O raro visitante que vai a Nimbral hoje é tratado
com curiosidade e não recebe tratamento hostil
(a menos que esteja armado e a bordo de um navio
de escravos, capturando escravos, atacando ou
pilhando a Terra do Verão). Então, se o (a)
visitante obedecer qualquer cavaleiro de armadura
brilhante que ele ou ela veja ou qualquer arauto
do reino (qualquer pessoa que voe sem uma montaria,
e segure um cajado de ossos brancos esculpidos,
decorados com uma mão humana espalmada em uma
das pontas), ele ou ela poderá livremente andar
pela ilha e poderá observar bem alguns dos fatos
e especificidades que se seguem.
Nove entre dez nimbraneses hoje são humanos
com cabelos escuros, pele de tom claro (e tendem
a ser esbeltos e altos em sua constituição,
às vezes com um tom azulado em volta de seus
rostos e pescoço, traços de sangue de elfo da
lua). Um décimo dos nimbraneses são meio-elfos,
de óbvia descendência de elfos da lua. Nenhum
estigma social é encontrado na Terra do Verão
em relação a uma ou outra raça. Os nimbraneses
referem-se a si próprios como o "Povo do Verão"
e a sua terra, tanto formalmente, quanto em
poesias, como "A Terra dos Mares de Verão" ou,
mais freqüentemente, "A Terra do Verão."
Nimbral usa o Calendários dos Harptos, embora
a latitude da ilha e as frescas brisas marinhas
que costumeiramente sopram gentilmente sobre
ela a fazem ter invernos curtos, um mês de chuvas
brando (Hammer), névoas frias, e lama, seguido
por um mês ou outro de tempo quente acompanhado
de nevoeiro quase que cegante, e verões longos
e moderados. Eles abraçam o padrão da Pedra
dos Anos (*), e muitos nimbraneses são familiarizados
com os extensos conhecimentos locais (eventos
através dos anos, incluindo naufrágios, chegada
e extermínio de dragões, nascimentos e morte
de cidadãos importantes bem como os de seus
próprios clãs e por aí vai).
Todos os nimbraneses falam comum e halruaano
(o primeiro é usado no falar diário, e o segundo
em preces, tradições familiares e comunitárias,
baladas, e linguagem formal). A maioria usa
o alfabeto dracônico diariamente, e muitos são
familiares com as escritas élficas e espruar.
Canções, e histórias cantadas (de simples cantigas
de crianças como: "Oh! Se você descer hoje ao
mar agora/o povo do mar irá dizer: vá embora/
Com seus apelos não deve se preocupar, se você
quiser ficar/ Vivaa Vivaa!", até longas baladas
narrativas), e histórias românticas de amores
verdadeiros, sacrifício e lealdade, as favoritas
da maioria dos nimbraneses. Raramente se encontra
um habitante do Mar Celeste iletrado, apesar
de muitos preferirem falar e ouvir pouco e escrever
apenas quando não existe pressa ou para expressar
sentimentos fortes e situações oficiais. (por
exemplo, cartas de amor e recomendações para
concorrer a posições de estado são comuns).
Nimbral é um lugar agradável, uma terra com
florestas exuberantes, bem regadas pela chuva.
Samambaias grandes, locais com sombras azuis
esverdeadas, iluminadas por alguns raios de
sol, ar úmido e vaga-lumes a noite são elementos
que vem a mente da maioria do povo quando se
pede para descrever o Reino da Caçada Voadora.
Apesar de ninguém nunca se distanciar muito
dos pequenos riachos e lagoas, sabe-se que Nimbral
possui apenas um rio: O Ormarr. Este rio é navegável
desde sua foz até as cascatas que se derramam
nas escarpas do Maern Prestarr, o mais largo
e alto pico de Seisardar. Esta cadeia de montanhas
central serve como uma proteção para a ilha
contra as ocasionais "Grandes Ondas" que quebram
no mar a oeste de Nimbral. "Maern" significa
"montanha" na nomenclatura nimbrana, e "Thorl"
é rocha (o termo é normalmente aplicado para
os rochedos do mar que ameaçam os navios de
pesca nimbraneses, ou as pedras açoitadas pelas
ondas, onde o marisco pode ser encontrado).
Interessantemente, os nimbraneses não tem uma
palavra para "Floresta" ou "Bosque", porque,
apesar de algumas clareiras e fazendas, eles
consideram toda a Nimbral como o lar das árvores.
O visitante que corre Nimbral pode ver árvores,
árvores e mais árvores. Charcos são poucos como
as fazendas (que tendem a ser leves clareiras
abertas em um labirinto não sinalizado de corredores
lamacentos que se cruzam o reino em uma grande
teia). Grandes clareiras existem somente nas
escarpas dos maerns, particularmente entre o
lado oriental do Seisardar e da face sul do
Vaerael (a cadeia de montanhas na ponta norte
da ilha).
Todos os povoados relativamente grandes de Nimbral
são portos, embora hajam alguns deles grandes
o suficiente para serem considerados cidades,
para olhos dos habitantes do continente. Estes
povoados cresceram nas íngremes escarpas rochosas
acima do mar, em uma série de plataformas que
ligam uma faixa de docas com depósitos e armação
de redes de pesca com algumas lojas e casas
dispersas, enfeitadas com jardins.
(*) NT: Roll of Years

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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