tentar matar a todos. De acordo
com o plano, apenas um conspirador foi emboscado,
capturado, e substituído por um agente
Harpista, para que este pudesse prestar atenção
nos assuntos no lugar do homem e trazer informes
de todos os procedimentos.
Isto foi feito, aparentemente sem que ninguém
do Elmo Brilhante descobrisse nada de errado.
Storm espera que os exilados não percebam
que o Trono do Dragão está ciente
de seus esquemas nos anos que virão.
Altos Cavaleiros e Magos de Guerra estão
atualmente rastreando e interceptando apenas
poucos negócios arriscados do Elmo
Brilhante e atividades criminosas na Sembia,
Portão Ocidental e Marsember -- e mantendo
vigilância sobre o resto. Nas palavras
de Alaphondar, o Sábio: "O rebanho
foge diante de um lobo vigoroso, mas o espreitador
pode comer melhor por mais tempo escondendo-se
dentro do rebanho, e fazendo uma ovelha desaparecer
aqui e ali, deixando os dias passarem, esperando
pelas chances de realizar seus feitos sangrentos
sem ser visto".
Um mascate, que por décadas pernoitou
duas vezes por ano na fazenda de Storm (a
caminho de Cormyr, e na volta até os
Vales, as margens do Mar da Lua e no interior
da Sembia), trouxe notícias para a
Barda do Vale das Sombras de ter visto dois
Magos Vermelhos de Thay adotando disfarces,
em um vale as margens da estrada próxima
ao Mar interno. Os dois estavam lendo um para
o outro uma mensagem encaminhada para Caladnei
de Cormyr, vinda de um antigo tutor conhecido
como
o "Velho Punho Ardente da Fenda",
o anão dourado Sarruk Roldikant. "Fique
bem, Cala. A sorte encontra você no
Reino Florestal e agora a sorte encontra você
para mim. Eu vi sua face neste ouro enquanto
ele resfriava, então pelo Pai das Forjas,
isto tinha um significado para você.
Procure por mim, não em minha antiga
bigorna, pois eu vou mais fundo agora. Deixe
seus dias serem longos e seu ouro nunca escasseará"
Um thayano expressou desgosto em ter que memorizar
esta mensagem sem sentido, quando "dar
o pingente enviado para era tudo que importava",
mas o outro insistia para enganar um Mago
de Guerra, fingindo estar muito doente pela
viagem, eles deveriam entregar esta mensagem
a "duras penas", como se memorizá-la
fosse "aquilo que nos tornava mais fortes
durante a doença."
O mascate escondeu-se até que os dois
thayanos partissem, mas ele não sabia
como enviar um aviso a Caladnei. Storm mandou
uma mensagem por Rhoegantle de que o pingente
quase que certamente carregava uma magia que
permitiria que Caladnei fosse rastreada precisamente,
e que encantos hostis ou feras de longe seriam
provavelmente enviadas a ela.
Tais assuntos, grandes e pequenos, ocupam
os dias de Storm Mão Argêntea.
As poucas horas deixadas são gastas
fazendo sopas e cozidos, ou tocando harpa
em sua lareira (ou sob a lua acima do Velho
Crânio ou na Colina dos Harpistas).
Em casa, Storm sempre tem sua irmã
espectral Syluné para falar -- quando
nunca existe falta de coisas para comentar.
Um dos projetos noturnos secretos de Storm
é enterrar, escondida, pequenos fragmentos
das pedras do piso da cabana de Syluné
envolta do Vale das Sombras, assim sua irmã
espectral (que pode se manifestar somente
a uma distância limitada daquelas pedras)
poderá viajar livremente em torno do
vale, "pulando" de fragmento em
fragmento. Quando este projeto se concluir,
a espionagem invisível de Syluné
ampliará seu alcance, e Storm ouvirá
mais e mais sobre os eventos diários
no Vale das Sombras.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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