Para a maioria dos nimbraneses, a vida é simples
e permanece harmoniosamente próxima dos ciclos
e caminhos da terra e do mar. Nimbraneses evitam
se entediarem, dominando suas atividades (como
tecelagem, lapidação, corte de árvores, culinária
e edificando com beleza e elegância usando madeira
ou pedra) e divertindo-se criando escritos,
ditos e aventuras cantadas. O reino mantém muitos
contadores de histórias inventivos e uma indústria
editorial viva. (quase todos os livros de contos
nimbraneses são de aventuras curtas e românticas).
Os nimbraneses da costa habitam casas de pedra
que têm sido construídas nas escarpas das colinas;
cada uma delas têm telhados de ardósia ou de
palha. A maioria dos nimbraneses do interior
da ilha habitam pequenos chalés de troncos que
serpenteiam pelas falhas das florestas, ou fazem
usos extensivos de escadas, plataformas e quartos
em árvores, como as habitações élficas de Florestas
Emaranhadas em Cormanthor.
As viagens pelo reino são feitas a pé ou em
cavalo, com pequenas carroças atreladas no caso
de se mover produtos. Mercadores viajantes são
muitos, mas grandes mercados poucos. Tavernas
costumam ser de rocha sólida ou prédios de troncos
que se estendem em todas as direções em alas
e quartos altos, obviamente construídos em épocas
distintas. A estrutura cresce conforme a necessidade
demanda.
As margens ocidentais de Nimbral vêem o clima
e mar mais bravios, e as viagens de barco tendem
a ser curtos "saltos" de um porto ao próximo,
enquanto ao passo que numerosas e pequenas embarcações
percorrem as ondas entre as costas sul e leste
do reino. Quando grande quantidade de materiais
pesados, itens e pessoas precisam se mover a
uma grande distância rapidamente, tendem a ir
pela água, exceto nos meses de inverno.
Nos caminhos em meio as florestas, entretanto,
sempre existe um intenso tráfego local (deve-se
lembrar que as florestas estão livres de predadores).
Aqui e ali, o visitante que atravessa as trilhas
pode ver apenas uma coisa (além da prevalência
das árvores gigantes da floresta, que não são
cortadas), que faz a superfície nimbranesa instantaneamente
diferente da alta Turmish: as finas torres de
pequenos castelos de "contos de fada".
Os castelos nimbraneses são estruturas de pedra
que são chamadas de castelos de "contos de fada"
ou "ao modo das fadas" porque são construídas
com curvas graciosas e arrebatadoras, que exibem
torres altas e finas, sacadas e belos trabalhos
em pedra. Eles servem como residência dos Cavaleiros,
os mais prósperos e experientes nimbraneses,
que cavalgam na Caçada Voadora e que normalmente
viajam para o continente em sua juventude (em
segredo, sem voar ou vestir abertamente as armaduras
de vidro, em acordo com seus camaradas) para
saborear o que o resto de Faerûn tem a oferecer.
Muito dos jovens nimbraneses mais impacientes
não podem esperar para chegar a hora de "fazer
a Viagem", como a prática de viagens e aventuras
é conhecida -- a menos que tenham problemas
no estrangeiro ou se apaixonem profundamente
por alguém que está no continente. Eles tendem
a voltar para viver suas vidas no Reino da Caçada
Voadora, mais sábios e felizes de estarem em
casa, onde (como muitos deles colocam) "as coisas
não são tão cheias, sujas, violentas e estragadas".
Uma "fazenda familiar" circunda a maioria dos
castelos dos Cavaleiros, e nestas fazendas vivem
um pequeno grupo de famílias arrendatárias,
que cultivam especialmente para vender ao redor
da ilha. Cavaleiros raramente competem diretamente
com seus vizinhos mais próximos nos tipos de
produtos plantados, mas quando isto acontece,
as rivalidades podem ser ferozes.
Os Cavaleiros de Nimbral vestem trajes completos
de armaduras de vidro, melhoradas na dureza
e que provêem vários atributos mágicos para
seu usuário. Eles seguem um elaborado código
de cavalaria (desenvolvido há séculos atrás
para prevenir que os Cavaleiros ataquem as famílias
e propriedades de outros, nem promovam guerras
abertas entre eles). Em suas patrulhas atacam
feras predadoras e monstros, repelem invasões
e agressores (como os piratas e escravistas),
observam de perto o paradeiro e atos dos nimbraneses
e visitantes e também aplicam a lei para estes.
Muitos habitantes do continente consideram incomuns
as colheitas nimbrianas: os nimbraneses colhem
uma certa "rosa-sombria", gigante e feia, de
um vermelho desbotado e vinhos feitos de bulbos
da floresta, por exemplo. Eles esmagam folhas
de hortelã para purificar a água, bem como adicionam,
esmagam, ou fermentam muitas coisas estranhas,
como casca de algas marinhas, que adicionam
em vinhos e chás locais.
Os remédios nimbrianos podem ser ainda mais
surpreendentes. Certos vermes, engolidos inteiros
e vivos, são mantidos vivos no corpo por quanto
tempo for possível, para neutralizar alguns
venenos e doenças (apesar disto funcionar somente
para os nimbraneses e não ajudar quase nenhum
estrangeiro, salvo meio-elfos e humanos com
algum sangue élfico). Muitas ervas de locais
descampados na costa têm raízes que são picadas
para comer, e em quase todos os terrenos férteis
nimbraneses e nas matas podem-se encontrar fungos
comestíveis e frutinhas.
Leia mais sobre a vida nimbriana, moeda e modo
de vida no próximo artigo.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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